Neodesenvolvimentismo e o abandono do meio ambiente

Autores

  • Paulo Henrique Ellery Lustosa da Costa Universidade Federal do Ceará
  • Ahmad Saeed Khan Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2015.001.0015

Palavras-chave:

Neodesenvolimentismo, Desenvolvimento Sustentável, Políticas Ambientais

Resumo

A partir de 2003 o Governo Brasileiro passou a adotar uma nova estratégia para a promoção do desenvolvimento nacional com base numa série de instituições, politicas e ideias que muitos autores passaram a chamar de neodesenvolvimentismo. Tendo no seu cerne a ampliação do papel do Estado na implantação da referida estratégia, o neodesenvolvimentismo se proporia a superar a lógica ortodoxa do Consenso de Washington, sem abandonar os fundamentos de uma politica macroeconômica responsável ao mesmo tempo em que realizaria um resgate dos princípios do keynesianismo que influenciou as estratégias de desenvolvimento de vários países do globo durante a segunda metade do Século XX. Por outro lado, diversos atores questionam se ao assumir esta nova estratégia para o desenvolvimento nacional o Governo brasileiro não teria colocado as políticas ambientais em um segundo plano, abandonando compromissos com a sustentabilidade do desenvolvimento. O presente artigo procura, a partir da análise de alguns documentos fundamentais para a estratégia, evidenciar a pouca preocupação com a dimensão ambiental no discurso neodesenvolvimentista e apontar, com base na análise do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), algumas explicações para este abandono e especula sobre caminhos para superar tal situação.

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Biografia do Autor

Paulo Henrique Ellery Lustosa da Costa, Universidade Federal do Ceará

Possui graduação em Administração de Empresas pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (1990) e mestrado em Política Social pela Universidade de Brasília (2002),atualmente é Doutorando pelo Programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará. Foi consultor de organismos internacionais de cooperação multilateral, presidente do órgão estadual de meio ambiente do Estado do Ceará e atualmente é Deputado Federal pelo Estado do Ceará. Tem atuação profissional na área de Administração, com ênfase em Administração Pública, especialmente em planejamento e avaliação de políticas sociais. Além da experiência profissional como consultor, foi professor de cursos de pos-graduação latu sensu em instituições como Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), Fundação Getúlio Vargas (EBAPE-FGV), Fundação João Pinheiro, entre outras.

Ahmad Saeed Khan, Universidade Federal do Ceará

possui graduação em Agronomia - West Pakistan Agricultural University (1968), mestrado em Economia - Colorado State University (1973), mestrado em Economia Agrícola - West Pakistan Agricultural University (1970) e doutorado em Economia Agrícola e Recursos Naturais - Oregon State University (1977). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Ceará, membro do conselho editorial de várias revistas científicas. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economias Agrária e dos Recursos Naturais, atuando principalmente nos seguintes temas: Agricultura familiar, desenvolvimento sustentável, avaliação das políticas públicas, inovação tecnológica, geração de emprego e renda.

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Publicado

2015-04-09

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais