Produção de alimentos por agricultores familiares em Vila Bela da Santíssima Trindade (MT), Amazônia Legal

Autores

  • Keller Regina Soares Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Esvanio Edipo da Silva Ferreira Universidade Federal de Mato Grosso
  • Santino Seabra Junior Universidade Federal de Mato Grosso
  • Sandra Mara Alves da Silva Neves Universidade Federal de Mato Grosso
  • Leandro Batista da da Silva Universidade do Estado de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.001.0004

Palavras-chave:

Soberania Alimentar, Associações de Produtores, Comercialização do Excedente

Resumo

As produções familiares têm possibilitado a geração de segurança e soberania alimentar para as comunidades rurais, ao proporcionarem eficiência produtiva, energética e ecológica, por meio do adequado manejo do ambiente. Objetivou-se investigar os produtos agrícolas alimentícios que fazem parte do sistema produtivo dos agricultores familiares do Assentamento Seringal e suas respectivas formas de comercialização. Foram entrevistados 86 agricultores familiares vinculados a Associação de Produtores de Látex de Vila Bela da Santíssima Trindade/MT. Os dados foram tabulados em planilha eletrônica e sistematizados por meio das estatísticas de frequência absoluta e relativa. Dos entrevistados 69,01% é do gênero masculino, sendo o cargo de chefia assumido pelas mulheres apenas quando são as únicas responsáveis pela reprodução familiar. Dentre as diversas culturas produzidas a mandioca é a que aparece com maior frequência (26,76%). Quanto a produção pecuária, a criação de frango caipira é a atividade de maior relevância, seguida pela de suínos e gado leiteiro. Os produtos são destinados ao autoconsumo familiar e há comercialização do excedente. Geralmente a comercialização é realizada diretamente com o consumidor, entretanto há frequência relativamente alta com atravessadores, com redução de até 40% no valor pago, se comparado com a venda direta ao consumidor. Com exceção do extrativismo de látex, as demais atividades agrícolas são desenvolvidas na informalidade. Concluiu-se que as principais atividades agropecuárias desenvolvidas nas unidades produtivas do Assentamento Seringal estão ligadas a produção para autoconsumo, com exceção da seringueira, cujo látex é vendido formalmente por uma associação específica, enquanto que para os demais produtos, quando ocorre, é realizado diretamente ao consumidor, cujo produto possui valor agregado ou por intermediários (atravessadores), havendo redução no valor de comercialização.

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Biografia do Autor

Keller Regina Soares, Universidade do Estado de Mato Grosso

Mestre em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos (PPGBioAgro), pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT (2016). Possui graduação em AGRONOMIA pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2008). Tem experiência em docência na área de Agronomia, com ênfase em Engenharia Agrícola, Fertilidade e Física do Solo, Fitotecnia, atuando principalmente com extensão rural nos seguintes temas: agroecologia, agricultura familiar, políticas públicas e qualidade de vida, produção agrícola. Atualmente, atua como coordenadora do curso de Engenharia Agronômica da Faculdade de Quatro Marcos - FQM e como docente na área de Fitotecnia no Curso de Agronomia da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Jane Vanini.

Esvanio Edipo da Silva Ferreira, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Agronomia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2012). Atualmente fez uma especialização em Geoprocessamento e Georreferenciamento pela Universidade Cândido Mendes (2016). Especializando em Economia Solidária e Politicas Públicas pela Universidade do Estado de Mato Groso (Término: 12/2016). Atualmente é Secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente na Prefeitura Municipal de Figueirópolis D'Oeste - MT e presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário de Figueirópolis D'Oeste.

Santino Seabra Junior, Universidade Federal de Mato Grosso

Professor Adjunto nível 5 da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), na área de Olericultura. Atua no curso de Agronomia no campus de Nova Mutum, além de orientar nos mestrados acadêmicos: Ambiente e Sistema de Produção; Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos. Membro da Associação Brasileira de Horticultura, desde 2000, em 2010 atua como representante do Mato Grosso (delegado). Vem atuando em projetos de pesquisas, extensão e interface ensino, pesquisa e extensão. Desenvolve trabalhos relacionados as linhas de pesquisa: Horticultura e sociedade; Manejo e produção de espécies hortícolas (plantio direto de hortaliças; cultivo protegido; hortaliças não convencionais). É Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade de Marília (1999), mestrado (2002) e doutorado (2005) em Agronomia (Horticultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

Sandra Mara Alves da Silva Neves, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui licenciatura plena e bacharelado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1993), mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999) na área de concentração Planejamento Ambiental e doutorado em Ciências (Geografia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006) na área de concentração Gestão e Planejamento Ambiental. Atualmente é professora adjunta da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, lotada no Campus Jane Vanini, na cidade de Cáceres/MT e docente permanente nos Programas de pós-graduação stricto sensu em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola e Geografia, ambos da UNEMAT, sediados respectivamente nos Campi de Tangará da Serra e Cáceres. Atua principalmente nos seguintes temas: Geotecnologias aplicadas a detecção de mudanças na cobertura vegetal e uso da terra, Planejamento Ambiental e Paisagem.

Leandro Batista da da Silva, Universidade do Estado de Mato Grosso

Mestre em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola pelo Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Possui graduação em Agronomia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2012). Atualmente Professor (cargo reserva) no curso de Agronomia/UNEMAT - Cáceres. Assessor Territorial para a Inclusão Produtiva (ATIP) junto ao projeto de extensão: Núcleo de extensão em desenvolvimento Territorial da Grande Cáceres: uma estratégia de desenvolvimento sustentável por meio de ações que fortaleçam a produção agroecológica, agroindustrialização, comercialização e a atuação das mulheres (CNPq/MDA/SPM-PR Nº 11/2014) e Membro do Grupo de Pesquisa em Sensoriamento Remoto, Ensino e Pesquisa em Geografia (SERPEGEO/UNEMAT). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitotecnia, Olericultura e Extensão Rural atuando principalmente nos seguintes temas: manejo da vegetação espontânea, hortaliças, plantio direto (cobertura do solo), temperatura do solo, agricultura familiar e sensoriamento remoto.

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Publicado

2017-08-12

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