Identificação e efeitos toxicológicos dos subprodutos gerados na degradação de microcistina-LR por processos oxidativos avançados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.005.0026

Palavras-chave:

Microcistina-LR, Subprodutos, Toxicologia, Degradação

Resumo

Dentre os efeitos deletérios provocados pelo processo de eutrofização de águas naturais, um importante destaque, deve ser dado ao surgimento de florações de cianobactérias e a consequente geração de cianotoxinas com potente efeito hepatotóxico (ex. microcistina-LR). A presença de linhagens de cianobactérias produtoras de cianotoxinas, tem efeitos negativos nos corpos hídricos e em particular nos destinados a abastecimento público, devido ao efeito nocivo dessas substâncias à saúde humana e de animais. Os tratamentos convencionais de água, se mostram ineficientes para a remoção total destas toxinas, portanto são necessárias novas tecnologias alternativas, como os processos oxidativos avançados. No entanto, essas tecnologias favorecem a formação de subprodutos desconhecidos. O presente trabalho buscou avaliar os efeitos toxicológicos dos possíveis subprodutos formados da degradação de Microcistina-LR através dos processos oxidativos avançados. Foram utilizados dados de 4 estudos de caso que empregaram dois processos oxidativos avançados: o UV/H2O2 e Fenton, para obtenção dos fragmentos de íons de m/z obtidos. Os estudos de caso usaram água de abastecimento e água sintética, contaminadas com Microcistina-LR em diferentes concentrações. Foi realizado a análise das amostras por meio de cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrometria de massas (CLAE-EM), utilizando o Espectro de Massa (LCQ FLEET) triplo quadruplo da marca Thermo Scientific de interface Electron-Spray Ion (ESI). Os softwares ChemDraw e ChemSketch foram empregados para formação das estruturas e fórmulas químicas referentes a cada fragmento. Para identificar a toxicologia dos fragmentos foram utilizadas as bases de dados Pubchem, Echa, Ecotox, TSCA e MolBase. Foram obtidos 33 fragmentos identificados nos 4 estudos de caso. Os primeiros subprodutos identificados apresentaram uma estrutura molecular cíclica intacta e ao decorrer da degradação foram sendo linearizados. Os fragmentos de m/z 967 e 553 tiveram toxicidade registrada pelas bases de dados. O tratamento UV/H2O2 gerou subprodutos tóxicos e moléculas grandes. O tratamento utilizando Fenton apresentou o melhor desempenho sendo indicado para tratamento de Microcistina-LR em águas destinadas a abastecimento.

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Biografia do Autor

Julya Karolyne Neres Costa Soares, Universidade Estadual da Paraíba

Possui graduação em Engenharia de Biotecnologia e Bioprocessos pela Universidade Federal de Campina Grande (2016). Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental , área de concentração Engenharia Ambiental pela Universidade Estadual da Paraíba (2021). Pós Graduanda em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Maria Virginia Conceição Albuquerque, Universidade Estadual da Paraíba

Possui Graduação (2012) em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB. Especialização (2016) em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER. Mestrado (2017) em Ciência e Tecnologia Ambiental pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB. Atualmente é discente de Doutorado em Engenharia Ambiental pelo Programa de Pós Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental - UEPB, atuando na linha de Pesquisa: Tecnologias de Tratamento de Água e de Resíduos. Dispõe de experiência (2010-2012) na área de Ecologia (sub área Limnologia) com estudos nos reservatórios eutrofizados do semiárido nordestino, avaliando a dinâmica e taxonomia de espécies fitoplanctônicas. Ensino de Biologia (2013-2014). No momento como pesquisadora, atua na avaliação da degradação de cianobactérias e cianotoxinas presentes em águas destinadas a abastecimento público, investigando através de ensaios de ecotoxicidade o potencial efeito tóxico dos subprodutos produzidos por estes processos.

