Comportamento dos gases de efeito estufa emitidos na queima de pastagem natural em Lages/SC

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.008.0015

Palavras-chave:

Queimada, Pastagem natural, Emissões atmosféricas, Gases de efeito estufa

Resumo

No município de Lages-SC, a queima de campo para manejo do solo ainda é muito praticada pelos produtores e pecuaristas. Contudo, apesar de liberadas em algumas situações, estas ações podem afetar a qualidade do solo e da vegetação e serem fontes emissoras de poluentes potencializando a poluição atmosférica e o aumento das concentrações dos gases de efeito estufa. Diante disso, objetivou-se com este estudo, verificar o comportamento dos gases emitidos na queima de uma pastagem natural e apresentar os possíveis impactos provenientes desta prática. As coletas foram efetuadas em um ponto controle sem presença de queima e em três pontos com a presença de queima, nas fases de chama e fumaça, mediante a equipamentos de medição portáteis e de resultados instantâneos. As coletas foram realizadas no período vespertino em setembro de 2020. Os gases amostrados foram o CO, CO2, NO, NO2 e SO2, além da temperatura e umidade relativa do ambiente. As concentrações dos pontos de coleta na fase de chama foram menores do que as concentrações nos pontos de coleta na fase de fumaça. Verificou-se que as concentrações dos compostos foram influenciadas pelos fatores meteorológicos, as características da vegetação predominante em cada ponto de coleta e pela dispersão destes por meio do vapor d’água. Diante da importância da manutenção das pastagens naturais e os impactos que as emissões provenientes das queimadas causam ao meio ambiente e à saúde humana, se fazem necessários mais estudos que venham a contribuir para o entendimento da relação deste com a presença do fogo. Em busca de manejo adequado, eficiente e de baixo impacto, que mantenham as pastagens naturais, proporcione qualidade ao solo e vegetação, bem como baixas emissões para a atmosfera. No entanto, estes conhecimentos devem ser dissipados, servindo de base para a criação de políticas eficientes e capazes de mitigar os impactos ao meio.

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Biografia do Autor

Débora Cristina Correia Cardoso, Universidade do Estado de Santa Catarina

Mestra em Ciências Ambientais - PPGCAMB (CAV-UDESC). Possui graduação em Ciências Biológicas (FACVEST - 2015). Tem experiência na área de biologia geral, com ênfase em microbiologia, processos biológicos (lagoas de tratamentos), atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Ambiental, Sustentabilidade (Compostagem, Reuso da Água, Recuperação de Mata Ciliar). 

Valter Antonio Becegato, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutor em Geologia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná (2005). Atualmente é professor Associado da Universidade do Estado de Santa Catarina. Chefe de Gabinete da Reitoria da UDESC em 2012. Chefe do Departamento do curso de Engenharia ambiental entre 2009 a 2011 e 2013 a 2015. Tem experiência na área Ambiental, com ênfase em Geologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: Estudo de impacto ambiental (EIA/Rima), RAS; RAP; PRAD; Licenciamento ambiental; geofísica aplicada ao meio ambiente (Tomografia elétrica 2D; Radar de penetração-GPR e Gamaespectrometria). Trabalhou na Itaipu Binacional de 1979 a 1983 no Departamento Jurídico - Setor de desapropriação na elaboração; conferência; desmembramento e unificação de laudos de avaliação de 8.500 propriedades rurais e urbanas do lado brasileiro para formação do reservatório da usina.Vice coordenador da Pós-graduação em Ciências Ambientais da UDESC entre 2014 a 2017.

Jordana Dos Anjos Xavier, Universidade do Estado de Santa Catarina

Jordana dos Anjos Xavier, atualmente em Lages, Santa Catarina. Graduada no curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, e aluna do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, também da UDESC. É participante do Laboratório de Avaliação de Impactos Ambientais do Departamento de Engenharia Ambiental e Sanitária da UDESC, tendo desenvolvido e participado de trabalhos na área de legislação ambiental, poluição atmosférica e contaminação de solo, água e sedimentos.

Daniely Neckel Rosini, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutoranda em Ciência do Solo (CAV-UDESC), bolsista do Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina (UNIEDU). Mestre em Ciências Ambientais (2020). Coordenadora estadual da Olimpíada Brasileira de Biologia do Butantan. Possui graduação em Ciências Biológicas (2015) e pós-graduação em Gestão e Educação Ambiental (2016). Atualmente é professora de ciências da Prefeitura Municipal de Lages. Atua principalmente nos seguintes temas: legislação ambiental, meio ambiente, metais pesados, microbiologia, educação, recursos hídricos e resíduos sólidos. 

Vitor Rodolfo Becegato, Universidade do Estado de Santa Catarina

Mestre em Ciências Ambientais e graduado em Engenharia Ambiental pela Universidade do Estado de Santa Catarina (CAV - UDESC). Graduado em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). 

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Publicado

2021-07-15

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