Fauna florestal e fluvial nas residências dos moradores durante a enchente do Rio Jari/AP

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2237-9290.2022.002.0012

Palavras-chave:

Ribeirinho Urbano, Conhecimento empírico, Laranjal do Jari, Rua da Antiga Usina

Resumo

Grande parte das cidades amazônicas, construídas as margens de um rio, são impactadas pelas enchentes dos mesmos em períodos chuvosos, entre elas destaca-se o município de Laranjal do Jari, no estado do Amapá, especificamente a Rua da Antiga Usina, construída sobre palafitas, que anualmente sofre com a inundação do Rio Jari. Este fato colabora para o aparecimento de espécies da fauna florestal e fluvial aos arredores e consequentemente nas residências dos moradores, os quais já detém um conhecimento empírico sobre algumas dessas espécies. Assim, o presente estudo teve como objetivo realizar o levantamento da fauna florestal que surgiram nas residências dos moradores localizadas na Rua da Antiga Usina durante a enchente do ano de 2022. Para tanto, realizou-se uma pesquisar exploratória do tipo ex-post-facto e com levantamento de campo de cunho empírico, e a coleta dos dados se deu através da aplicação de entrevista semiestruturada com 1 morador maior de 18 anos de cada residência para identificar as espécies que surgiram nesse período. A partir das análises os resultados demonstram um grande número de espécies da fauna florestal ocorrentes nas 79% residências, os quais pertencem a classe Reptilia, Mammalia, Arachnida e Actinopterygii, sendo a estação chuvosa a que mais propícia a incidência desses animais no local de estudo.  

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Biografia do Autor

Tatiane da Costa Ferreira, Instituto Federal do Amapá

Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Amapá- IFAP

Núbia Caramello, Instituto Federal do Amapá

Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (atuando no ensino médio, graduação, especialização Lato e Strito Sensu, cursos FICs profissionalizantes) e (via cooperação técnica) do Mestrado Profissional em rede Nacional em Gestão e Regulação dos Recursos Hídricos ProfÁgua Polo Ji-Paraná/RO, na Universidade Federal de Rondônia. Lecionou por 25 anos na rede estadual de ensino básico em Rondônia. Realizou o doutorado pleno em Geografia, na Universidade Autônoma de Barcelona - UAB/Cataluña (Bolsista CAPES) reconhecido e validado pela Universidade Federal do Ceará. Mestrado e graduação em Geografia, e em Pedagogia através da Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Especialista em Processamento das Informações Geográficas na Gestão Ambiental, em Metodologia do Ensino Profissional e Tecnológico (IFAP), e em Gestão Pública (IFAM). Integrante como pesquisadora nos grupos de pesquisa: Aigua, Territori i Sostenibilitat GRATS (UAB/Cataluña); Dinâmica e Gestão de Rios (Geomorphos/UFRJ), Resiliência Climática RIPERC. e idealizadora do Grupo de Pesquisa Diálogo Hídrico Multidisciplinar (motivando a pesquisa dentro e fora dos territórios universitários) atualmente passa a compor o grupo de pesquisa Centro de Estudos em Ecologia e Manejo na Amazônia CEEMA. Atua nas linhas de pesquisa: Diálogo Hídrico Multidisciplinar e Conservação, Biodiversidade, Sociodiversidade, ecologia humana e políticas públicas. Pesquisadora de indicadores e metodologias que viabilizem Plano de Bacia Hidrográfica e mecanismo de Gestão de Bacia Hidrográfica e de Territórios Fluviais Integrados ao interesse dos atores locais. Dedica-se como pesquisadora a metodologia de ensino de geografia ativa participava através de projetos de iniciação cientifica (para uma alfabetização geográfica significativa a partir do espaço vivido) paralelo a docência no ensino básico. No mestrado o foco de pesquisa é o mapeamento de indicadores perceptivos para mediação de gestão de Rios e recursos hídricos participativa, eficiência de instrumentos de gestão de recursos hídricos e ao diálogo fluvial na adoção da Agenda 2030 como diretriz para o desenho local da sustentabilidade. Como produto do mestrado e de suas ações vem priorizando a produção de material voltado ao ensino formal e informal e empoderamento de comunidades amazônicas. 

Darley Calderaro Leal Matos, Instituto Federal do Amapá

Possui graduação em Ciências Biológicas (Licenciatura) pela Universidade Federal do Pará (2007), mestrado em Ciências Biológicas, área de concentração Botânica Tropical, pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2009) e Doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia pela Universidade Federal do Pará e Museu Paraense Emílio Goeldi (2018). É pesquisadora e atua na área de Ecologia Vegetal em estudos que visam compreender os processos e organização de comunidades de plantas através da abordagem funcional; de Biotecnologia com desenvolvimento de produtos sustentáveis; e de metodologias para o ensino de ciências e biologia. Possui também experiência em estudos de dinâmica, florística e monitoramento de florestas na Amazônia. Atualmente é docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (Ifap) campus Laranjal do Jari, é docente do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Agroextrativismo e Desenvolvimento Regional (Ifap) e faz parte do Conselho Editorial do Ifap como titular na área Ciências Biológicas.

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Publicado

2023-01-08

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais