Os Parques Estaduais do Tocantins: ameaças e atividades críticas no gerenciamento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.003.0032

Palavras-chave:

Parques Estaduais, Gestão Ambiental, Ameaças, Tracking Tool

Resumo

O processo de criação de áreas protegidas no mundo como estratégia para preservar de forma permanente grandes áreas de uso restrito pelo ser humano é antigo, sendo que o Brasil seguiu a tendência mundial quanto ao conceito de Unidades de Conservação (UCs). Foi a partir da Lei nº 9.985 de julho de 2000 que entrou em vigência o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) que regulamenta o funcionamento das atuais UCs brasileiras. Neste contexto o estado do Tocantins teve seus Parques Estaduais criados sob influência desse novo modelo de áreas protegidas, e ao mesmo tempo em que existem leis específicas para o planejamento e administração das UCs, existem ferramentas de avaliação para a gestão destas áreas, permitindo acompanhar o desenvolvimento e fazer avaliação dos seus procedimentos administrativos. Diante do cenário político atual no Brasil é importante avaliar os resultados de ferramentas já testadas e validadas. Assim, a pesquisa teve como objetivo analisar os fatores que influenciaram na gestão, as ameaças e as atividades críticas ao gerenciamento dos Parques Estaduais do Cantão (PEC), Jalapão (PEJ) e Lajeado (PEL) no período de 2009 a 2018, através das informações constantes na Ferramenta Management Effectiveness Tracking Tool (METT). Os resultados permitiram identificar as principais ameaças e atividades críticas para o gerenciamento destas UCs, sendo o PEC o melhor avaliado na média geral com o conceito Bom, seguido pelo PEJ e PEL respectivamente, que obtiveram o conceito Regular. As ameaças como caça, pesca, visitação desordenada, falta de regularização fundiária, queimadas e as atividades críticas como baixa quantidade de guarda-parques para monitorar as atividades, juntamente com o número mínimo de profissionais de nível superior em áreas específicas e a rotatividade de profissionais, fizeram se presentes no cotidiano das UCs, afetando seu pleno desenvolvimento em função da não resolução dos problemas indicados pelos gestores.

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Biografia do Autor

Alessandro Lemos de Oliveira, Instituto Federal do Tocantins

Possui graduação em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jales (1997). Professor na Escola Estadual Professora Catarina de Abreu em Sidrolândia - MS, durante os anos de 1998 e 1999. Professor do Centro de Ensino Médio Ary Ribeiro Valadão Filho de 2000 até 2014, professor no CEC ( Preparatório para Concursos e Pré-Vestibular ) e professor na Escola Estadual Dr. Joaquim Pereira da Costa de 2008 até 2014, na cidade de Gurupi - TO. Possui Especialização em Geografia, com ênfase em Geografia e Meio Ambiente. Professor no Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Campus de Araguaína. Foi Coordenador do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio, no Campus Araguaína entre 2015 e 2018. Diretor de Pesquisa e Pós graduação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins entre 2018 e 2019. Possui Mestrado pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais pela Fundação Universidade Federal do Tocantins (UFT). Doutorado em andamento pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) no programa Ciências do Ambiente. Atualmente é Diretor de Extensão e Cultura do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins - IFTO, em Palmas - TO. 

Elineide Eugênio Marques, Universidade Federal do Tocantins

Graduada em Ciências Biológicas (UEM, 1986); mestrado em Ciências Biológicas - Zoologia (UFPR, 1993); e doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (UEM, 1999); pós-doutorado em Gestão Pesqueira na Universidade da Florida (2018). Professora Associada da Universidade Federal do Tocantins. Atua na área de ciências ambientais e ecologia, com ênfase em manejo e conservação de recursos naturais e nos temas: ictiologia; biologia e ecologia de peixes e pesca de água doce; ecologia de reservatórios; impactos socioambientais e econômicos de grandes empreendimentos.

Sandro Sidnei Vargas de Cristo, Universidade Federal do Tocantins

Possui Graduação em Geografia Bacharelado pela Universidade Federal de Santa Maria-UFSM (1999), Especialização em Interpretação de Imagens Orbitais e Suborbitais pela Universidade Federal de Santa Maria-UFSM (2001), Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC (2002), Doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS (2013) e Pós-doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria-UFSM (2017). Ministrou aulas nos Cursos de Especialização em Geografia-UFT (2005) e Especialização em Educação Ambiental-UFT(2007). Atualmente é professor Adjunto IV do Curso de Geografia-Campus de Porto Nacional-UFT. Professor do Programa de Pós-graduação/Mestrado em Geografia-Campus de Porto Nacional-UFT. Coordenador do Laboratório de Geoprocessamento do Curso de Geografia-Campus de Porto Nacional-UFT. Membro do Corpo Editorial e Revisor da Revista Interface (UFT\ISSN 2448-2064), Revisor da Revista Geografia Ensino & Pesquisa (UFSM\ISSN 2236-4994). Revisor do Boletim Goiano de Geografia (UFG/ISSN 1984-8501), Membro do Conselho Consultivo da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins. Membro do Conselho de Defesa Civil Municipal de Porto Nacional (Tocantins). Experiência na área de Geociências, com ênfase em Geoprocessamento, Sensoriamento Remoto e Meio Ambiente, atuando nos temas:Riscos Ambientais; Bacias Hidrográficas; Unidades de Conservação da Natureza; Geodiversidade; Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto.

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Publicado

2020-04-02

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais

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