Potencial biotecnológico de Chromobacterium subtsugae: uma breve revisão voltada ao manejo biológico de artrópodes-praga

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.003.0016

Palavras-chave:

Entomopatógeno, Metabólitos tóxicos, Controle biológico, Insetos-praga

Resumo

Chromobacterium subtsugae é uma bactéria gram-negativa que vem sendo utilizada na agricultura, nos últimos anos, no manejo de diversas espécies de artrópodes-pragas, devido aos seus metabólitos tóxicos. Apesar de avanços na sua utilização, são escassas as informações acerca de sua patogenicidade no Brasil. Desse modo, a presente revisão bibliográfica objetiva compilar os dados mais recentes (2011-2021) sobre as características gerais de C. subtsugae, seu modo de ação e os resultados no manejo biológico de diferentes artrópodes-praga. O levantamento bibliográfico foi realizado nas plataformas Google Scholar, Periódicos Capes e Science Direct, com um filtro para o período de 2011-2021, utilizando a combinação de palavras: Chromobacterium subtsugae, bactéria entomopatogênica (entomopathogenic bacteria) e controle biológico (biological control). C. subtsugae evidencia vários efeitos em insetos-praga como toxicidade oral, repelência, redução da fecundidade em fêmeas e oviposição e, inibição da alimentação em indivíduos das ordens Hemiptera, Thysanoptera, Coleoptera, Diptera e Acari (ácaros fitófagos), sendo seu mecanismo de ação considerado complexo, podendo sintetizar no decurso da fermentação, três fatores inseticidas: cromamida A, violaceína e um composto não identificado. Perante tais elucidações, constata-se a importância da referida bactéria no desenvolvimento de novos produtos direcionados ao manejo de diversos insetos-praga, principalmente, pelo seu amplo espectro de ação. Ademais, espera-se que os dados levantados sirvam de referencial para pesquisas futuras com C. subtsugae, tanto em experimentos em campo quanto laboratoriais no Brasil, posto que não há inseticida comercial contendo a referida bactéria como ingrediente ativo.

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Biografia do Autor

Jéssica Karina Guedes Cavalcante, Universidade Estadual de Maringá

Analista de Biofábrica (SLC Agrícola), Mestranda em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola (UNEMAT), Pós-graduanda em Biotecnologia e Bioprocessos (UEM) e Engenheira agrônoma (UNEMAT - Campus Universitário de Tangará da Serra), com experiência em: multiplicação de bactérias, fungos e vírus para o manejo biológico de insetos-praga e doenças; monitoramento e controle da qualidade do processo de multiplicação; criação de lagartas (massal e de manutenção) em dieta artificial e; estudos comportamentais de cópula de espécies do gênero Spodoptera.

Helio Conte, Universidade Estadual de Maringá

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina (1972), mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1985) e doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Celular e Molecular) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1994). Atualmente é professor associado tide- nível -c na Universidade Estadual de Maringá, Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Citologia e Biologia Celular, atuando principalmente nos seguintes temas: diatraea saccharalis, morfologia, ciencias biologicas, ensino, controle biológico e alternativo

Bruno Vinicius Daquila, Universidade Estadual de Maringá

Possuí graduação em Ciências Biológicas (Licenciatura) pela Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) (2013-2017) e mestrado em Biotecnologia Ambiental pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) (2017-2019). Atualmente é doutorando em Biotecnologia Ambiental pela Universidade estadual de Maringá (UEM) (2019 - atual), desenvolvendo estudos em Controle Biológico e alternativo de pragas agrícolas, com ênfase em Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Crambidae) pelo uso do entomopatógeno Bacillus thuringiensis (Bacillales: Bacillaceae). Além disso, analisa os efeitos de B. thuringiensis em organismos não alvo, como Ceraeochrysa claveri e Chrysoperla argentina (Neuroptera: Chrysopidae) e Echetlus evoneobertii (Phasmatodea: Phasmatidae), observando possíveis alterações na morfologia interna e externa, desenvolvimento embrionário e comportamentais.

Ronaldo Roberto Tait Caleffe, Universidade Estadual de Maringá

Possui graduação em Biotecnologia pela Universidade Estadual de Maringá (2015). Mestre em Biotecnologia Ambiental pela Universidade Estadual de Maringá (2018). Doutorando em Biotecnologia Ambiental pela Universidade Estadual de Maringá. Atuando principalmente nos seguintes temas: Díptera: Calliphoridae, Entomologia forense, Bioprospecção da glândula salivar de larvas Calliphoridae.

Publicado

2022-07-02

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