Características químicas do solo sob sistema agroflorestal e floresta primária no município de Pacajá, Pará, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.006.0004

Palavras-chave:

Agroecossistemas, Qualidade do solo, Amazônia

Resumo

O artigo avalia e compara os atributos químicos do solo sob sistema agroflorestal (SAF) e floresta primária (FP) em diferentes profundidades e declividades no período chuvoso. O estudo foi realizado na Fazenda São Francisco, município de Pacajá, estado do Pará. Utilizou-se delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC), com arranjo fatorial (2x2x2), sendo os tratamentos: sistema agroflorestal (5 anos) e floresta primária; profundidades (0-20 e 20-40 cm); declividades média-alta e média-baixa (MA e MB). A área experimental consistiu de 320 m2 para cada tratamento, compostos por quatro repetições, cada uma de 80 m2. Amostras de solos foram coletadas com auxílio de trado holandês nas profundidades de 0-20 e 20-40 cm, nas duas declividades no mês de janeiro, período das chuvas na região. Foram avaliados e comparados os atributos químicos: pH em água, carbono orgânico, P, K, Ca, Mg, Al, acidez potencial (H+Al), soma de base (SB), capacidade de troca catiônica (CTC), porcentagem de saturação por bases (V%). Constatou-se que as elevações da fertilidade do solo no SAF, em relação ao sistema de floresta primária, foram significativas. Os valores encontrados de pH no SAF foram satisfatórios. Os teores de carbono orgânico foram considerados altos no SAF e variaram de médio a alto na floresta primária (FP). Os teores de Al trocável no SAF foram baixos. O SAF apresentou melhorias na fertilidade do solo em relação à FP, mostrando maiores valores para o P na profundidade 0- 20 nas declividades MA e MB; Ca e Mg em ambas profundidades. Os teores de K no SAF se mostraram tão eficientes quanto na FP. A CTC dos solos em análise variou de média a alta, indicando que possuem uma boa capacidade para reter nutrientes. A saturação por bases (V%) comprovou que os solos no SAF são caracterizados, predominantemente, como eutróficos.

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Biografia do Autor

Andréia de Freitas Soares, Universidade Federal do Pará

Possui Graduação em Licencitura Plena em Matemática pela Universidade do Estado do Pará (2005); Cursando Engenharia Florestal na Universidade Federal do Pará (2009); Dedicação, Disciplina são seus traços marcantes. 

Sandra Andréa Santos da Silva, Universidade Federal do Pará

Experiência acadêmica e profissional: Graduação em Engenharia Agronômica (2003), Mestrado em Agronomia, com Área de Concentração em Solos e Nutrição de Plantas (2006) e Doutorado em Ciências Agrárias, com Área de Concentração em Agroecossistemas Amazônicos (2011), títulos obtidos pela pela Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA. Atualmente é Docente da Universidade Federal do Pará - UFPA (Desde 2009) desenvolve suas atividades de ensino na Faculdade de Engenharia Agronômica e Engenharia Florestal, do Campus Universitário de Altamira (UFPA/CALT). Exerceu a função de Diretora da Faculdade de Engenharia Florestal (2011-2013), do Campus de Altamira-PA, foi Diretora da Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental (2013-2015), do Campus de Tucuruí-PA e Diretora da Faculdade de Engenharia Agronômica (2016-2018) do Campus Universitário de Altamira, exerceu a função de Coordenadora Local para a Implantação da Incubadora de Empresas do Xingu (2019-2020). Desde de 2006, coordena o Laboratório de Solos e atua em pesquisas nas áreas de Fertilidade do Solo, Nutrição de Plantas, Recuperação de Áreas Degradadas e Sistemas Agroflorestais na região. 

José Farias Costa, Universidade Federal do Pará

Engenheiro Agrônomo na Universidade Federal do Pará-UFPA. Bacharel em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Foi bolsista de Iniciação Científica na área de Agrometeorologia (EMBRAPA Amazônia Oriental) e Economia Regional e do Agronegócio (UFRA).

Vivian Dielly da Silva Farias, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2011), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2013) e doutorado em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2017). Atualmente é professora da Universidade Federal do Pará. Ministra disciplinas na área de engenharia agrícola, dentre elas: Agrometeorologia, Hidrologia e manejo de bacias hidrográficas, Hidráulica, Irrigação e drenagem. Membro do Grupo de Pesquisa Interação Solo-Planta-Atmosfera na Amazônia (ISPAAm).

Amanda da Silva Nogueira, Universidade Federal Rural da Amazônia

Técnica em Meio Ambiente, formada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA, 2014); Engenheira Agrônoma, formada pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA, 2019); Mestranda em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), na linha de pesquisa de Socioeconomia, Recursos Naturais e Desenvolvimento do Agronegócio.

Marcos Antônio Souza dos Santos, Universidade Federal Rural da Amazônia

Engenheiro Agrônomo, graduado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA, 1997), com especialização em Administração Rural pela Universidade Federal de Lavras (UFLA, 1999), mestrado em Economia pela Universidade da Amazônia (UNAMA, 2002) e doutorado em Ciência Animal - Gestão de Sistemas Pecuários - pela Universidade Federal do Pará (UFPA, 2017). É professor Adjunto II da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), lotado no Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos (ISARH), atuando no ensino de graduação nos cursos de Agronomia, Engenharia Ambiental, Engenharia Cartográfica e de Agrimensura, Engenharia Florestal, Engenharia de Pesca, Medicina Veterinária e Zootecnia. É professor permanente dos Programas de Pós-Graduação em Agronomia (PGAGRO-UFRA) e em Reprodução Animal na Amazônia (REPROAMAZON-UFPA/UFRA). Foi Técnico Científico do Banco da Amazônia (entre os anos de 1997 e 2009), desenvolvendo atividades nas áreas de estudos econômicos, planejamento e desenvolvimento regional. Na gestão pública coordenou a área de Estudos Econômicos e Regionais do Banco da Amazônia (entre 2006 e 2009) e foi Pró-reitor Adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UFRA (entre 2013 e 2017). Atua nas áreas de Economias Agrária e dos Recursos Naturais; Métodos Quantitativos em Economia; Economia e Gestão do Agronegócio; Políticas Públicas, Planejamento e Desenvolvimento Regional. 

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Publicado

2021-05-28

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