Valderi Duarte Leite, Universidade Estadual da Paraíba

Portador do Título de Técnico Agricola haja vista ter cursado Ensino Profissional de Nível Técnico no Colégio Agrícola de Lavras da Mangabeira no Estado do Ceará no período de 1966 a 1972. Graduado em Engenharia Química pela UFPB no ano de 1980. Mestre em Engenharia Civil (Área de Concentração: Saneamento Ambiental) pela UFPB no ano 1986 e Doutor em Hidráulica e Saneamento pela EESC/USP no ano de 1997. No ano de 2012 realizou estágio de Pós-Doutoramento no âmbito do PROCAD/CAPES/2007 entre as instituições parceiras PPGCTA/UEPB e DHS/EESC/USP. Desenvolve atividades de ensino e orientação no curso de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, no mestrado em Ciências e Tecnologia Ambiental e no Doutorado em Engenharia Ambiental. É consultor "ad hoc" de periódicos nacional e internacional, de agências do governo Federal do Brasil e da Fundação de Amparo á Pesquisa do Governo do estado de São Paulo ( FAPESP). É detentor de uma confortável experiência em processo de tratamento anaeróbio de resíduos sólidos orgânicos e de tratamento físico, químico e biológico de lixiviado de aterro sanitário. Participou ativamente como pesquisador do PROSAB/FINEP e atualmente desenvolve atividades de pesquisa no âmbito do programa de Saneamento Básico e Habitação da FINEP e do CNPq. Tem coordenado vários projetos de pesquisa financiados pelo CNPq, CAPES, FINEP e UEPB. É vice líder do grupo de pesquisa em saneamento ambiental ( GPESA) e Professor Associado C do DESA/CCT/UEPB. 

Jose Tavares Sousa, Universidade Estadual da Paraíba

Graduado em Engenharia Química pela Universidade Federal da Paraíba (1980), especialização em Metodologia do Ensino Superior pelo Fundação Universidade Regional do Nordeste (1982), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (1986) doutor em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia de São Carlos - Universidade de São Paulo (1996). Avaliador do SINAES em 2007. Foi diretor da Faculdade de Ciência e Tecnologia (1987 a 1989). Foi Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação (1989 a 1991). Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) UEPB/UFPB de 1996 a 2004. Coordenador do PIBIC/CNPq/UEPB (2004 a 2007). Foi Diretor do Centro de Ciência e Tecnologia-CCT da UEPB, durante o período de 2005 a 2008. Foi Coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental de 2007 a março de 2010. Foi professor visitante em 2010 na Universidade de São Paulo, pelo período de seis meses, onde cumpriu o Pós-Doutorado PROCAD/CAPES. Orientou no Programa de Doutorado em Recursos Naturais da UFCG, durante o período 2003 a 2012. Líder de Grupo de Pesquisa em Saneamento Ambiental desde 1996. Foi membro do comitê de Assessoramento de Engenharia e Ciências Ambientais do CNPq de julho de 2013 a junho de 2016. É membro do comitê interno do PIBIC/UEPB. Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental e Doutorado em Engenharia Ambiental) durante o período de 2016 a 2018. Atualmente ministra aulas na Engenharia Sanitária e Ambiental e no Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da UEPB. Orienta no Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da UEPB. É consultor ?ad hoc? de periódicos nacionais e internacionais. Participou como pesquisador do PROSAB/FINEP/CNPq. Tem coordenado projetos de pesquisa financiados pelo CNPq, BNB, FUNASA, FINEP e FAPESQ-PB. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária com ênfase em Saneamento Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: Tratamento de águas residuárias: digestão anaeróbia, tratamento descentralizado de esgotos. Utilização de Reator em Bateladas Sequenciais, recuperação de recursos da fase líquida e sólida, produção de água de reúso, agrícola e urbano na pespectiva da economia circular.

Wilton Silva Lopes, Universidade Estadual da Paraíba

Graduado em Química Industrial pela Universidade Estadual da Paraíba (1998), Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (2000) e Doutor em Química (2005) ambos pela Universidade Federal da Paraíba. Realizou Pós-Doutorado na Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (2009) e na Delft University of Technology (2015) na Holanda, ambos financiado com recursos da CAPES. Atualmente é Professor Associado C (Dedicação Exclusiva) do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Estadual da Paraíba. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental do DESA/CCT/UEPB. Têm interesse de pesquisa em tratamento químico de efluentes, tratamento biológico de resíduos e identificação de micropoluentes orgânicos presentes no ambiente e em efluentes de sistemas de tratamento. 

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Publicado

2021-03-28

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