Colangiohepatite em felino doméstico associada a platinosomose: relato de caso

2024-07-19T13:16:28+00:00

A colangite é uma patologia hepática prevalente em gatos, sendo a segunda principal causa de hepatopatia nos felinos, precedida apenas pela lipidose hepática. Esta condição é classificada em colangite linfocítica, colangite associada a parasitas hepáticos (CPH) e colangite neutrofílica. A platinosomose, provocada pelo parasita Platynosomum spp., é uma enfermidade que deve ser considerada de forma significativa na prática clínica de felinos, especialmente devido ao seu caráter majoritariamente assintomático. O ciclo de vida deste parasita é complexo, exigindo três hospedeiros intermediários antes de completar seu ciclo nos gatos. O diagnóstico definitivo requer uma anamnese detalhada, observação dos sinais clínicos, realização de exame coproparasitológico e, crucialmente, a identificação do comportamento de caça ou vida livre do felino, uma vez que os sintomas clínicos são inespecíficos. O tratamento inclui a administração de anti-helmínticos e medicamentos de suporte, os quais variam conforme a manifestação clínica do paciente. A literatura sobre o assunto é escassa, e a presente compilação de informações visa alertar os médicos veterinários sobre a presença desta infecção no Brasil e incluir o diagnóstico diferencial de platinosomose nas hepatopatias na rotina clínica. Este estudo relata o caso de um felino semidomiciliado, com um ano e oito meses de idade, castrado, pesando 4,3 kg, e tem como objetivo reunir dados que possam auxiliar os profissionais na prática clínica ao tratar pacientes suspeitos de platinosomose, além de instruir os tutores sobre a importância de consultas preventivas e exames de rotina para a manutenção da saúde do animal.

Interação planta-formiga: modulação da produção de néctar extrafloral e resposta defensiva por formiga

2024-07-27T01:14:32+00:00

Plantas apresentam uma ampla gama de mecanismos de defesa direta ou indireta contra o ataque de herbívoros. Nos ambientes tropicais, muitas plantas mantêm associação com formigas através da oferta de alimento ou abrigo. Em troca, as formigas podem defender a planta contra herbivoria. Embora estas relações sejam consideradas mutualismo, onde há benefícios mútuos para ambas as espécies envolvidas, também existem custos associados. As plantas possuem o custo da produção de néctar extrafloral, enquanto as formigas têm o custo do patrulhamento. Sendo assim, espera-se que haja mecanismos capazes de reduzir o custo para ambas as partes envolvidas na interação. Turnera subulata é um arbusto ruderal, ou seja, amplamente distribuído em áreas antropizadas. Essa planta apresenta um par de nectários extraflorais na base de cada folha e normalmente está associado com diferentes espécies de formigas. Aqui testamos se as plantas de T. subulata podem ativar a produção de néctar extrafloral quando há atividade de formigas removendo esse recurso. Em contrapartida, testamos se a defesa realizada pela formiga associada – Dorymyrmex sp. – é dependente da oferta de néctar extrafloral pela planta. Bioensaios comportamentais foram conduzidos a fim de avaliar se há variação na produção de néctar extrafloral ao longo do tempo em plantas com e sem formigas; e para analisar se a defesa da formiga varia em plantas com e sem néctar extrafloral. Nossos resultados mostram que a produção de néctar extrafloral não é ativada pela remoção desse recurso pela formiga. Por outro lado, houve um maior número de defesas quando as formigas estavam na presença de néctar extrafloral. Este estudo pode auxiliar no entendimento acerca das interações facultativas inseto-planta.

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