Qualidade Hidrológica e Ambiental de uma Microbacia Urbana de Abastecimento Público de Água na Amazônia Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.004.0014Palavras-chave:
Qualidade das águas, Igarapés urbanos, Degradação ambientalResumo
Santarém é o terceiro município com o pior sistema de saneamento básico do país, onde dejetos residenciais fluem para fossas sépticas ou negra ou são lançados em natura nos igarapés. Complementar a isso, a bacia do Tapajós, está em área geologicamente susceptível à infiltração de água superficial que pode assim contaminar o lençol freático, fonte básica de água para o município. A urbanização desordenada, pode se tornar um fator potencial de vulnerabilidade hídrica da microbacia do Irurá. Este estudo teve por objetivo realizar o levantamento das condições hidrológicas e ambientais da microbacia urbana do Irurá. Foram definidos cinco pontos amostrais ao longo da microbacia. Em cada um deles foi demarcado um trecho de 50 metros, onde foram medidas a largura do canal, profundidade, pH, condutividade, oxigênio dissolvido - OD, turbidez, temperatura da água e a vazão. Também, foram feitas análises microbiológicas da água e Índice de Integridade Habitat - IIH, além das características físicas da microbacia. Os dados foram coletados no período menos chuvoso (outubro de2015) e no período chuvoso (maio e junho de 2016). As nascentes apresentaram pH ácido, e foi verificado para os demais pontos da microbacia Irurá um nível de OD abaixo daquele estabelecido pela resolução CONAMA Nº357/2005. Foram encontradas as maiores concentrações de coliformes termotolerantes e com a presença de Escherichia coli no ponto I03. Nos pontos I03 e I04 verificou-se os maiores valores de temperatura da água, condutividade e turbidez. Apenas os parâmetros pH, OD, condutividade, turbidez, profundidade e vazão apresentaram variação sazonal. Os pontos I04 e I05 foram considerados degradados. Em relação aos elementos estruturais do canal, o ponto I04 foi o que apresentou menor profundidade, os pontos I04 e I05 apresentaram maior largura e consequentemente, menores vazões. A vazão (r=0,90; p=0,005) teve correlação positiva significativa com IIH, os maiores valores de vazão foram encontrados a montante da bacia e os menores a jusante. Foi possível, captar o índice de degradação ambiental ao longo da microbacia do Irurá causada pela urbanização e a falta de saneamento ambiental. O IIH apresentou-se como uma boa ferramenta para estimar a qualidade ambiental ao longo da microbacia, indicando a perda de vazão a jusante da bacia causada pela degradação ambiental. Ações para prevenir a degradação nos ambientes considerados íntegros e para minimizar e reverter as fontes de impacto que promovem a degradação da microbacia do Irurá são necessárias.
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