Atividade antimicrobiana in vitro de extrato etanólico de própolis da abelha Scaptotrigona aff. Postica (Latreille, 1807)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.006.0049

Palavras-chave:

Atividade antimicrobiana, Abelhas nativas, Toxicidade, Disco Difusão

Resumo

As abelhas nativas são importantes animais para diversas áreas de estudo, não só pelas peculiaridades do mel produzido, mas por seus exemplos de organização ecológica e por todos os demais produtos e subprodutos dessas atividades, com destaque para a produção de própolis e geoprópolis, amplamente trabalhados na meliponicultura, uma área da zootecnia que se dedica a estudar as abelhas sem ferrão (chamadas de meliponinas), como as nativas do Brasil. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial antibacteriano do extrato etanólico da própolis (EEP) da abelha nativa Scaptotrigona affinis postica frente as bactérias Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus, Streptococcus mutans e Escherichia coli, considerando esta como uma possibilidade de uso de um recurso natural eficaz no controle das bactérias listadas, bem como dos malefícios associados a ocorrência delas. As amostras de própolis foram coletadas em meliponário localizado na cidade de Barra do Corda/MA, sendo dissolvido 100 g de amostra coletada em 1000 mL de álcool 70% para a obtenção do seu extrato etanólico, com posterior evaporação do solvente. A possível ação inibitória do EEP foi avaliada por meio da técnica de Disco Difusão em ágar, sendo utilizado como padrão antibacteriano o antibiótico Ciprofloxacino (a 60 µg/mL), com testagem do extrato etanólico da própolis nas concentrações de 0,25 mg/mL, 0,5 mg/mL, 1 mg/mL e 2 mg/mL. Dentre as seis ATCC’s bacterianas testadas o Ciprofloxacino se mostrou mais eficiente frente a Escherichia coli (ATCC 25922). As amostras de extrato etanólico da própolis da abelha Scaptotrigona affinis postica, em todas as concentrações testadas, não apresentaram atividade antimicrobiana contra os microrganismos testados, requerendo mais estudos e caracterizações.

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Biografia do Autor

Nilson dos Santos Loiola, Universidade do Vale do Taquari

Possui graduação em CIÊNCIAS COM HABILITAÇÃO EM BIOLOGIA pela Universidade Estadual do Maranhão (2009). Atualmente é professor de Biologia, Gestão Ambiental e Meio Ambiente/ ensino médio e tecnológico da rede federal de ensino - IFMA/ Campus Barra do Corda e de Biologia/ ensino médio da rede estadual de ensino - COLÉGIO MILITAR 2 DE JULHO/ BARRA DO CORDA - MA.
Mestrando em Ambiente e Desenvolvimento pela UNIVATES/ RS.

Eduardo Miranda Ethur, Universidade do Vale do Taquari

Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal de Santa Maria, mestrado (1997) e doutorado (2004) em Química pela mesma Instituição. É professor titular da Universidade do Vale do Taquari - Univates. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química dos Produtos Naturais, Síntese Orgânica e em Ciência e Tecnologia de Alimentos. Atualmente coordena o projeto de pesquisa ?Estudo Etnobotânico, Químico e Atividade Biológica de Plantas Brasileiras?, onde orienta mestrandos e doutorandos dos Programas de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento e em Biotecnologia nos seguintes temas: estudo dos componentes químicos; atividade antimicrobiana, acaricida e inseticida de óleos essenciais e extratos vegetais. Além de trabalhos na produção de produtos alimentícios utilizando vegetais não conformes a comercialização e plantas alimentícias não convencionais.

Ani Caroline Weber, Universidade do Vale do Taquari

Atualmente é bolsista de iniciação científica da Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES. Tem experiência na área de Química e Microbiologia. 

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Publicado

2020-07-06