Análise multitemporal da distribuição do NDVI na cidade de Garanhuns-PE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.005.0056

Palavras-chave:

Cobertura vegetal, Geomorfologia, Escoamento superficial, Urbanização

Resumo

A presente pesquisa teve como objetivo analisar os efeitos da urbanização na distribuição do NDVI na área urbana do município de Garanhuns, localizado no estado de Pernambuco. A referida região passa por um período de maximização do seu perímetro urbano, acarretando profundas modificações na paisagem local. A constante remoção da cobertura vegetal criou áreas de risco ao intensificar o escoamento superficial, enquanto que o crescimento desordenado impulsionado pela ausência de um planejamento urbano adequado propiciou a ocupação de áreas impróprias como encostas e as adjacências de nascentes. Inicialmente, foi realizado um mapeamento topográfico que resultou em um modelado do relevo e da dinâmica hídrica. Posteriormente, a partir de dados dos satélites Landsat 5 e 8 (anos 1990, 1995, 2000, 2004, 2009, 2015 e 2018) foi realizado um mapeamento multitemporal do NDVI. A partir dos resultados, foi possível constatar que o crescimento desordenado gerou desequilíbrios na paisagem natural, especialmente na cobertura vegetal. Foi observado que embora o NDVI médio se manteve relativamente constante ao longo do tempo, o desvio padrão sofreu alterações bruscas, sugerindo distúrbios na distribuição do NDVI. Esse fenômeno é fruto da dinâmica de drenagem urbana de Garanhuns que se resume em criar picos de concentração de fluxo em direção às encostas. Constatou-se que a expansão urbana na região ocorre ao redor das vertentes e o sistema de drenagem é implementado de tal maneira que todo o fluxo é direcionado às encostas, criando um cenário onde existem grandes áreas impermeáveis e outras com vegetação densa em virtude da abundância de fluxo. Ademais, foi possível observar as deficiências no planejamento urbano da região, que criou um cenário de risco geoambiental ao permitir a intensificação do fluxo superficial em áreas de risco que consequentemente intensificam os processos erosivos podendo acarretar movimentos de massa como deslizamentos de terra.

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Biografia do Autor

João Vitor de Almeida Bezerra, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Graduado em Engenharia Civil pela Faculdade de Ciências Exatas de Garanhuns - FACEG, com habilidades em mapeamento topográfico, geoprocessamento, avaliação de áreas de risco, análise da estabilidade de encostas e taludes, estudos ambientais e dimensionamento de estruturas de contenção. Pós-graduado em Engenharia Ambiental e Saneamento Básico pela Universidade Estácio de Sá - UNESA. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais - PPCIAM na Universidade Federal Rural de Garanhuns - UFRPE.

Edyellison Almeida Ramos, Faculdades Integradas de Garanhuns

Possui graduação em BACHARELADO EM DIREITO - AUTARQUIA DO ENSINO SUPERIOR DE GARANHUNS (2012). Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito

Lucas de Lucena Rocha, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP 2018) e especialização em Engenharia Ambiental e Saneamento Básico pelo Centro Universitário Estácio Ribeirão Preto (ESTÁCIO 2020). Tem experiência na áreas de Habitação Social, estudando e trabalhando com comunidades em práticas in loco e na área de Urbanismo por ter atuado no Plano Centro Cidadão (convênio entre a Universidade Católica e a prefeitura do Recife), além de atuar na área de Arquitetura de Interiores e Construção Civil. É mestrando em Ciências Ambientais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE-UAG e pós graduando em Arquitetura e Design de Interiores e também em Docência e Performance na Educação à Distância pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI).

Tamara de Lima Oliveira, Faculdades Integradas de Garanhuns

Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em acompanhamento de obras. Trabalho voluntário em serviço ambiental. Atuando principalmente em pesquisas acadêmicas nos seguintes temas: Modelagem ambiental, carbono equivalente, energias renováveis, geoprocessamento e energia solar.

