Ultrafiltração por gravidade como alternativa para tratamento de água no ponto de uso: uma revisão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.005.0009

Palavras-chave:

Ultrafiltração por gravidade, POU, Microcontaminantes orgânicos

Resumo

Com a crescente poluição dos reservatórios de água destinados ao abastecimento humano uma grande parcela da população mundial que não dispõem de água tratada estão sujeitos a ingestão de água contaminadas por microrganismos, pesticidas, cianotoxinas, fármacos, desreguladores endocrinos, entre outros contaminates, culminando em graves problemas na saúde humana. Como a maioria da população que não ingere água tratada concentra-se em regiões distantes ou pouco povoadas o abastecimento por parte das companhias de água torna-se inacessiveis, assim as tecnologias de tratamento de água no ponto de uso (POU) mostram-se atraentes e viaveis. Dentre as POU existentes, a ultrafiltração por gravidade vem chamando atenção, pela sua eficiência na remoção de diversos contaminates, necessitando de baixa pressão para funcionamento, pouca manutenção e permitindo a formação do biofilme, atuando na estabilização do fluxo e melhorias na qualidade do permeado. Sendo assim, o presente trabalho busca apresentar a tecnologia de ultrafiltração por gravidade como alternativa para tratamento de água no ponto de uso.  A coleta de dados para a presente pesquisa foi realizada a partir do levantamento de estudos em publicações na literatura acadêmica, relacionadas ao tema “Uso de membrana de ultrafiltração por gravidade para tratamento de água no ponto de uso”, compreendendo artigos publicados no período de 2009- 2021. Como base de dados para a pesquisa utilizou-se a Web of Science (WOS), Google acadêmico, Scopos e PubMed. Foram contemplados 127 artigos, no qual 15 foram selecionados, devido sua relevância para pesquisa. Através dessa pesquisa foi possível  verificar que o processo de Ultrafiltração por Gravidade  apresenta excelentes resultados na remoção de microrganismos e microcontaminantes orgânicos presentes em águas destinadas ao consumo humano. O biofilme formado na membrana também apresenta-se com grande importância, uma vez que melhora consideravelmente a qualidade do permeado através de sua composição biológica.  A tecnologia de ultrafiltração por gravidade mostrou-se como uma boa alternativa para tratamento descentralizado da água apresentando-se como alternativa simples, moderna e acessível, destinada principalmente para populações que não ingerem água tratada.

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Biografia do Autor

Amanda da Silva Barbosa Cartaxo, Universidade Estadual da Paraíba

Possui Graduação (2014) em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB. Especialização (2016) em Etnobiologia (UEPB). Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental pelo Programa de Pós Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA) da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB (2018). Atualmente Doutoranda em Engenharia Ambiental- UEPB, atuando na linha de Pesquisa: Tecnologias de Tratamento de Água destinada ao Consumo Humano, com ênfase em comunidades do semiárido brasileiro que não dispõem de água tratada . Foi membro do projeto: Monitoramento do SARS-CoV-2 em águas residuárias produzidas pela população da cidade de Campina Grande (PB): Indicadores de mapeamento georeferencial e disseminação da COVID-19. Dispõe de experiência nas áreas de Ciências Biológicas, Biologia do Ensino Médio, Citologia, Meio Ambiente, Microbiologia e Saneamento Ambiental. 

Valderi Duarte Leite, Universidade Estadual da Paraíba

Portador do Título de Técnico Agricola haja vista ter cursado Ensino Profissional de Nível Técnico no Colégio Agrícola de Lavras da Mangabeira no Estado do Ceará no período de 1966 a 1972. Graduado em Engenharia Química pela UFPB no ano de 1980. Mestre em Engenharia Civil (Área de Concentração: Saneamento Ambiental) pela UFPB no ano 1986 e Doutor em Hidráulica e Saneamento pela EESC/USP no ano de 1997. No ano de 2012 realizou estágio de Pós-Doutoramento no âmbito do PROCAD/CAPES/2007 entre as instituições parceiras PPGCTA/UEPB e DHS/EESC/USP. Desenvolve atividades de ensino e orientação no curso de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, no mestrado em Ciências e Tecnologia Ambiental e no Doutorado em Engenharia Ambiental. É consultor "ad hoc" de periódicos nacional e internacional, de agências do governo Federal do Brasil e da Fundação de Amparo á Pesquisa do Governo do estado de São Paulo ( FAPESP). É detentor de uma confortável experiência em processo de tratamento anaeróbio de resíduos sólidos orgânicos e de tratamento físico, químico e biológico de lixiviado de aterro sanitário. Participou ativamente como pesquisador do PROSAB/FINEP e atualmente desenvolve atividades de pesquisa no âmbito do programa de Saneamento Básico e Habitação da FINEP e do CNPq. Tem coordenado vários projetos de pesquisa financiados pelo CNPq, CAPES, FINEP e UEPB. É vice líder do grupo de pesquisa em saneamento ambiental ( GPESA) e Professor Associado D do DESA/CCT/UEPB.

