Importância do açaí na renda mensal da comunidade quilombola Murumuru em Santarém, Pará

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.002.0004

Palavras-chave:

Extrativismo, Produto Florestal Não Madeireiro, Comercialização

Resumo

O açaí destaca-se como um dos Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNMs) mais importantes na região amazônica, por possuir um grande potencial agronômico, tecnológico, nutricional e econômico. Com isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a importância da comercialização do açaí na renda mensal dos moradores da comunidade quilombola Murumuru em Santarém, Pará. Foram realizadas 16 entrevistas com os atores envolvidos na cadeia produtiva do açaí na comunidade Murumuru. Os entrevistados foram selecionados por meio da técnica 'bola de neve'. Como a coleta dos dados foi realizada em 2012, os valores em R$ (reais) informados pelos entrevistados foram corrigidos e convertidos para dólares americanos (US$). A atividade de açaí contribui na renda dos quilombolas com US$ 294,94, contra US$ 292,89 dos comunitários que recebem salários; US$ 124,08 dos comunitários que trabalham com pesca; US$ 69,15 dos que recebem bolsa do governo; e US$ 29,15 dos que se encaixam no grupo 'outros', que engloba tanto quem trabalha com artesanato quanto com serviços de diarista; além de US$ 58,21, US$ 19,06 e US$ 33,70 para os que trabalham com taberna, pensão e pecuária, respectivamente. A atividade de açaí gera maior renda familiar mensal em relação às demais atividades remuneradas. Os quilombolas na comunidade Murumuru que comercializam os frutos de açaí in natura possuem maior renda com esta atividade do que aqueles que comercializam a polpa de açaí.

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Biografia do Autor

Lucas Cunha Ximenes, Universidade Federal do Oeste do Pará

Doutorando em Ciências Ambientais pelo Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento na Universidade Federal do Oeste do Pará. Mestre em Ciência Florestal pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (2016). Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2014), com graduação sanduíche em Ingeniería Forestal na Universidad de Talca, Chile (2013), sendo bolsista do Banco Santander. Foi professor substituto na área de Mecanização e Colheita Florestal na Universidade Federal do Oeste do Pará (2017 - 2019), onde ministrou as disciplinas de Mecanização e Colheita Florestal, Recuperação de Áreas Degradadas, Metodologia da Pesquisa, Projeto de TCC e Estatística Básica. Tem experiência em Manejo Florestal, com ênfase em: Classificação da Capacidade Produtiva de Florestas Inequiâneas, Estrutura de Florestas Nativas, Manejo de Produtos Florestais Madeireiros e Não Madeireiros, Colheita de Florestas Nativas e Silvicultura Urbana.

João Ricardo Vasconcellos Gama, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduado em Engenharia Florestal pela Faculdade de Ciências Agrárias do Pará - FCAP (1996) - hoje Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, mestre em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (2000) e doutor em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (2005). Atualmente é professor na área de Manejo Florestal da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), tem experiência em Manejo de Ecossistemas Florestais com ênfase em Sistemas Silviculturais, Inventário Florestal, Cadeia Produtiva de Produtos Florestais e Manejo de Produto Florestal Não Madeireiro. Líder do grupo de pesquisa de Manejo em Ecossistemas Amazônicos (MECA). Integra a equipe de docentes permanentes do Programa de Doutorado Sociedade, Natureza e Desenvolvimento da UFOPA.

Talita Godinho Bezerra, Universidade Federal Rural da Amazônia

Bacharel em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA (2016), apresentou estudo sobre capacidade produtiva de florestas tropicais. Mestre em Ciências Florestais pela Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA (2019), defendeu dissertação sobre dinâmica de regeneração pós-exploração de madeira na Amazônia Oriental. Participa do grupo de pesquisa Manejo em Ecossistemas Amazônicos (MECA) do Laboratório de Manejo de Ecossistemas Florestais da UFOPA, atuando principalmente nos seguintes temas: amazônia, crescimento de florestas, manejo florestal e inventário florestal. Atualmente, consultora florestal pela Tetra Tech Consulting and Engineering Firm - em andamento.

Girlene da Silva Cruz, Universidade do Estado de Santa Catarina

Mestranda em Engenharia Florestal na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Bolsista do Programa de Bolsa de Monitoria de Pós-Graduação (PROMOP). Engenheira Florestal e Bacharel em Ciências Agrárias (2018) pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Foi monitora das disciplinas de Mensuração, Inventário Florestal e Estatística Básica. Foi bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC/UFOPA. Atualmente é pesquisadora vinculada ao Laboratório de Manejo de Ecossistemas Florestais (LAMEF) da UFOPA. Tem experiência na área de Manejo Florestal, com ênfase em Mensuração Florestal, Inventário Florestal e Recursos florestais madeireiros e não madeireiros.

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Publicado

2020-02-27