Estudo e viabilidade técnica da utilização de águas de chuvas para o processo de irrigação de hortaliças no semiárido Pernambucano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2318-3055.2021.002.0010

Palavras-chave:

Água de chuva, Cisterna, Hortaliças, Irrigação

Resumo

Em regiões semiáridas, a escassez de água é uma questão discutida há muito tempo. Avaliando a necessidade do seu uso na irrigação, evidencia-se que a insuficiência de água se torna um fator limitante no desenvolvimento econômico e na qualidade de vida local. Nesse contexto, o armazenamento de águas de chuvas torna possível a manutenção da agricultura de subsistência durante os períodos de estiagem. Este trabalho é uma revisão bibliográfica que analisa diferentes estudos acerca da viabilidade técnica e da efetividade do uso de águas de chuvas no processo de irrigação em plantios de hortaliças na região do semiárido pernambucano. Os resultados mostram um efetivo suprimento na irrigação de cultivos quando utilizadas cisternas para reservar águas de chuvas. Com isso, a demanda insuficiente de chuvas no semiárido não tem potencial para afetar a produção de alimentos quando a técnica é adotada. Levando em consideração o histórico de baixa incidência de chuvas no semiárido brasileiro, a técnica abordada no presente estudo tornou-se comum ao longo dos anos. Em termos de eficiência de irrigação, ao levarmos em consideração a razão entre a quantidade de água efetivamente usada pela cultura e a quantidade retirada da fonte, no âmbito mundial, é ainda muito baixa, situando-se, em termos médios, em torno de 37%. Dados apontam que a melhora em apenas 1% na eficiência do uso de água na irrigação tem capacidade para gerar uma economia de 200 mil litros de água por agricultor, por hectare/ano em países em desenvolvimento de clima semiárido. Em consequência do emprego da técnica em tese estudada, a economia gerada por ela e a dispensabilidade de tratamentos complexos para utilização da água de chuva armazenada, torna-se possível identificar a motivação por parte dos pequenos produtores do semiárido nordestino em utiliza-la preferencialmente para a irrigação de hortaliças. 

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Biografia do Autor

Edimiley Nawany Vieira da Silva, Centro Universitário do Vale do Ipojuca

Curso de inglês do Programa Ganhe o Mundo (2014/2015) concluído e intercâmbio para o Canadá (2015.2) com duração de 05 meses; Voluntária na TechWeek (Semana de Engenharia do Unifavip) 2017 e 2018; Minicurso de produção de biodiesel a partir do óleo de cozinha, produção de shampoo, produção de cosméticos (máscara para hidratação capilar), aplicação de máquinas de fluxo na indústria de processos, curso de férias da UNIFAVIP WYDEN sobre processos da indústria química; Curso básico de Excel; Iniciação científica (2019.2/2020.1) sobre propriedades físico químicas da água da chuva armazenada em cisternas; Artigos publicados na revista Engineering Sciences, títulos: Análises Físico-Químicas da Qualidade de Água de Chuva Armazenada em Cisternas em Cidades do Interior de Pernambuco; Estudo e Viabilidade Técnica de Águas de Chuvas para o Processo de Irrigação de Hortaliças no Semiárido Pernambucano. Estágio supervisionado realizado no Centro Administrativo de SUAPE (5 meses); Ex consultora da AQUA Jr (Assessoria Química e Ambiental Júnior); Graduada em Engenharia pela UNIFAVIP WYDEN (2021.2).

Hôrtencia Júlia de Souza, Centro Universitário do Vale do Ipojuca

Graduanda em Engenharia Química pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca, UNIFAVIP. Atuei no projeto de pesquisa com o tema ?Estudo comparativo das propriedades físico-químicas das águas de chuva armazenadas em cisternas usadas em habitações populares de área urbana e rural na região de Caruaru e cidades vizinhas?. Atualmente, possuo interesse e sigo na linha de pesquisa nas áreas de Gestão ambiental, Tratamento de águas e efluentes, Gestão da qualidade, Gestão de projetos e Tratamento de resíduos sólidos.

Grazielma Ferreira de Melo, Centro Universitário do Vale do Ipojuca

Graduanda em Engenharia Química, pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca. Atuação em pesquisa de extensão de desenvolvimento e estudo de Biopolímeros. Atuação em iniciação científica de análises físico-químicas de águas de chuvas armazenadas em cisternas, em cidades de Pernambuco. Atuação no setor administrativo e desenvolvimento de projetos na área de Engenharia Química e Ambiental. Experiência em procedimentos laboratoriais, monitorando disciplinas e ministrando mini-cursos. Atualmente, age como mentora de química para ensino médio e superior. Possui interesse nas seguintes áreas: Fenômenos de Transportes, Transferência de Calor e Massa, Ciência e Engenharia de Materiais e Gestão Ambiental.

Lígia Rodrigues Sampaio, Universidade Federal de Campina Grande

Sou doutora em Engenharia de Processos pela Universidade Federal de Campina Grande (2014), onde trabalhei com a utilização de bioadsorventes na remoção de metais pesados em leito fixo. Possuo Mestrado em Engenharia Química pela mesma Universidade(2009), onde trabalhei com Produção e Avaliação de bioadsorventes obtidos da torta de mamona para remoção de íons cobre em solução aquosa e possuo graduação em Química Industrial pela Universidade Estadual da Paraíba (2007), onde trabalhei com caracterização e análise química dos nutrientes do algodoeiro herbáceo. E recentemente licenciada em Química pela Universidade Cruzeiro do Sul (2020). Sou professora do Centro Universitário do Vale do Ipojuca- UNIFAVIP, dos cursos de Engenharia Química, Civil, Mecânica, Produção, Sanitária e Ambiental e Farmácia. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Agroecologia, Adsorção com biomassas, tratamento de resíduos, nutrição orgânica e mineral e caracterização química.

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Publicado

2021-10-02