Composição florística e estrutura da comunidade arbórea em uma unidade de conservação de uso sustentável

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.004.0004

Palavras-chave:

Amazônia, Fitossociologia, Floresta tropical, Resex Cajari

Resumo

Este estudo objetivou avaliar a composição florística e a estrutura horizontal de espécies arbóreas de uma vegetação que sofrerá supressão total para dar lugar a passagem de uma linha de transmissão do Programa Luz para Todos, que beneficiará aproximadamente 1.200 famílias instaladas na Reserva Extrativista do Rio Cajari. Para isso, foram amostrados 14,8 hectares de áreas vegetacionais alocando sistematicamente 74 parcelas de 20 m x 100 m, sendo mensuradas todas as árvores com DAP ≥ 9 cm, exceto palmeiras e cipós. Foram encontrados 2.798 indivíduos, pertencentes a 39 famílias botânicas e distribuídos em 150 espécies. As famílias com maior número de espécies foram Fabaceae com 36, Malvaceae com 10 e Annonaceae com 8. As espécies com os maiores índices de importância foram Swartzia polyphylla, Hevea brasiliensis e Virola surinamensis. O volume total estimado de madeira foi de ~4.500 m3. As espécies raras devem ter sua reposição em áreas próximas imediatamente após as supressões destas. A vegetação estudada possui alta diversidade e alta riqueza florística, atributos típicos de uma floresta amazônica protegida em bom estado de conservação. Os resultados reforçam a importância dos estudos fitossociológicos para subsidiar ações de manejo florestal sustentável e prevenir a extinção de espécies raras e de baixa abundância.

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Biografia do Autor

João da Luz Freitas, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1986), mestrado em Ciências Florestais pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1996) e doutorado em Ciências Agrárias pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2008). Atualmente é pesquisador do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá e pesquisador do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Sistemas Agroflorestais, atuando principalmente nos seguintes temas: agricultura familiar, amazônia, manejo florestal, desenvolvimento sustentável e etnobotânica.

Francisco de Oliveira Cruz Junior, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá

Doutorando em Biodiversidade e Biotecnologia (REDE BIONORTE) e Mestre em Biodiversidade Tropical, pela Universidade Federal do Amapá, com graduação em Engenharia Florestal pela Universidade do Estado do Amapá - UEAP em 2011. Foi bolsista de iniciação científica CNPQ/PIBIC/IEPA-AP, entre 2010 - 2011. Atualmente é Analista de Meio Ambiente/Pesquisador no Instituto de Pesquisa Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA), atuando principalmente nos seguintes temas: Sistemas Agroflorestais, Manejo Florestal, Silvicultura, Uso e Conservação da Biodiversidade.

Adriano Castelo dos Santos, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá

Doutor em Ciências Florestais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2022), Mestre em Biodiversidade Tropical pela Universidade Federal do Amapá (2016). Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade do Estado do Amapá (2011). Pesquisador no Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA). Coordenador do Laboratório de Manejo florestal e Agricultura familiar (LAMAF)

Publicado

2022-07-02

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