Maria Virgínia da Conceição Albuquerque, Universidade Estadual da Paraíba

Possui Graduação (2012) em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, e em Saneamento Ambiental (2022) pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER; Especialização (2016) em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER; Mestrado (2017) em Ciência e Tecnologia Ambiental e Doutorado (2022) em Engenharia Ambiental pelo Programa de Pós Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental - UEPB, atuando na linha de Pesquisa: Tecnologias de Tratamento de Água e de Resíduos, com especificidade na Avaliação da degradação de cianobactérias e cianotoxinas presentes em águas destinadas a abastecimento público, investigando através de ensaios de ecotoxicidade o potencial efeito tóxico dos subprodutos produzidos por estes processos. Dispõe de experiência (2010-2012) na área de Ecologia (sub área Limnologia) com estudos nos reservatórios eutrofizados do semiárido nordestino, avaliando a dinâmica e taxonomia de espécies fitoplanctônicas e Ensino de Biologia (2013-2014).

Roberta Milena Moura Rodrigues, Universidade Estadual da Paraíba

Atualmente é discente de Doutorado em Engenharia Ambiental pelo Programa de Pós Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental - UEPB, atuando na linha de Pesquisa: Tecnologias de Tratamento de Água e de Resíduos, com ênfase em validação de método de cromatografia iônica e cromatografia líquida de alta eficiência na determinação de parâmetros de processos biológicos. Mestra em Ciência e Tecnologia Ambiental pela Universidade Estadual da Paraíba (2017), pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, atuou na linha de pesquisa tecnologias de tratamento de água e resíduos, trabalhando com validação de método para determinação de ácidos graxos voláteis em efluentes de biorreatores anaeróbios através de cromatografia gasosa. Graduada em Química Industrial pela Universidade Estadual da Paraíba no Brasil (2013), atuou em projetos de pesquisa e também de extensão, na área de engenharia e demais áreas tecnológicas, especificamente em caracterizações físico-químicas e produção de alimentos funcionais e Formas de Proteção e Utilização da Água Armazenada em Mananciais, possui atividades complementares na área de ciência e tecnologia. Estagiou na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-CNPA,Campina Grande, no laboratório de solos e nutrição de plantas.

Jefferson Santos de Amorim, Universidade Estadual da Paraíba

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB-2017). Foi voluntário do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave) do ICMBio (2017-2018), onde participou de atividades de campo no monitoramento avifauna, na Reserva Biológica Guaribas. Possui graduação em Gestão Ambiental pelo centro universitário de João Pessoa, (UNIPÊ-2018). Mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Especialista em microbiologia, pela Faculdade Futura. Atualmente, Doutorando Engenharia Ambiental (UEPB), com linha de pesquisa no tratamento de águas residuárias e resíduos sólidos, utilizando processos biológicos e técnicas de quantificação e identificação de microrganismos. 

Ingrid Lélis Ricarte Cavalcanti, Universidade Estadual da Paraíba

Graduada no curso de Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Campina Grande. Atuou na academia em dois Projetos de Extensão, atuou como bolsista do Projeto de Pesquisa - PIBIC, atuou como bolsista no Programa de Monitoria Acadêmica. Os projetos de atuação foram nas áreas de Gestão de Pessoas, Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental, Sustentabilidade e Saneamento Ambiental. Mestre em Energias Renováveis pelo Programa de Pós-Graduação em Energias Renováveis pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB, no qual foi bolsista pela CAPES/FAPESQ. Graduanda em Geoprocessamento pelo Instituto Federal da Paraíba. Doutoranda em Engenharia Ambiental no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB. 

Publicado

2022-07-02

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