Diagnóstico da geração de resíduos sólidos do sistema único de saúde no Vale do Taquari/RS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.003.0046

Palavras-chave:

Saúde Ambiental, Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Resíduos de Serviço de Saúde, Gestão de Resíduos, Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde

Resumo

A geração de resíduos sólidos de saúde (RSS), em especial os medicamentos, constitui-se em um dos desafios da sociedade moderna. Medicamentos vencidos ou não utilizados devem ser descartados de forma adequada, para evitar o aumento da carga poluidora no meio ambiente e visando aderir a uma atitude sustentável, porém o que se percebe é que o rejeite realizado inadequadamente é um hábito comum para a população. Dessa forma, objetivo deste trabalho foi realizar um diagnóstico da geração de resíduos de saúde no município de Lajeado - RS, bem como delinear um panorama de como a temática está sendo abordada pelos gestores e responsáveis pela Assistência Farmacêutica (AF) nos outros 36 municípios que compõem o Vale do Taquari (VT) - RS. Trata-se de um estudo transversal realizado no período de 2019 a 2020 no VT - RS. Os profissionais responsáveis pela AF nas secretarias de saúde dos municípios do Vale responderam o questionário composto por questões sobre o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS). Em Lajeado foi realizada pesquisa através da aplicação de questionário aos munícipes sobre o descarte de medicamentos, além de compilação de dados sobre o descarte de medicamentos na rede pública de saúde. As análises dos questionários dos 36 municípios que formam o VT indicam um índice de respostas de 44,4%, sendo que 50,0% dos municípios participantes possuem plano de gerenciamento de resíduos (PGRSS). Quanto às orientações, 81,3% dos municípios relatam realizar campanhas de educação em saúde referente a temática. A pesquisa foi realizada com 277 usuários, moradores da cidade de Lajeado e frequentadores da Farmácia-Escola (FE) e dispensários do município de Lajeado - RS, a maneira de como os mesmos descartam os medicamentos foi abordada, identificando que 98,9% dos entrevistados possuem medicamentos em suas residências onde em 82,8% dos casos ocorre vencimento. As análises realizadas em estudos identificaram que o assunto precisa ser amplamente divulgado, levando em consideração o impacto ambiental que os resíduos de medicamentos estão causando. Desta forma ressalta-se a importância de um plano de gerenciamento bem estruturado tendo em vista a legislação vigente e características locais de cada município, e em contrapartida observou-se o impacto econômico para o município de Lajeado - RS.

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Biografia do Autor

Eduardo Miranda Ethur, Universidade do Vale do Taquari

Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal de Santa Maria, mestrado (1997) e doutorado (2004) em Química pela mesma Instituição. É professor titular da Universidade do Vale do Taquari - Univates. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química dos Produtos Naturais, Síntese Orgânica e em Ciência e Tecnologia de Alimentos. Atualmente coordena o projeto de pesquisa ?Estudo Etnobotânico, Químico e Atividade Biológica de Plantas Brasileiras?, onde orienta mestrandos e doutorandos dos Programas de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento e em Biotecnologia nos seguintes temas: estudo dos componentes químicos; atividade antimicrobiana, acaricida e inseticida de óleos essenciais e extratos vegetais. Além de trabalhos na produção de produtos alimentícios utilizando vegetais não conformes a comercialização e plantas alimentícias não convencionais.

Carla Kauffmann, Universidade do Vale do Taquari

Atua como docente adjunta na Universidade do Vale do Taquari - Univates. Possui graduação em Farmácia (2000) e mestrado em Ciências Farmacêuticas (2002) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e doutorado em Ciências - Ambiente e Desenvolvimento (2016) pela Univates. Tem experiência na área de Farmácia, atuando em pesquisas sobre os seguintes temas: Uso Racional de Medicamentos; Assistência Farmacêutica; Estudo químico e atividade biológica de plantas da família Myrtaceae, nativas do Rio Grande do Sul.

Luís César de Castro, Universidade do Vale do Taquari

Atuou como docente Titular da Universidade do Vale do Taquari - Univates, em Farmacologia, Microbiologia e Imunologia. É graduado em Farmácia, com ênfases em Bioquímica e Tecnologia de Alimentos, pela UFSM. Possui "Licenciatura em Formação Pedagógica de Docentes", "Especialização em Educação em Saúde", formação em "Farmácia Clínica" pela Universidad de Chile, Mestrado e Doutorado em Microbiologia Agrícola e do Ambiente (UFRGS), com período sanduíche na Universität Hohenheim, Stuttgart, Alemanha, e período Pós doutoral na Universidad de Granada, junto ao "Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica". Coordenador de pesquisa no Núcleo de Pesquisa em Assistência Farmacêutica do Vale do Taquari, desenvolvendo pesquisas no Gerenciamento Autônomo da Medicação (GAM) para o Autocuidado adaptado a diabéticos e hipertensos. Integra o Grupo de Estudos em Desenvolvimento de Sistemas de Saúde (GEDESS), pesquisando na área da Saúde Coletiva, principalmente nos temas Planejamento e avaliação em saúde, Redes de atenção em saúde e condições crônicas. Coordena o departamento científico do Programa "Vida + Viva sem álcool (-) 18 anos", pesquisando drogadição e o uso de substâncias psicoativos por jovens, crianças e adolescentes. Pesquisa de modo colaborativo no campo da biotecnologia microbiana, probiose e antibiose a partir de produtos naturais. Tem experiência na área de Farmácia, com ênfase em Assistência Farmacêutica e Acompanhamento Farmacoterapêutico. Atua principalmente no âmbito da saúde coletiva, assistência farmacêutica, atenção farmacêutica, uso racional de medicamentos.

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Publicado

2021-01-20

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente