Lixiviação do saflufenacil e tebuthiuron em solos de texturas contrastantes submetidos a diferentes precipitações pluviométricas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.012.0004

Palavras-chave:

Bioensaio, Herbicidas, Mobilidade, Profundidade do solo

Resumo

Objetivou–se avaliar o potencial de lixiviação do saflufenacil e tebuthiuron em solos de textura contrastante, Latossolo Vermelho - LV e Neossolo Quartzarênico-NQ, submetidos a diferentes precipitações pluviométricas, pelo método de bioensaio. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, constituídos das aplicações de saflufenacil (LV - 0,140 kg ha-1 e NQ - 0,105 kg ha-1) e tebuthiuron (LV - 1,5 kg ha-1 e NQ - 1,0 kg ha-1), no topo das colunas de solo. Foram conduzidos quatro experimentos, sendo que em cada experimento foi utilizado um herbicida (saflufenacil ou tebuthiuron) e um solo (LV - textura argilosa ou NQ - textura arenosa) em esquema fatorial 6 x 6 + 1, com três repetições, dispostos em blocos casualizados. Os fatores estudados foram às precipitações simuladas (0, 20, 40, 60, 80 e 100 mm) e as profundidades das colunas (0-5; 5-10; 10-15; 15-20; 20-25 e 25-30 cm), além da testemunha (0 mm e 0 g ha-1). Após a simulação das precipitações, as colunas foram cortadas longitudinalmente e ao longo das colunas foram semeadas as plantas bioindicadoras (Cucumis sativus), e 21 dias após a semeadura foi avaliado o controle. O saflufenacil evidenciou lixiviação até a camada de 25-30 cm de profundidade, com as aplicações das lâminas d’água de 40, 60, 80 e 100 mm, independente da textura do solo. O tebuthiuron lixiviou até a camada de 25-30 cm de profundidade em LV para as precipitações pluviométricas de 60, 80 e 100 mm, enquanto que em solo NQ, o tebuthiuron apresentou lixiviação em todas as camadas das colunas de solo (0-30 cm) com as precipitações de 0 a 100 mm. Conclui-se que o saflufenacil apresentou maior lixiviação com elevadas precipitação pluviométrica, independente da textura do solo, e a lixiviação do tebuthiuron sofreu influência da textura do solo e da precipitação pluviométrica, onde este atingiu maiores profundidades do solo com textura arenosa (NQ).

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Biografia do Autor

Ana Cássia Silva Possamai, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Agronomia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2009) e mestrado em Agronomia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (2012). Atualmente é professor titular da Universidade do Estado de Mato Grosso, atuando principalmente nos seguintes temas: Economia Solidária, Custo de Produção Agrícola no meio Norte Mato-Grossense, Agricultura Familiar. 

Francisco de Almeida Lobo, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Agronomia (1985) pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), mestrado (1992) e doutorado (2003) em Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atualmente é professor titular da UFMT e dá aulas na graduação para o curso de Agronomia e na pós-graduação para o Programa de Pós-Graduação em Física Ambiental e para o Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical. Coordena os Grupos de Pesquisa em Física e Meio Ambiente e de Ecofisiologia Vegetal da UFMT e é membro do Grupo de Pesquisa em Física Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). É consultor ad hoc de instituições de financiamento nacionais para avaliar projetos de pesquisa na área de Ecofisiologia Vegetal. É revisor ad hoc de periódicos nacionais e estrangeiros. Participa como membro externo em bancas de pós-graduação em instituições nacionais e estrangeiras. É membro da Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal e foi representante da mesma para a região Centro-Oeste no período de 2013 a 2017 e o é atualmente, para o período de 2019 a 2021. Foi bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq (PQ2) de janeiro de 2013 a janeiro de 2015 e também o é atualmente, a partir de fevereiro de 2017. Tem experiência em Ecofisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: fotossíntese do nível foliar à produtividade primária dos ecossistemas tropicais, dinâmica de serrapilheira e ciclo do carbono nos ecossistemas tropicais,medições das densidades de fluxo de energia e matéria nos ecossistemas tropicais, identificação de fatores de resistência de plantas a estresses bióticos e abióticos.

Mariana Batistti, Universidade do Estado de Mato Grosso

Mestre em Genética e Melhoramento de Plantas- pela Universidade do estado de Mato Grosso (UNEMAT) em (2015), Graduada em Agronomia pela Universidade do estado de Mato Grosso (UNEMAT) em (2012).

Miriam Hiroko Inoue, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação (2000), mestrado (2002) e doutorado (2006) em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá. Foi professora da Universidade Estadual de Maringá e da Faculdade Integrado de Campo Mourão. Atualmente é professora do curso de Agronomia e do Mestrado em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola (PPGASP), ministra disciplinas e desenvolve projetos científicos na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Matologia, atuando principalmente nos seguintes temas: dinâmica de herbicidas no ambiente, seletividade de herbicidas e manejo de plantas daninhas. 

Kassio Ferreira Mendes, Universidade Federal de Viçosa

Professor Adjunto de Biologia e Manejo Integrado de Plantas Daninhas do Departamento de Agronomia da Universidade Federal de Viçosa. Orientador credenciado no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Fitotecnia (Produção Vegetal) em Viçosa e Agronomia (Produção Vegetal) em Rio Paranaíba. Pós-Doutor (2019) e Doutor (2017) em Ciências - Energia Nuclear na Agricultura (Química na Agricultura e no Ambiente) - Laboratório de Ecotoxicologia, pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Campus Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo com sanduíche na University of Minnesota - USA (2016), Twin Cities Campus - College of Food and Agricultural Sciences no Department of Soil, Water, and Climate e United States Department of Agriculture - Agricultural Research Service (USDA - ARS). Mestre em Agronomia (Produção Vegetal) - Manejo de Plantas Daninhas, pela Universidade Federal de Viçosa (2013). Engenheiro Agrônomo, graduado pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2011). Membro do Comitê de Qualidade Ambiental da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD). Tem experiência em manejo integrado de plantas daninhas e comportamento de herbicidas no solo utilizando radioisótopos. Profissional de nível superior habilitado (AP-1646) pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para o preparo, uso e manuseio de fontes radioativas com aplicações no ensino e na pesquisa.

Ana Karine de Aquino Nunes, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Agronomia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2013). Tem experiência na área de plantas daninhas, atuando principalmente nos seguintes temas: mobilidade, controle, textura, lâmina d' água e bioindicador. Foi aluna especial no mestrado na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho na pós de Ciência Florestal. 

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Publicado

2021-09-17

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