Atividade microbiana e carbono orgânico do solo em agroecossistemas sob diferentes manejos no semiárido paraibano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.008.0035

Palavras-chave:

Carbono da biomassa microbiana, Glomalina, Glomerosporos, Respiração basal do solo, Quociente metabólico

Resumo

Agroecossistemas familiares (AF) no semiárido brasileiro apresentam elevada vulnerabilidade às mudanças climáticas e aos déficits hídricos regionais, o que torna necessário a adoção de estratégias adaptativas pelos agricultores, incluindo práticas de manejos sustentáveis. O objetivo desse estudo foi avaliar os impactos das práticas de manejo adotadas em agroecossistemas através de indicadores microbiológicos da qualidade do solo. Foram avaliados os sistemas de Caatinga sob pastejo (CP), monocultivo de palma forrageira (SM) e silviagrícola (SA) em AF nos municípios de Queimadas e Boqueirão, semiárido paraibano. Em amostras de solo, coletadas na camada superficial (0-20 cm), foram quantificados o carbono da biomassa microbiana (CBM), respiração basal do solo (RBS), quociente metabólico (qCO2), esporos de fungos micorrízicos arbusculares (FMA), proteína do solo relacionada a glomalina (PSRG) nas frações facilmente extraível (PSRG-FE) e total (PSRG-T), e o carbono orgânico total (COT). O SA em Boqueirão (10 anos) aumentou a biomassa microbiana do solo, a qual também se mostrou mais eficiente através da menor taxa de qCO2, enquanto a maior quantidade de esporos de FMA foi encontrada no SA (5 anos) de Queimadas. Os sistemas com cultivo de palma forrageira (SM e SA) foram responsáveis pelas maiores concentrações de glomalina, resultando em condições mais favoráveis à adsorção de nutrientes e agregação dos solos. Os maiores teores de COT encontrados no SA de ambos os agroecossistemas, indicam maior estabilização e sequestro de carbono nesses sistemas. Os atributos microbiológicos avaliados foram eficientes indicadores de alterações no solo em função das práticas de manejos.

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Biografia do Autor

Érica Olandini Lambais, Instituto Nacional do Semiárido

Possui graduação em Ciências - Habilitação em Biologia pela Universidade Metodista de Piracicaba (2006), e Especialização em Bioecologia e Conservação pela Universidade Metodista de Piracicaba (2010). Trabalhou por 7 anos como Técnica de Laboratório de Microbiologia e Parasitologia na Universidade Metodista de Piracicaba. Entre 2010 e 2014 lecionou Ciências para alunos do Ensino Fundamental em uma escola particular da rede de ensino Objetivo. Atualmente é pesquisadora PCI do Instituto Nacional do Semiárido, trabalhando com Levantamento de indicadores biológicos em solos do Semiárido Brasileiro. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: esporos, fungos micorrízicos arbusculares, microbiologia ambiental, microbiologia e respiração microbiana.

Mateus Manassés Bezerra Nascimento, Universidade Estadual da Paraíba

Possui ensino-medio-segundo-graupela Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Francisco Ernesto do Rêgo(2013). 

Rodrigo Santana Macedo, Instituto Nacional do Semiárido

Pós-Doutorado e Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - USP. Possui Mestrado em Agronomia Tropical (2009) e graduação em Ciências Naturais (2005) pela Universidade Federal do Amazonas. Atualmente tem desenvolvido pesquisas relacionando o efeito da desertificação nos atributos físicos, químicos e mineralógicos de solos da região semiárida brasileira. Tem experiência na área de Ciência do Solo, com ênfase em Gênese, Morfologia e Classificação, atuando principalmente nos seguintes temas: caracterização mineralógica, geoquímica e micromorfológica de solos, indicadores de qualidade de solos de agroecossistemas familiares e efeitos da aplicação da água de reuso nos atributos dos solos 

Renato Francisco da Silva Souza, Universidade Federal da Paraíba

Graduado em Agronomia pelo CCA/UFPB (2013), Mestre em Agronomia (Agricultura Tropical) pelo PPGA/UFPB (2016) e Doutor em Ciência do Solo pela UFPB (2021). Tem experiência na área de Agronomia - Agricultura Familiar e em Ciência do Solo - Ciclagem biogeoquímica em agroecossistemas com ênfase na dinâmica de C, N, Matéria Orgânica do Solo e Fertilidade do Solo.

Simão Lindoso de Souza, Universidade Estadual da Paraíba

Graduado em Licenciatura em Ciências Agrícolas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2000), mestre em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade de São Paulo (2002) e doutor em Agronomia (Microbiologia Agrícola) pela Universidade de São Paulo (2006). De dezembro de 2006 a agosto de 2012 foi professor do quadro efetivo da Universidade Federal do Pará lotado na Faculdade de Agronomia do campus de Altamira e coordenou o Laboratório Agroecológico da Transamazônica (LAET). Atualmente é professor associado do quadro efetivo da Universidade Estadual da Paraíba, lotado no Departamento de Biologia no campus de Campina Grande. Participa e colabora com o Núcleo de Extensão Rural Agroecológica (NERA) e o Centro Vocacional Tecnológico Agrobiodiversidade do Semiárido. Atua em Microbiologia e Bioquímica do Solo, Micorrizas, Fixação Biológica de Nitrogênio. Desenvolve trabalhos com indicadores e manejo da fertilidade/saúde de solos em sistemas agroecológicos no Semiárido. 