Felippe Pessoa de Melo, Centro Universitário UniAGES

Graduado em Geografia (CREA - Registro Nacional - 2716964262) e Especialista em Programação do Ensino de Geografia - UPE, Graduado em Pedagogia pela Faculdade Alfa América, Especialização em Geoprocessamento e Georreferenciamento - UCAM, Especialização em Psicopedagogia Institucional, Clínica e Ludopedagogia - FAVENI (Cursando), Graduado em Educação Física pelo Instituto Pedagógico de Minas Gerais, Mestre em Geociências e Análise de Bacias Sedimentares - PGAB/UFS (Linha de Pesquisa - Geomorfologia e Geoprocessamento aplicado a Geociências), Doutorado em Geografia - PPGEO/UFS (Linha de pesquisa - Dinâmica Ambiental) e Pós-Doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA/UFS.

Ricardo Brauer Vigoderis, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Professor associado da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE), possui graduação em Engenharia agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2000), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2002) e doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2006). Participou de projetos ligados a qualidade do ar e instrumentação na Universidade de Kentucky-EUA (2005). Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Engenharia de Construções Rurais e na Utilização de Energias renováveis na Agricultura, atuando principalmente nos seguintes temas: Uso de geotecnologias e modelos na avaliação, planejamento ambiental, urbanístico e energético, Climatização do ambiente e conforto ambiental, Bem-estar animal e Ambiência, Energização Rural, Utilização de Energias renováveis e Uso da Energia Solar como Tecnologia Social. Eventual substituto na coordenação do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPCIAM). Coordenador de Ética na Pesquisa na Universidade Federal do Agreste de Pernambuco.

Werônica Meira de Souza, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal da Paraíba (1999), mestrado em Meteorologia/Climatologia pela UFPB (2001), e doutorado em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande (2011). Atualmente é professora Associada I da Unidade Acadêmica de Garanhuns da Universidade Federal Rural de Pernambuco- UAG/UFRPE (2010-atual), Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais -PPCIAM (Mestrado Acadêmico) da UAG/UFRPE, aprovado pela CAPES em 05/09/2018. Também é professora do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente -PRODEMA (Mestrado) da UFPE, membro permanente do Programa de Associação em Rede em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Doutorado), e colaboradora do Mestrado Profissional em Ciências Ambientais da UFPE. Foi vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Mestrado) da UFPE de 2016 a 2018 e é vice-coordenadora do Programa de Associação em Rede em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Doutorado) desde 2017. Realizou capacitação de trabalho na área de modelagem hidrológica no Potsdam Institute for Climate Impact Research (PIK) no período de dezembro/2015 a janeiro/2016, através da Cooperação Técnica Internacional INNOVATE, Brasil-Alemanha. Em Julho/2017 realizou missão científica na Texas A & M University, através do Projeto de Cooperação Internacional entre a Universidade Federal Rural de Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco e a Texas A & M University. Tem inserção internacional com Alemanha (PIK/Potsdam e TU/Berlim), por meio da cooperação técnica internacional INNOVATE e do projeto de pesquisador visitante (PhD. Hagen Kock) na UFPE/PRODEMA; com os EUA (Texas A & M University) por meio do projeto pesquisador visitante especial (Prof. Raghavan Srinivasan) na UFRPE e do Projeto SUPER financiado pelo MCTI/CNPq/ANA; com a Itália (Università di Bologna) por meio da cooperação técnica internacional e projeto de pesquisa, financiado pelo Fondazione Culturale Italo Braziliana. É consultora da CAPES na área Ciências Ambientais. Foi Membro efetivo do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Meteorologia (2013 a 2016), e na atualidade é Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Agrometeorologia (2017-atual). Atuou como meteorologista na área de Monitoramento do Tempo e Clima do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Recursos Hídricos e do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (2000 a 2007). Tem experiência nas áreas de Ciências Ambientais e Geociências, com ênfase em Climatologia e Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: mudança climática, climatologia, monitoramento ambiental, variabilidade climática, recursos hídricos, modelagem, degradação ambiental, vulnerabilidades e desastres naturais.

Cristiane Guiselini, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1999), mestrado em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (2002) e doutorado em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (2006). Atualmente é tutora PET AgroEnergia do Ministério da Educação e professora associada II da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Agroenergia, atuando principalmente nos seguintes temas: ambiente protegido, agrometeorologia, construções rurais e ambiência, conforto térmico e bioclimatologia. 

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Publicado

2021-03-28

Edição

Seção

Tecnologia, Modelagem e Geoprocessamento

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