Conhecimento etnoveterinária dos produtores rurais dos municípios de Cacoal e Espigão D’Oeste/Rondônia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.004.0036

Palavras-chave:

Plantas medicinais, Amazônia, Tratamento, Animais de produção

Resumo

Objetivo deste trabalho foi identificar e analisar o conhecimento etnoveterinária praticado em pequenas propriedades rurais localizadas nos municípios de Cacoal e Espigão D’Oeste/Rondônia. Para tal, realizaram-se visitas a 82 propriedades de agricultura familiar, para entrevistar os proprietários sobre as espécies medicinais usadas, formas de armazenamento, de uso, parte da planta e espécie animal tratada, assim como a origem do conhecimento etnobotânico e etnofarmacológico, por meio de um questionário semiestruturado com questões fechadas e abertas. Do total de propriedades visitas, 54 relataram o uso frequente de plantas medicinais em animais, sendo identificadas 24 espécies para tratar nove diferentes patologias. Os bovinos foram a espécie com maior número de relato de tratamento, seguidos dos cães, aves e equinos. A principal via de administração utilizada foi por via oral por meio do chá de folhas, cascas e/ou raízes, ou misturados ao alimento. Neste estudo, observou-se que o conhecimento etnoveterinário é adquirido principalmente pela experiência trazida pelas gerações mais antigas, motivado, também, pela redução da contaminação do alimento por resíduos de medicamentos e baixo custo de tratamento. Das plantas citadas pelos entrevistados, se destacaram com maior valor de uso a copaíba, nim, melão-de-são-caetano e arnica, demonstrando assim o comum emprego desta prática, principalmente apoiada no resgate do conhecimento tradicional trazido pelos migrantes vindos de outras regiões do Brasil, com a cultura local. 

 

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Biografia do Autor

Sandro Vargas Schons, Universidade Federal de Rondônia

Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade da Região da Campanha, URCAMP, em 2002, mestre e Doutorado em Patologia Animal pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEl) em 2005 e 2011, Professor do curso de medicina veterinária da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Campus de Rolim de Moura. Docente e coordenador do programa em Ciências Ambientais da UNIR e membro do comitê interno do PIBIC. 

Kaisa Freitas Araujo, Universidade Federal de Rondônia

Técnica em Agropecuária, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - IFRO (2012). Realizou estágio supervisionado no Laboratório de Pesquisa de Nutrição de Organismo Aquáticos (2015). Foi estudante no Grupo de Pesquisas Aplicadas à Aquicultura da Amazônia - GPAqua (2016). Foi bolsista de iniciação científica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES (2017-2018 e 2018-2019). Estudante do Grupo de Pesquisa Patologia Animal no bioma Amazônico, da Fundação Universidade Federal de Rondônia. 

Átila Bezerra Mira, Universidade Federal de Rondônia

Estudante de graduação em Medicina Veterinária na Fundação Universidade Federal de Rondônia. Técnico em Agroecologia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (2016). Atua como integrante no Centro de Diagnóstico Animal (CDA) - UNIR, Rolim de Moura. É membro do grupo de pesquisa Patologia Animal no Bioma Amazônico, vinculado à Universidade Federal de Rondônia. Atualmente, é bolsista de Iniciação Científica pelo CNPq. 

Mariana Ferraz Rodrigues, Universidade Federal de Rondônia, Brasil

Discente do mestrado acadêmico em Ciências Ambientais/UNIR

Ezequiel Ferreira Barbosa, Universidade Federal de Rondônia

Possui graduação em Letras pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT e Especialização em Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Atuou como professor de Língua Portuguesa no curso de Pedagogia da Associação Vilhenense de Educação e Cultura e na rede estadual de ensino de RO do ano de 1997 ao ano de 2003 como professor de Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna - Inglês no ensino fundamental e médio. De 2004 a 2011, atuou como diretor do Instituto Estadual de Educação Wilson Camargo na Cidade de Vilhena - RO. Atualmente é professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Rondônia - IFRO, atua nas disciplinas de Língua Estrangeira Moderna - Inglês e Língua Portuguesa no ensino integrado. Mestre em Educação Escolar com pesquisa sobre o tema letramento e formação. É membro do Grupo de Pesquisa GEPEL (Grupo de Pesquisa em Educação e Linguagem) do Instituto Federal de Rondônia, no Campus Vilhena.

Kelly Cristina Barbosa, Instituto Federal de Sergipe

Bacharela em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (2001), Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade São Luiz de França (2014). Atuando desde 2014 como Diretora Geral de Bibliotecas do Instituto Federal de Sergipe (IFS), membro da Comissão Própria de Avaliação Institucional (CPA), desde 2012, membro do Conselho Editorial da Editora do Instituto Federal de Sergipe (Edifs), desde 2013 e da Revista Expressão Científica (2016), autora e organizadora de publicações. Possui experiência na área de Ciência da Informação nas seguintes áreas e atividades: gestão de bibliotecas, implantação e organização de bibliotecas, desenvolvimento de coleções, processamento técnico, representação descritiva (catalogação), normalização de referências bibliográficas, confecção de fichas catalográficas, elaboração de regulamentos, organização de eventos, trabalhos com a comunidade interna/externa na valorização da cultura sergipana, lançamento de livros. 

Francisco Carlos da Silva, Universidade Federal de Rondônia

Possui graduação em Administração com Habilitação em Meio Ambiente pela Faculdade Martha Falcão (2004). Especialista em Educação para o Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM (2005). Atualmente é professor de módulos do Centro de Ensino Tecnológico do Amazonas, é administrador da ESCOLA AGRÍCOLA RAINHA DOS APÓSTOLOS e colabora com a Pesquisa e Desenvolvimento da Instituição.

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Publicado

2020-04-29