Cristiano dos Santos Sousa, Instituto Nacional do Semiárido

Possui graduação em ENGENHARIA AGRONÔMICA - CCA CAMPUS II (2013) e mestrado em CIÊNCIA DO SOLO pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo - PPGCS/CCA CAMPUS II (2015), com experiência em físico-química e uso do solo. Atuou de 2016 à 2021 no Instituto Nacional do Semiárido como pesquisadora PCI- CNPq, no projeto intitulado "Pedohidrologia, mineralogia, microbiologia e dinâmica da matéria orgânica e de metais pesados em solos de referência e solo sob processos de desertificação no Semiárido Brasileiro". Atua principalmente nos seguintes temas: atributos físico-químicos do solo, qualidade da água para irrigação, Matéria Orgânica do Solo, Determinação de Carbono Total e Nitrogênio Total por analisador elementar CHN, Determinação de elementos químicos por Espectrometria de absorção atômica, por espectrofotômetro de UV-Vis, fotometria de chama e demais técnicas analíticas. 

George Rodrigues Lambais, Instituto Nacional do Semiárido

Possui Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Metodista de Piracicaba (2009), Mestrado em Ciências (Fisiologia e Bioquímica de Plantas) pela ESALQ/USP (2011) e Doutorado em Ciências (Química na Agricultura e no Ambiente) pelo CENA/USP (2015). Entre 2014 e 2015 foi bolsista de intercâmbio (doutorado sanduíche) no Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (CIRAD), Montpellier, França. Foi pesquisador do Programa de Capacitação Institucional do CNPq, entre 2016 e 2021, conduzindo pesquisas na área de Reúso de Águas na Agricultura do Semiárido Brasileiro e Coordenador do Laboratório de Microbiologia Ambiental, no Núcleo de Recursos Hídricos do Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCTI). Atualmente é pesquisador de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial do CNPq no INSA/MCTI, atuando com projeto relacionado a implementação de mecanismos de homologação de créditos de carbono em propriedades rurais no semiárido brasileiro. Tem experiência nas áreas de Ecofisiologia Vegetal e Microbiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: dinâmica e arquitetura radicular, ciclagem de nutrientes, ecologia microbiana do solo, micorrizas, atividade microbiana do solo, monitoramento ambiental e segurança alimentar. 

Alexandre Pereira de Bakker, Instituto Nacional do Semiárido

ALEXANDRE PEREIRA DE BAKKER É PESQUISADOR TITULAR III DA CARREIRA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, É GRADUADO EM ENGENHARIA FLORESTAL PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, TENDO TAMBÉM CURSADO AGRONOMIA. EM 1986 TRABALHO NA THEMAG ENGENHARIA LTDA COMO ENGENHEIRO JUNIOR. NO ANO DE 1988 ENTROU PARA O INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA, INPA, LOTADO NO NÚCLEO DE PESQUISAS DO CARE, NPA. DURANTE ESTE TEMPO REALIZOU VARIOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO, SENDO UM DELES EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS NA UNIVERSIDADE DA FLORIDA. DE 1991 ATÉ 1994 REALIZOU CURSO DE MESTRADO EM SOLOS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, UFC. EM 1999 FOI PARA O JAPÃO PARA REALIZAR CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SOLOS FLORESTAIS DURANTE 5 MESES, COMO BOLSITA DA AGENCIA DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL DO JAPÃO, JICA. EM NOVEMBRO DE 200O REGRESSA AO JAPÃO, NOVAMENTE COMO BOLSITA DA JICA, DESTA VEZ PARA REALIZAÇÃO DE CURSO DE DOUTORADO EM SOLOS, CONCLUIDO QUE FOI EM JANEIRO DE 1994 COM A DEVIDA PUBLICAÇÃO DE 3 TRABALHOS EM REVISTAS INTERNACIONAIS; REQUISITO DO PROGRAMA DE DOUTORAMENTO DA UNIVERSIDADE DE KAGOSHIMA. EM 2006 É REMOVIDO PARA O RÉCEM CRIADO INSTITUTO NACIONAL DO SEMIÁRIDO, INSA, ONDE CRIOU O PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO INSTITUCIONAL, PCI, DAQUELA UNIDADE, INTITULADO: "PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS VOLTADAS PARA A GESTÃO AMBIENTAL NO SEMI-ÁRIDO",COM 12 BOLSISTAS. PARTICIPOU AINDA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO INSA, O QUAL RESULTOU EM SEU PRIMEIRO PLANO DIRETOR. EM 2006 ATENDENDO A CONVITE, FOI REDISTRIBUÍDO PARA O CENTRO REGIONAL DE CIÊNCIAS NUCLEARES DO CENTRO OESTE CRCN-CO, DA COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR (CNEN). ATUA HOJE NA ÁREA DE SOLOS DESENVOLVENDO TRABALHOS EM MINERALOGIA E MICROMORFOLOGIA DE ARGILOMINERAIS E ÓXIDOS, EM CONVÊNIO COM FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS DE GOIÁS. PARTICIPA DE BANCAS DE MESTRADO E DOUTORADO NA ESCOLA DE AGRONOMIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, UFG, E É PALESTRANTE OFICIAL DO CENTRO REGIONAL DE CIENCIAS NUCLEARES DO CENTRO OESTE ONDE TRABALHA. EM JANEIRO DE 2012 REGRESSA AO INSTITUTO NACIONAL DO SEMIÁRIDO, INSA, ONDE CRIA O LABORATÓRIO DE DIFRATOMETRIA DE RAIOS-X COMO PARTE DO NÚCLEO DE BIOGEOQUÍMICA DO INSTITUTO.

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Publicado

2021-08-22

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente