Fragilidade e integridade de padrões de uso e cobertura da terra na bacia hidrográfica do Rio Murucupi, Barcarena, Pará

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.001.0029

Palavras-chave:

Matriz de transição, Geotecnologias, Cobertura vegetal, Atividade mineral, Acidentes ambientais

Resumo

A ocupação e consolidação do território amazônico expressam diferentes particularidades relacionadas à dinâmica das conversões de classes de uso e cobertura da terra. E com objetivo de compreender os processos que influenciaram na fragilidade e integridade desses padrões, que compõe o atual cenário da bacia hidrográfica do rio Murucupi, utilizaram-se geotecnologias para o reconhecimento das feições da superfície terrestre e matriz de transição para quantificar as mudanças de uso e cobertura, assim como definir e analisar os tipos de preferencias de conversões e persistências das classes durantes 30 anos. Os resultados apontaram mudanças significativas na classe de vegetação florestal, indicando fragilidade devido à supressão de mais de 1.200ha, e potenciais ganhos de área das classes de vegetação secundária e área antropizada sob essa classe. A expansão e a integridade dessas duas classes são evidenciadas pelo aumento dos núcleos urbanos, do complexo industrial, de áreas de plantio e de regeneração natural. A transição do uso e cobertura na bacia está fortemente relacionada com a atividade mineral exercida pelas empresas instaladas na região, aproximadamente 36% (407,49ha) da classe antropizada (1.120,49ha), corresponde ao complexo industrial e ao DRS1. Como consequência dessas instalações, o crescimento demográfico levou a expansão dos núcleos urbanos na área central, sobrando apenas alguns fragmentos de vegetação florestal na porção nordeste e nas proximidades da foz da bacia. Essas alterações na cobertura vegetal e a ineficiência de planejamento e fiscalização propiciaram o surgimento de graves acidentes ambientais, que impactam até hoje a subsistência e o modo de vida da população local.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Layse Gomes Furtado, Universidade do Estado do Pará

Mestre em Ciências Ambientais (2022) pela Universidade do Estado do Pará. Graduada em Tecnologia em Geoprocessamento (2019) e Especialista em Geoprocessamento aplicado à Agroecologia e ao Uso de Recursos Naturais (2019), ambos pela Universidade Federal do Pará (UFPA), e Especialista em Geoprocessamento e Georreferenciamento (2021) em Imóveis Rurais pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Técnica em Agrimensura (2015) pelo Instituto Federal do Pará (IFPA). Atualmente é Pesquisadora DTI-B no Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM). Foi estagiária no Laboratório de Agrometeorologia da Embrapa Amazônia Oriental e estagiária na Gerência de Estatística e Informação (GEIN) da Secretária de Estado de Turismo do Pará (SETUR). Atuou como Técnica em Cartografia no Laboratório de Engenharia Florestal na Amazônia Florestal LTDA. Tem experiência em Levantamento de Oferta Turística por meio dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), em Modelagem de Dados Climáticos, em Manejo Florestal e Licenciamento Ambiental e, em Modelagem Hidrológica em Bacias Hidrográficas Urbana. Voluntária no Projeto de Pesquisa "Dinâmica das Paisagens de Bacia Hidrográfica do Rio Guamá: Subsídios ao Planejamento Ambiental Integrado" que tem como objetivo compreender as relações, na escala espaçotemporal, entre os diferentes agentes produtores e transformadores das paisagens locais.

Gundisalvo Piratoba Morales, Universidade do Estado do Pará

Possui graduação em Licenciatura em Química - Ciências da Educação ? pela Universidad Pedagogica Y Tecnologiaca de Colombia (1981), Mestrado e Doutorado em Ciências Geoquímicas e Petrologias com ênfases em Geoquímica Ambiental pela Universidade Federal do Pará (1995 a 2002), com as seguintes especializações: Informática Educativa pela Universidad Antonio Nariño de Colombia (1992), Especialista em Hidrogeologia Aplicada pela Universidade Federal do Pará (1995-1996), Especialista em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Pará (1998), Especialista em Hidrometeorologia Tropical Pela Universidade Federal do Pará (1998-1999), Especialista em Sensoriamento Remoto Pela Universidade Federal do Pará (2000-2001), Especialista em Remediação de Áreas Contaminadas do Centro Universitário do Senac Santo Amaro de São Paulo (2017-2018). Em fevereiro de 2021 iniciou estágio na modalidade Pós-Doutorado na Universidade Federal de rio de Janeiro UFRJ no programa de Engenharia Oceânica (Modelagem Ambiental). Atualmente Professor Adjunto da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA). Atua como professor do Curso de Mestrado e Doutorado em Ciências Ambientais do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia da Universidade do Estado do Para (CCNT/UEPA). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geoquímica Ambiental, atuando principalmente nas seguintes linhas: Avaliação de Impactos Ambientais, Passivos Ambientais Causados por Derivados de Hidrocarbonetos, Resíduos sólidos, resíduos Industriais, remediação de áreas contaminadas e Efluentes, Qualidade de Água, Avaliação da Qualidade, Elaboração de Estudos Hidrológicos e Hidrogeológicos e Geoprocessamento.

