Religiosidade e suas interposições na relação indivíduo-organização

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-684X.2020.001.0011

Palavras-chave:

Religiosidade, Relação Indivíduo-organização, Sucesso profissional

Resumo

Este estudo aborda religiosidade no trabalho, com o objetivo de verificar a influência desta sobre o desempenho do indivíduo na organização, com ênfase na atuação no trabalho, relações, liderança e carreira. Foram estudados 784 indivíduos com vínculo em organizações de diversos setores, na Região Metropolitana do Recife. Foi aplicado um instrumento abarcando dados demográficos, ocupação, vida profissional, liderança e religiosidade. Uma vez coletados os dados, foram utilizados métodos estatísticos para análise, que possibilitaram a criação de indicadores de religiosidade, liderança e sucesso profissional. O componente nuclear da Religiosidade é 'Crenças 2', condicionante independente do Sucesso, ao lado de escolaridade, experiência profissional e quantidade de trabalho. A relação entre 'Crenças 2' e vida profissional é mediada pela escolaridade, tendo associação mais forte entre aqueles com menor instrução. 'Crenças 2' associa-se positivamente a indicadores de Cumprimento de Metas, Relacionamento, Satisfação e Liderança, mas negativamente com a progressão do nível do cargo e renda. A religiosidade exerce influência nas atividades de indivíduos que possuem menor instrução, tendo associação positiva com relacionamentos, satisfação, liderança e cumprimento de metas, mas prejudica a progressão de cargo e renda. Naqueles que possuem nível médio ou mais, outros fatores se tornam fundamentais, promovendo progressão salarial e de cargo. Indivíduos que têm maior religiosidade são mais satisfeitos com a posição ocupada, salário recebido e relacionamentos na organização. Destaca-se a ausência de literatura, particularmente no Brasil, onde estudos como este são importantes, visto sincretismo existente e a necessidade de considerar diferenças no contexto organizacional.

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Biografia do Autor

Camila Rodrigues Silva Santos, Universidade Federal de Pernambuco

Possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Campina Grande, MBA em Gestão de Recursos Humanos pela Faculdade Anglo-Americano, Mestrado em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco, Doutoranda em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco. Realiza pesquisas na área de Organização e Sociedade, com foco na relação dos aspectos religiosos com o ambiente organizacional.

Antônio Roazzi, Universidade Federal de Pernambuco

Doutor (D. Phil.) em Psicologia do Desenvolvimento Cognitivo pela University of Oxford obtido em 1988 sob a orientação do Prof. Peter E. Bryant (superviser) e Prof. Donald Broadbent (Adviser). Possui também título de ?Dottore? em Psicologia Aplicada pela Universitá degli Studi di Roma "La Sapienza". Fez pós-doutorado na University of London, University of Oxford, Istituto di Scienze e Tecnologie della Cognizione, ISTC (Roma, Itália), e Universitá degli Studi di Roma "La Sapienza". Foi membro de Comitês de Avaliação da CAPES, ENEM e FACEPE. Membro Titular (2000-2002) e Coordenador do Comitê de Assessoramento de Psicologia e Serviço Social do CNPq (CA-PS, 2011-2012). Tendo como base a Facet Theory e suas abordagens multidimensionais visa explorar métodos e técnicas de produção de conhecimento que lhes permitam gerar um saber útil para a previsão e/ou controle de fenômenos complexos. Ultimamente atua principalmente nos seguintes temas: avaliação psicológica, autoconsciência e estados ampliados de consciência, psicologia do desenvolvimento sociocognitivo, aprendizagem, lógica mental, teoria da mente, percepção de risco, gestão de pessoas, apego, violência urbana e o componente ambiental ressaltando os processos cognitivos, sociais e imagéticos de seus habitantes, entre outros. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento (2002-2004) e da Facet Theory Association (2011-2013). É professor Titular do Dep. de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco e pesquisador Nível 1A do CNPq.

Bruno Campello de Souza, Universidade Federal de Pernambuco

possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco (1996), mestrado em Psicologia (Psicologia Cognitiva) pela Universidade Federal de Pernambuco (2000) e doutorado em Psicologia (Psicologia Cognitiva) pela Universidade Federal de Pernambuco (2004). É professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco, sendo docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Administração (PROPAD) da mesma instituição. Atualmente realiza pesquisas envolvendo as relações das tecnologias digitais com indivíduos e organizações, inovação e empreendedorismo, criminologia e policiamento, cognição, processos psicológicos e sociais, gestão de pessoas, psicologia da política, valores humanos, medicina e a aplicação de métodos estatísticos em qualquer contexto.

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Publicado

2020-01-30