Fitorremediação de solos contaminados com sulfentrazone em função da inoculação de bactérias simbióticas em Crotalaria juncea

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.006.0012

Palavras-chave:

Leguminosas, Microrganismos simbióticos, Descontaminação ambiental, Herbicidas

Resumo

A simbiose entre plantas fitorremediadoras e microrganismos com atividade enzimática metabolizadora de herbicidas pode ser uma alternativa eficiente para remediação de solos contaminados com sulfentrazone. Objetivou-se avaliar a Crotalaria juncea (crotalária) inoculada com Bradyrhizobium sp. na fitorremediação do sulfentrazone e seus efeitos na biomassa microbiana do solo. O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), testando-se quatro doses de sulfentrazone (0, 400, 800 e 1200 g i.a. ha-1) na presença ou ausência da inoculação com Bradyrhizobium sp. BR2003 (SEMIA 6156). Após 65 dias de cultivo, as plantas foram cortadas, o solo foi coletado para as análises da biomassa microbiana e o bioensaio com o milheto. A inoculação com Bradyrhizobium sp. proporcionou melhor desenvolvimento em altura das plantas de crotalária, entretanto, o sistema radicular não foi influenciado pela adição do microrganismo. Os indicadores biológicos do solo mostraram que a inoculação com Bradyrhizobium sp. influenciou de maneira negativa na atividade microbiana dos solo. A crotalária apresentou boa tolerância aos níveis de sulfentrazone no solo, independentemente do inoculante. Os resultados sugerem que a inoculação da crotalária com Bradyrhizobium sp. não mostrou benefício na eficácia da remediação dos sulfentrazone, tendo a crotalaria melhor desempenho com os microrganismos nativos do solo.

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Biografia do Autor

Kamila Cabral Mielke, Universidade Federal de Viçosa

Engenheira Agrônoma formada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO - Colorado do Oeste) (2016). Mestra em Agricultura Tropical pela Universidade Federal do Espirito Santo (UFES) (2019) na área de fitorremediação de solos contaminados com herbicidas. Doutoranda em Fitotecnia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) na área de Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD) com foco na remediação de solos contaminados com herbicidas.

Rafaela Ramos Bertuani, Universidade Federal do Espírito Santo

No presente momento, graduanda no curso de Agronomia da Universidade Federal do Estado do Espirito Santo (UFES).

Ana Flávia Souza Laube, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Química (2019) pela Universidade Federal de Viçosa. Estagiou no Laboratório de Síntese de Agroquímicos (LASA). Atuou como bolsista de iniciação científica em pesquisas na área de Química Orgânica com o fracionamento de extratos de plantas e isolamento de constituintes químicos por métodos cromatográficos, preparo de amostras para análises espectroscópicas, preparo de amostras para testes biológicos e auxílio na realização de testes biológicos. Desenvolveu trabalhos na área de Química dos Produtos Naturais e Síntese Orgânica. Mestra em Agroquímica (2021), sendo área de concentração Química Analítica na Universidade Federal de Viçosa.

Maura Gabriela da Silva Brochado, Universidade Federal de Viçosa

Doutoranda em Fitotecnia na Universidade Federal de Viçosa, atuando na área de Manejo Integrado de Plantas Daninhas. Mestrado em Fitotecnia na Universidade Federal de Viçosa, Engenheira Agrônoma pela Universidade Federal Rural da Amazônia - Campus Belém. Atualmente faz parte do Grupo de Manejo Integrado de Plantas Daninhas (UFV). Foi bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET-Agronomia/SeSu/MEC) no período de 2016 a 2019 . Durante a graduação foi monitora das disciplinas de Culturas Industriais e Agricultura Geral. Foi treinanda do Núcleo de Pesquisa em Animais Não Ruminantes no período de 2017 a 2018. Técnica em Meio Ambiente pelo Instituto Tecnológico e Ambiental da Amazônia.

Ana Carolina Melo Ribeiro, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Mestranda em Genética e Melhoramento de Plantas pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Engenheira Agrônoma pela Universidade Federal Rural da Amazônia - Campus Belém. Foi bolsista do Programa de Educação Tutorial PET Agronomia (PET-Agronomia/SeSu/MEC). Foi estagiária do Laboratório de Recursos Genéticos e Biotecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA Amazônia Oriental). 

Dilma Francisca de Paula, Universidade Federal de Viçosa

Mestranda em fitotecnia pela Universidade Federal de Viçosa-MG. Engenheira agrônoma formada pela mesma instituição. Foi bolsista de iniciação científica na linha de pesquisa de herbicida no solo, com experiência no manejo integrado de plantas daninhas. Recentemente trabalhou como estagiária de pesquisa na Fundação Rio Verde-MT.

Fábio Ribeiro Pires, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Espírito Santo (1997), mestrado em Fitotecnia (Produção Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (2000) e doutorado em Fitotecnia (Produção Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (2003). Foi professor da Universidade de Rio Verde (2003/2006). É professor Associado IV da Universidade Federal do Espírito Santo/CEUNES. Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical/CEUNES/UFES de 2010 a 2014, do qual é Docente Permanente. Assessor ad-hoc do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo. Editor Associado da Revista CERES. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Manejo e Tratos Culturais, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo e conservação do solo e da água, fitorremediação, plantas de cobertura, adubos verdes, plantio direto.

Rafael D'Angeri, Universidade Federal de Viçosa

Possui ensino-medio-segundo-graupelo Colégio Experimental Integrado(2015). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitotecnia.

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Publicado

2021-05-28

Edição

v. 12 n. 6 (2021): Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais - Jun 2021

Seção

Microbiologia Agrícola e Ambiental

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