José Alberto Silva de Sá, Universidade do Estado do Pará

José Alberto Silva de Sá nasceu em Belém-Pará-Brasil, em 1968. Graduou-se em engenharia civil pela UNESPA, atual Universidade da Amazônia (UNAMA), em 1992. Seu mestrado em engenharia civil foi obtido na Universidade Federal do Pará (UFPA), em 2004. José Alberto Sá obteve o doutorado em engenharia elétrica na UFPA, em 2011, e realizou estudos de pós-doutorado em Geoinformática no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 2018. Desde 2008, atua como professor na Universidade do Estado do Pará (UEPA), trabalhando no Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT). É professor colaborador no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA-UEPA) e professor permanente no Programa de Mestrado Profissional em Ciências Forenses da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (PPGCF-UNIFESSPA). Trabalha nas áreas de pesquisa: Inteligência Artificial (Artificial Intelligence); Mineração de Dados (Data Mining); Geoinformática (Geoinformatics); Marketing Digital e Neuromarketing (Digital Marketing and Neuromarketing); Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Energy, Environment and Sustainability); Defesa Civil e Descargas Atmosféricas (Civil Defense and Atmospheric Discharges) e Ciências Forenses (Forensic Sciences).

Lúcio Correia Miranda, Universidade Federal do Pará

Professor da Universidade Federal do Pará - Faculdade de Tecnologia em Geoprocessamento, Campus Ananindeua. Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Ceará (2016). Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (2013), pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Especialista em Educação e Permacultura (2014) pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), Licenciado em Geografia (2009) pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Coordenador do Projeto de Pesquisa "Dinâmica das Paisagens de Bacia Hidrográfica do Rio Guamá: Subsídios ao Planejamento Ambiental Integrado". Líder do Grupo de Pesquisa "Geotecnologia Aplicada ao Estudo Integrado de Paisagem (GEOTEIP)". Experiência na área de Análise Integrada da Paisagem, atuando, principalmente, nos seguintes temas: Cartografia, Geoprocessamento, Posicionamento pelo GNSS, Sensoriamento Remoto, Sistema de Informação Geográfica e Banco de dados geográfico em ambiente SIG.

Edmir dos Santos Jesus, Universidade do Estado do Pará

Doutorado e Pós-Doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Climáticas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPGCC/UFRN). Mestrado em Climatologia, pelo Programa de Pós-graduação em Meteorologia da Universidade Federal de Pelotas (PPGMET/UFPEL). Graduação em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atuou como servidor no Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (NHMET/IEPA). Atuou como professor substituto na Universidade do Estado do Amapá (UEAP), no Instituto Macapaense de Ensino Superior (IMMES) e na Universidade do Estado do Pará (desde 2014), atuando nos cursos de Engenharia Ambiental e Florestal. Pesquisador vinculado a grupos de pesquisa como Estudo da Vegetação dos Ambientes Amazônicos e grupo Interdisciplinar de Pesquisa Inovação da Ciência Ambiental e Florestal na região de integração do rio capim. Tendo experiência, nos seguintes temas: meteorologia, climatologia, hidrometeorologia, agrometeorologia, impactos ambientais e meio ambiente. Pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do Pará (PPGCA/UEPA). Atualmente, Bolsista de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV).

Matheus Gabriel Lopes Botelho, Universidade do Estado do Pará

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA (2020). Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado do Pará - UEPA (2022). Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), na linha de pesquisa de Ecossistemas Amazônicos e Dinâmicas Socioambientais, com foco na coleta extrativa e manejada do fruto de bacuri (Platonia insignis Mart.) na Amazônia. Apresenta como Trabalho de Dissertação: O Agroextrativismo como Estratégia de Sobrevivência dos Produtores e Coletores de Bacuri da Mesorregião Marajó, Amazônia Oriental. 

Publicado

2022-07-02

Edição

Seção

Tecnologia, Modelagem e Geoprocessamento

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)