Efeito de herbicidas aplicados em jato dirigido à entrelinha e área total na cultura do abacaxi

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.012.0010

Palabras clave:

Ananas comosus, Controle químico, Tecnologia de aplicação, Planta daninha

Resumen

Na cultura do abacaxi, a competição com plantas daninhas é agravada pelo fato da cultura apresentar porte pequeno e ter o desenvolvimento vegetativo muito lento. Nesse sentido, a utilização de herbicidas para controle de plantas daninhas torna-se uma estratégia eficiente, mas há grande carência de dados referentes ao efeito destes produtos para o controle de plantas daninhas e seletividade quando aplicados na cultura do abacaxi. Objetivou-se avaliar os efeitos das aplicações em jato dirigido (com chapéu-de-napoleão) e em área total de herbicidas no controle de plantas daninhas em área cultivada com abacaxi. A cultivar Pérola foi plantada no espaçamento de 1,20 x 0,40 x 0,40 m e o delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com tratamentos em esquema fatorial 10 x 2, com quatro repetições, em que o primeiro fator representou os herbicidas sulfentrazone (700 g i.a. ha-1), diuron (3.200 g i.a. ha-1), clethodim (144 g i.a. ha-1), atrazine (3.000 g i.a ha-1), hexazinone + diuron (396 + 1.404 g i.a. ha-1), S-metolachlor (1.920 g i.a. ha-1), trifluralin (1.335 g i.a. ha-1), pendimethalin (1.400 g i.a. ha-1) e as duas testemunhas, uma capinada e outra sem aplicação e sem capina. O segundo fator foi representado pelos modos de aplicação em jato dirigido (com proteção das mudas com chapéu de napoleão) e em área total (sem proteção das plantas). A aplicação dos herbicidas foi feita 20 dias após o plantio da cultura, utilizando pulverizador costal pressurizado a CO2. O controle das plantas daninhas e a fitointoxicação dos tratamentos foram avaliados aos 7, 14, 21, 28, 35, 42, 56 e 71 dias após a aplicação (DAA). Além do controle, foram avaliados o número de folhas, altura de planta, comprimento e largura da folha “D”, ambos aos 360 dias após o plantio. Foi determinada ainda a produtividade. Os tratamentos aplicados em jato dirigido proporcionaram controle de plantas daninhas iguais ou superiores aos tratamentos aplicados em área total nos cultivos de abacaxi. Até aos 71 DAA, os tratamentos que proporcionaram maior controle das plantas daninhas foram: diuron em jato dirigido, pendimethalin e sulfentrazone tanto em jato dirigido como em área total. As plantas de abacaxi que receberam os tratamentos químicos com S-metolachlor, trifluralin, pendimethalin, clethodim e hexazinone + diuron apresentaram as maiores médias para as variáveis número de folhas, altura das plantas, comprimento e largura da folha “D”, nos dois modos de aplicação. Todos os tratamentos químicos foram seletivos para a cultura do abacaxi e não afetaram a produtividade de frutos avaliada.

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Biografía del autor/a

Thaiany Fernandes, Universidade do Estado de Mato Grosso

Engenheira Agrônoma formada pela Universidade do Estado de Mato Grosso - Campus Universitário Carlos Eugênio Stiler, cidade de Tangará da Serra/MT (2018). Especialista em Gestão Ambiental e Segurança do Trabalho ? Instituto Prominas (2020). Mestre em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola pela UNEMAT (2021). Foi bolsista voluntária no Laboratório de Melhoramento Genético - UNEMAT, atuando na condução de experimentos (2015). Tem experiência na área de extensão rural, participando de projetos desenvolvidos junto as disciplinas do curso de agronomia. Foi estagiaria no Setor de Qualidade Agrícola na UISA (Bioenergia e Açúcar), atuando na gestão do desempenho ambiental e a segurança nas operações e processos do dia a dia nas atividades agrícolas da empresa (2018).

Miriam Hiroko Inoue, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação (2000), mestrado (2002) e doutorado (2006) em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá. Foi professora da Universidade Estadual de Maringá e da Faculdade Integrado de Campo Mourão. Atualmente é professora do curso de Agronomia e do Mestrado em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola (PPGASP), ministra disciplinas e desenvolve projetos científicos na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Matologia, atuando principalmente nos seguintes temas: dinâmica de herbicidas no ambiente, seletividade de herbicidas e manejo de plantas daninhas.

Ana Cássia Silva Possamai, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Agronomia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2009) e mestrado em Agronomia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (2012). Atualmente é professor titular da Universidade do Estado de Mato Grosso, atuando principalmente nos seguintes temas: Economia Solidária, Custo de Produção Agrícola no meio Norte Mato-Grossense, Agricultura Familiar.

Ana Carolina Dias Guimarães, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Engenharia Agronômica (2006), Mestrado em Agronomia - Fitotecnia - (2009) e Doutorado em Ciências - Fitotecnia (2012) pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). Pós-doutorado (2012-2014) no Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Universidade de São Paulo (CENA/USP) no Laboratório de Ecotoxicologia. Atualmente é Professora Adjunta da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) no Curso de Agronomia, Campus de Alta Floresta-MT. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Matologia. Atuando principalmente no desenvolvimento de estudos voltados ao manejo e biologia de plantas daninhas em soja, milho e pastagens.

Cleber Daniel de Goes Maciel, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá (1998), mestrado e doutorado em Agronomia (Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001/2004). Atualmente é professor adjunto D da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), membro permanente nos programas de pós-graduação em Agronomia (PPGA - Unicentro) e colaborador no programa de pós-graduação em Ciências Florestais (PPGF - Unicentro), assim como bolsista de Produtividade em Pesquisa - CNPq (PQ-2, 2019-atual) e conselheiro titular no CREA-PR (2021-atual). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Matologia, atuando principalmente nas linhas de pesquisa dos seguintes temas: biologia e manejo de plantas daninhas, seletividade de herbicidas à plantas cultivadas, e tecnologia de aplicação de agrotóxicos. 

Kassio Ferreira Mendes, Universidade Federal de Viçosa

Professor Adjunto de Biologia e Manejo Integrado de Plantas Daninhas do Departamento de Agronomia da Universidade Federal de Viçosa. Orientador credenciado no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Fitotecnia (Produção Vegetal) em Viçosa e Agronomia (Produção Vegetal) em Rio Paranaíba. Pós-Doutor (2019) e Doutor (2017) em Ciências - Energia Nuclear na Agricultura (Química na Agricultura e no Ambiente) - Laboratório de Ecotoxicologia, pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Campus Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo com sanduíche na University of Minnesota - USA (2016), Twin Cities Campus - College of Food and Agricultural Sciences no Department of Soil, Water, and Climate e United States Department of Agriculture - Agricultural Research Service (USDA - ARS). Mestre em Agronomia (Produção Vegetal) - Manejo de Plantas Daninhas, pela Universidade Federal de Viçosa (2013). Engenheiro Agrônomo, graduado pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2011). Membro do Comitê de Qualidade Ambiental da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD). Tem experiência em manejo integrado de plantas daninhas e comportamento de herbicidas no solo utilizando radioisótopos. Profissional de nível superior habilitado (AP-1646) pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para o preparo, uso e manuseio de fontes radioativas com aplicações no ensino e na pesquisa.

Júlia Rodrigues Novais, Universidade do Estado de Mato Grosso

Mestranda em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2021), Engenheira Agrônoma pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2018) e Técnica em Agropecuária pelo Instituto Federal do Mato Grosso (2013).

Larissa Marques Wirgues, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Possui graduação em Agronomia pela Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal(2018).

Publicado

2021-09-27

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