Embalagem sustentável de alimentos: uma revisão sistemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.010.0033

Palavras-chave:

Perdas de alimentos, Desperdícios de alimentos, Desenvolvimento sustentável

Resumo

As embalagens desempenham um papel muito importante na conservação e comercialização dos alimentos, entretanto, suas contribuições foram deixadas de lado em muitas discussões de sustentabilidade. Por muito tempo, foram tidas como um impacto ambiental indesejável e considerava-se que sua redução ou eliminação eram as melhores soluções. Entretanto, pesquisas mais recentes as identificam como ferramentas importantes para o cumprimento dos objetivos de sustentabilidade da Agenda 2030, principalmente do objetivo 12, “assegurar padrões de consumo e produção sustentáveis”. Nesse contexto, o aumento da eficiência dos sistemas de embalagens de alimentos é imprescindível. Entretanto, as peculiaridades desses sistemas são várias e interagem de diferentes formas com os múltiplos atores e cenários do sistema alimentar global, o que dificulta a adoção de medidas concretas em direção ao cumprimento da agenda. Por isso, para melhor compreensão do conceito de embalagem sustentável de alimentos e do seu atual estado da arte, foi realizada uma revisão sistemática desse tópico. Com isso, foram analisados 40 trabalhos de 18 periódicos, produtos da colaboração de pesquisadores de 61 instituições de 19 países, que têm investigado o papel das embalagens nas cadeias de produção e distribuição de alimentos com diferentes metodologias. Os métodos mais adotados nessas publicações foram Revisão, Avaliação do Ciclo de Vida e Entrevistas, inclusive combinados em um mesmo trabalho, dada a complexidade do tema. Trata-se de um problema multidisciplinar que vem sendo abordado no meio científico há um certo tempo, mas que ainda contém lacunas importantes que demandam mais estudos. Os dados disponíveis ainda são limitados principalmente no sentido de quantificar e qualificar as perdas e desperdícios de alimentos associadas a embalagens inadequadas. Além disso, é preciso investigar as peculiaridades dos múltiplos sistemas embalagem-alimento, bem como a promoção do conhecimento relativo às embalagens entre consumidores no sentido de quebrar paradigmas já ultrapassados que focam no seu impacto individual. Dessa forma, foi possível reunir um corpo de conhecimento atualizado e, para além disso, um conjunto de recomendações que podem guiar pesquisas futuras.

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Biografia do Autor

Mariana Alves da Costa, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Engenheira de Alimentos pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2019), MBA em Gestão de Projetos pela UNOPAR (2019) e Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2022). Possui experiência em indústria alimentícia, onde atuou nos departamentos de qualidade e produção. Pesquisou durante o mestrado a sustentabilidade das embalagens e a ocorrência de perdas e desperdícios de alimentos. 

Desirée Bridgitt de França Bernardo, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Graduanda em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE). Técnica em Alimentos semipresencial pelo Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas da Universidade Federal Rural de Pernambuco (CODAI-UFRPE) (2021). Técnica em Meio Ambiente pelo Instituto Federal Rural de Pernambuco - Campus Garanhuns (IFPE - 2018). Em 2019 participei do Programa de Atividades de Vivência Interdisciplinar (PAVI) na disciplina de Bioquímica de Alimentos e do Projeto de Extensão "A química de alimentos vai invadir sua escola". Atuei como aprendiz no setor de Garantia da Qualidade da DPA Nordeste em Garanhuns-PE (2018-2019) e atualmente atuo como bolsista do Programa de Tutoria ao Discente como tutora da área de cálculo.

Anny Emanuelly de Souza Vidal, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Brasileira e Natural de Pernambuco. Conclui o ensino médio na Escola de Referência em Ensino Médio Dr. Sebastião de Vasconcelos Galvão em Limoeiro/PE. Cursando Bacharelado em Engenharia de Alimentos na Universidade Federal Agreste de Pernambuco (UFAPE) desde 2019.1. 

Sérgio Francisco Tavares de Oliveira Mendonça, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Professor Adjunto na Universidade Federal do Agreste de Pernambuco. Licenciado em Computação pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, obteve o Mestrado em Ciência da Computação, e o Doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco. Área de pesquisa: Internet das Coisas, Blockchain e Criptomoedas, Criptografia e Segurança de Redes, Web Semântica, Simulações Computacionais e Programação.

Glêce Milene Santana Gomes, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Docente da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco-UFAPE, doutora em Engenharia Química pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE (2019), mestra em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB (2012), graduada em Engenharia de Alimentos pela última instituição citada (2009) e técnica em alimentos pela Escola Média de Agropecuária da Ceplac-EMARC-UR (2004). Tem experiência na área de Engenharia de Alimentos, com ênfase em filmes biodegradáveis e bioativos, processos fermentativos alcoólicos, propriedades tecnológicas, propriedades termofísicas e processos de separação. Atuando principalmente nos seguintes temas: embalagens, processamento tecnológico de bebidas , propriedades tecnológicas das proteínas vegetais e amido, propriedades termofísicas de polpas de frutas regionais e separação de biocompostos por micelas reversas. 

Romero Luiz Mendonça Sales Filho, Universidade Federal do Agreste de Pernambuco

Possui Graduação em Estatística pela Universidade Federal de Pernambuco (2005), Mestrado (2008) e Doutorado (2016) em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Pernambuco. Sempre atuando na área de Estatística, Iniciou sua carreira docente como professor substituto da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) no período de Maio de 2009 a Agosto de 2010. Em setembro de 2010, após ter sido aprovado em concurso público, passou a atuar como docente da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), onde era lotado na Unidade Acadêmica de Garanhuns. A partir de 2020, com a emancipação da Unidade Acadêmica de Garanhuns, passou a ser professor da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE). Hoje é responsável pelas disciplinas da área de estatística dos cursos de Engenharia de Alimentos e Ciências da Computação da UFAPE. Além disso é professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPCIAM) da UFRPE. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística, com ênfase em Probabilidade e Estatística Aplicada. Além disso participou de projetos da PETROBRAS / UFPE (CEERMA) com o objetivo de avaliar de forma quantitativa os riscos presentes na Implantação da Refinarias do Nordeste (RNEST, PE) e do Maranhão (REPRE-I). 

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Publicado

2021-10-20

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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