Epidemiologia da raiva em herbívoros domésticos em uma localidade na Amazônia brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.003.0010

Palavras-chave:

Epidemiologia, Raiva, Quirópteros, Desmatamento, Amazônia

Resumo

A raiva é uma das zoonoses com grande impacto tanto no desenvolvimento do agronegócio, quanto na Saúde Pública. Casos são registrados com frequência na Amazônia brasileira, Norte do Brasil, como na mesorregião Nordeste do Estado do Pará, considerada área focal para estudos relacionados à raiva transmitida por morcegos hematófagos. Objetivo: avaliar a distribuição temporal da raiva em herbívoros domésticos por um período de 13 anos no município de Bragança/PA e verificar a relação entre os fatores pecuária e desmatamento. Metodologia: os dados foram obtidos de fontes governamentais oficiais: casos de raiva em herbívoros (ADEPARÁ), produção pecuária (IBGE) e desmatamento (INPE/PRODES) e para análise destes dados utilizou-se os programas Microsoft Excel© 2013 e BioEstat 5.3. Resultados: as notificações da doença tiveram maior percentual em bovídeos, com maior concentração de casos na estação mais chuvosa, foi observado tendência de crescimento de amostras para diagnóstico laboratorial, bem como de casos positivos de raiva no período de estudo. Além de forte correlação entre pecuária e desmatamento. Conclusões: a intensa antropização da área chega até 81% em desmatamento e o aumento do rebanho bovídeo, revelaram forte correlação desta questão ambiental. Sugere-se ciclicidade e sazonalidade da doença. Possivelmente a produção pecuária e o desmatamento, além de outros, isolados ou cumulativamente, a exemplo da bio-ecologia dos morcegos, possam estar contribuindo para a ocorrência da doença nesta localidade da Amazônia brasileira.

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Biografia do Autor

Lucila Pereira da Silva, Universidade do Estado do Pará

Possui graduação em Médica Veterinária pela Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (1998) e especialização em Ecologia e Higiene do Pescado. Atualmente é Fiscal Estadual Agropecuário da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Estado do Pará. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em diagnóstico laboratorial de raiva animal, bem como Defesa Sanitária Animal. 

Ana Paula Vilhena Beckman Pinto, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Pará (2007), mestrado no Programa de Pós-Graduação em Saúde Animal na Amazônia pela Universidade Federal do Pará (2011). Atua profissionalmente desde 2008 como Fiscal Estadual Agropecuário na Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará - ADEPARÁ. De setembro de 2014 a agosto de 2018 como Gerente de Epidemiologia e Emergência Agropecuária e de setembro de 2018 a agosto de 2019 como Gerente de Defesa Animal, retornando como Gerente de Epidemiologia em setembro de 2019. Atualmente constitui o Grupo de trabalho para avaliação dos Padrões de bem-estar animal do Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado do Pará. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em saúde pública,vigilância sanitária, epidemiologia em saúde animal, sistema de informação zoossanitária e defesa sanitária animal. 

Altem Nascimento Pontes, Universidade do Estado do Pará

Doutor em Ciências, na modalidade Física, pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 2001. Instituições em que atua: Universidade do Estado do Pará e Universidade Federal do Pará. Linhas/Temas de Pesquisa: Estudos e Pesquisas Interdisciplinares que envolvam Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação, Cultura, Saúde e/ou Meio Ambiente. Outra linha de pesquisa de interesse é a Modelagem Ambiental e Ecológica de Ecossistemas Amazônicos.

 

Cléa Nazaré Carneiro Bichara, Universidade do Estado do Pará

Doutora em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários pela Universidade Federal do Pará (UFPA), 2009. Instituição em que atua: Universidade do Estado do Pará.

Linhas/Temas de Pesquisa: Doenças parasitárias - enfase a toxoplasmose, esquistossomose e amebíase; Doenças infecciosas na gravidez e infecções congenitas; Geografia da saúde; Co-infecção HIV/Hanseniase.

 

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Publicado

2020-04-02

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