Distribuição da precipitação e da erosividade mensal e anual na Flona Tapajós e seu entorno
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.007.0012Palavras-chave:
Potencial erosivo, Unidade de conservação, PrecipitaçãoResumo
A perda de solo por erosão hídrica é uma das principais causas do declínio da produtividade de sistemas agrícolas. Seus mecanismos envolvem os processos de desprendimento, arraste e deposição do material erodido por ação do impacto das gotas de chuva em uma superfície, principalmente com solo sem cobertura vegetal. O objetivo neste trabalho foi estimar o potencial erosivo das chuvas na Flona Tapajós e seu entorno para subsidiar a adoção de práticas conservacionistas de manejo do solo e da água nessa unidade de conservação de uso sustentável. Foram utilizados dados diários de precipitação pluvial referentes aos municípios de Belterra, Santarém e Rurópolis, obtidos nas bases do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e Agencia Nacional de Águas (ANA). Fez-se a estimativa do potencial erosivo das chuvas para toda série de dados em cada localidade. Também, para efeito comparativo foram analisados os períodos contendo a mesma série histórica e realizadas análises exploratórias para extrair medidas de dispersão capazes de expressar efeitos decorrentes de processos erosivos, em anos com alta pluviosidade. O índice de anomalias da chuva também foi aplicado aos dados de totais anuais para identificar a ocorrência de anos extremamente chuvosos ou secos. Observa-se que os resultados de erosividade das chuvas apresentam oscilações semelhantes nos três municípios. Destaca-se o ano de 2008 foi o que apresentou o maior valor de erosividade nas três localidades, com 17.761, 20.785 e 17.567 MJ mm h1 ha-1 para os municípios de Belterra, Santarém e Rurópolis, respectivamente. Enquanto que os anos de 1992, 1988 e 2010 apresentaram as menores estimativas. Anos com maior potencial erosivo na área de estudo foram classificados como extremamente chuvosos, indicando a influência de eventos de La Niña no fator erosividade das chuvas. Por outro lado, anos classificados como de redução extrema de chuva os valores de erosividade estimados foram os menores das séries históricas analisadas, apontando a influência de mecanismo como o El Niño, na redução da precipitação e, consequentemente refletindo na redução do potencial erosivo das chuvas na Flona Tapajós e seu entorno.
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