Efeito pós-barragem nos municípios impactados por usinas hidrelétricas no estado do Tocantins/Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.003.0013

Palavras-chave:

Boom-colapso, Pós-barragem, Variáveis econômicas, Desenvolvimento Local

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar os efeitos pós-barragem da instalação de Usinas hidrelétricas nos municípios do Estado do Tocantins[1] e a contribuição no desenvolvimento local propagado por esses empreendimentos. Como metodologia foi analisado o índice de desenvolvimento regional (IDR) e as variáveis econômicas: Imposto sobre circulação de mercadoria e serviços (ICMS), Produto Interno Bruto (PIB) e número de empregos. Os principais resultados apontam que mesmo havendo uma melhoria do IDR, os efeitos positivos das barragens foram pontuais e em períodos específicos da construção, observados pelo comportamento das variáveis nos anos antes e depois dos empreendimentos. Essa observação nos permitiu fazer uma analogia com a teoria econômica do boom-colapso (boom and bust), que demonstra um alto índice de crescimento no período de implementação que depois não se mantém. As conclusões apontam que a promessa de desenvolvimento local propagada na aprovação do empreendimento, não se consolidou nas localidades pesquisadas. Podem ter ocorrido benefícios a nível nacional atendendo a necessidade de expansão energética, no entanto, não ficou demonstrado impactos positivos em nível local, além disso, as implicações ambientais e sociais podem ser maiores do que o retorno alcançado.

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Biografia do Autor

Robert John Buschbacher, Universidade da Flórida

Coordenador de programa da Iniciativa de Liderança para Conservação da Amazônia, um programa que oferece pós-graduação e treinamento em meio de carreira para profissionais da conservação da região Amazônia-Andes, além de parcerias com universidades amazônicas no Acre, Brasil, Mato Grosso, Brasil e Iquitos, Peru. Durante o ano acadêmico de 2010-2011, ele é diretor interino do Programa Tropical de Conservação e Desenvolvimento da University of Florida.

Nilton Marques de Oliveira, Universidade Federal do Tocantins

Doutor em Desenvolvimento Regional e Agronegócio pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, Toledo - PR. Mestre em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa - UFV, Economista pela Universidade Estadual de Maringá - UEM. Professor do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional (PGDR/UFT) e do curso de Ciências Econômica da Universidade Federal do Tocantins. 

Mac David da Silva Pinto, Universidade Federal do Tocantins

Professor da Universidade Federal do Tocantins, Campus de Porto Nacional. Biólogo, Mestre em Ciências do Ambiente e doutor em Biodiversidade e Conservação pelo Programa de pós graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da rede Bionorte.

Erisvaldo de Oliveira Alves, Universidade Federal do Tocantins

Graduado em Gestão de emergências, pela Universidade do Vale do Itajaí (2009) e Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Tocantins. Mestre em Desenvolvimento Regional  pela Universidade Federal do Tocantins

Elineide Eugênio Marques, Universidade Federal do Tocantins

Graduada em Ciências Biológicas, mestre em Ciências Biológicas - Zoologia  e doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais. Professora do Programa de Pós Graduação em Ciências do Ambiente da Universidade Federal do Tocantins.

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Publicado

2019-07-17

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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