Hemerobia e índice de qualidade da água na bacia do rio Piracicaba (MG)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.008.0015

Palavras-chave:

Alteração da paisagem, Turbidez, Coliformes termotolerantes.

Resumo

Os recursos hídricos podem sofrer grandes impactos devido às transformações antrópicas, que ocasionam alterações na qualidade e quantidade de água em uma bacia hidrográfica. Ferramentas que avaliam o grau de alteração da paisagem, como a definição dos graus de hemerobia, atreladas a dados de qualidade da água podem subsidiar ações de planejamento e gestão de uma bacia. Assim, o objetivo deste artigo é avaliar o grau de hemerobia da bacia do rio Piracicaba - MG e suas relações com o Índice de Qualidade da Água (IQA). Foram elaborados o mapa de uso e cobertura do solo, a classificação da área quanto aos graus de hemerobia, o cálculo do Índice de Qualidade da Água e o levantamento dos dados trimestrais dos parâmetros utilizados no cálculo do IQA para o ano de 2020. Os resultados indicam o predomínio dos graus mínimo (43%) e médio (32%) de hemerobia na bacia, com graus muito alto (2,7%) e máximo (1,2%) pontuais, concentrados na região do Vale do Aço e no município de Itabira. O IQA variou de bom a médio, com valores de 76 a 56.  Dentre os parâmetros utilizados no cálculo do IQA, os coliformes termotolerantes e a turbidez foram os que apresentam valores expressivos acima do permitido pela legislação. Os resultados indicam influência das áreas de hemerobia média, ocupadas por pastagens, agricultura e áreas não vegetadas, sobre os altos teores de turbidez na bacia; e a influência das áreas de hemerobia muito alta, representada por infraestrutura urbana, nos altos teores de coliformes termotolerantes.

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Biografia do Autor

Fernanda Maria Belotti, Universidade Federal de Itajubá

Doutora em Geografia, ênfase em Geoquímica e Poluição de Solos (UFMG, 2011); Mestre em Geografia, ênfase em Erosão, Manejo e Conservação de Solos (UFMG, 2005) e Bacharel em Geografia (UFMG, 2002). Atualmente é professora classe Associado I da Universidade Federal de Itajubá, Campus Itabira, na área de Ciência do Solo, lecionando as disciplinas Geologia e Pedologia, Manejo e Conservação do Solo, Recuperação de Áreas Degradadas (Mestrado PROFÁGUA) e Geomorfologia e Análise Ambiental (optativa). Coordenadora do Laboratório de Solos do Campus Itabira. Possui experiência didática e técnica em Pedologia e Geografia Física, atuando principalmente nos seguintes temas: Classificação de Solos, Poluição de Solos, Manejo e Conservação de Solos, Geoquímica Ambiental, Metais Pesados, Mineralogia, Aproveitamento de Rejeitos de Mineração e Resíduos Urbanos, Diagnóstico Ambiental do Meio Físico, Licenciamento Ambiental, Avaliação e Mitigação de Impactos Ambientais.

Gabrielle Loubach Miranda, Universidade Federal de Itajubá

Possui ensino-medio-segundo-graupelo E.E.Trajano Procópio de Alvarenga Silva Monteiro(2015).

Eliane Maria Vieira, Universidade Federal de Itajubá

Possui graduação em Engenharia de Agrimensura pela Universidade Federal de Viçosa (2003), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2005) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Viçosa (2009). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Itajubá. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Recursos Hídricos, atuando principalmente nos seguintes temas: geoprocessamento, bacia hidrográfica, SIG, qualidade da água e modelagem hidrossedimentológica por meio do SWAT.

Publicado

2023-01-08

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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