Avaliação da qualidade da água da baía do Guajará em Belém/PA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.002.0034

Palavras-chave:

Qualidade da água, Contaminação, Esgoto doméstico

Resumo

A água é um recurso vital que exerce importante papel para sociedade e meio ambiente. Entretanto, sua qualidade vem sofrendo prejuízos, devido o crescimento desordenado da população, acompanhada da urbanização. A poluição da água pode advim de origem química, física e biológica, em que o lançamento no corpo hídrico de qualquer tipo destes poluentes pode alterar características da água e do sedimento e consequentemente impactar a biota aquática. Com isso, este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da água da baía do Guajará por meio de medições dos parâmetros físico-químicos e microbiológico, conforme o período sazonal da chuva. As coletas ocorreram no ano de 2015, nos meses de março, junho, setembro e dezembro, correspondente ao período chuvoso e menos chuvoso da região amazônica. Nos períodos estudados, o volume precipitado foi acima da média das normais climatológicas no período chuvoso, e no período menos chuvoso foi abaixo da média. Nas análises química e microbiológica, as concentrações de nitrato, nitrito, cloreto e o pH, estão dentro do permitido pela Resolução do CONAMA nº357/05, classe II para águas doces. Entretanto, o parâmetro OD apresentou nos pontos PT01 CH (3,6 mg/L), PT02 CH (4,4 mg/L) e PT03 CH (4,1 mg/L), abaixo do permitido por essa resolução. Em todos os pontos a DBO (mínimo= 5,2 mg/L; máximo= 14,3 mg/L) constataram valores acima do limite de referência do CONAMA nº357/05, além de elevadas concentrações de DQO (mínimo=12,5mg/L; máximo= 27,3mg/L) e alta CE (mínimo= 86,4 uS/cm²; máximo= 573,4 uS/cm²). A DQO e OD apontaram uma forte correlação negativa, em que o aumento da DQO está ocasionando a diminuição do OD na baía do Guajará. Na análise de coliformes termotolerantes, com exceção do PT04 do período chuvoso e menos chuvoso, todos os pontos apresentaram valores acima do permitido pelo CONAMA nº357/05. O comportamento desses parâmetros é correspondente ao aumento da matéria orgânica apresentada na região. Devido às práticas portuárias frequente na área analisada, e a concentração urbana que despeja efluente, principalmente de origem doméstica, sem pré-tratamento na baía do Guajará, que é agravado pelo período chuvoso. Isso pode gerar danos irreversíveis para o ecossistema aquático, prejudicando também a população que utiliza esse corpo hídrico para práticas de pescas e/ou recreação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Letícia Furtado dos Santos, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências Naturais- Química pela Universidade do Estado do Pará (2015), especialista no ensino de Química pela Universidade do Estado do Pará (2019), mestrado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Pará (2018). Tem experiência na área de Química, com ênfase em Espectrometria Analítica e Cromatografia em amostras ambiental, biológica e humana.

Eduardo Ribeiro Marinho, Universidade Federal do Pará

Mestrado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Pará (2019), linha de pesquisa: Clima e dinâmica socioambiental na Amazônia. Graduado em licenciatura plena em Ciências Naturais Habilitação Química pela Universidade do Estado do Pará (2015). experiências nas áreas: qualidade da água de rios amazônicos, química ambiental e interdisciplinariedade no ensino de ciências naturais. Participante nos projetos: 01.Desenvolvimento local Integrado: A Socioeconomia, Proteção e Reabilitação Ambiental da Microbacia do Rio Guamá, Pará, da Universidade Federal Rural da Amazônia; 02. Trilhas da Vila Ponte de Saberes- NETRILHAS da Universidade do Estado do Pará, Professor de Práticas Pedagógicas e Trilhas Ambientais pelo Projeto Trilhas nos Rios Cultura Arte e Sustentabilidade na Escola Wandick Gutierrez-Vila do Conde - Barcarena-Pará, Professor modular indígena, área de Química, pelo projeto SOMEI da Secretaria de Estado de Educação - SEDUC/Pa.

Fernanda da Silva de Andrade Moreira, Universidade Federal do Pará

Doutoranda em Ciências do Desenvolvimento Socioambiental do PPGDSTU/NAEA/UFPA. Mestra em Ciências Ambientais pelo PPGCA/UFPA. Especialista em Direito Público Material pela UGF. Possui graduação em Direito (2003-2008) e em Engenharia Sanitária e Ambiental (2011-2017) pela UFPA. Atuou como pesquisadora/bolsista no projeto Modelagem de Arranjos Institucionais e Mudanças de Uso da Terra em Múltiplas Escalas na Amazônia (Rede GEOMA). Membro do Grupo Climatologia da Amazônia e do Grupo Políticas Públicas e Governança na Amazônia. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Ambiental e Fundiário e Engenharia Sanitária e Ambiental, com ênfase em Resíduos Sólidos e Água.

Bruno Santana Carneiro, Instituto Evandro Chagas

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Pará(1999), mestrado em Geologia e Geoquímica pela Universidade Federal do Pará(2003) e doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro(2018). Atualmente é Pesquisador do Instituto Evandro Chagas. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia. Atuando principalmente nos seguintes temas:qualidade da água, Nitrato.

Kelson do Carmo Freitas Faial, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Licenciatura Plena em Química pela Universidade Federal do Pará (2006), Mestrado (2010) e Doutorado (2017) em Química Analítica pelo PPGQ - UFPA. Atualmente é pesquisador e Responsável pelo Setor de Espectrometria Analítica do Instituto Evandro Chagas (IEC) e Professor de Química no Estado do Pará. Tem experiência na área de Química Analítica, com ênfase em Análise de Traços e Química Ambiental.

Downloads

Publicado

2020-02-27

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)