Fitossociologia do subosque de florestas nativas e PRAD sob influência da mineração, Paragominas, Pará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2022.002.0001Palavras-chave:
Amazônia, Bauxita, Programa de restauraçãoResumo
Os Programas de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), estabelecidos por grandes empresas que alteram e degradam a paisagem para sua implantação e operação, têm o objetivo de restaurar a vegetação os processos e os serviços ecológicos. A mineração está cada vez mais presente no bioma amazônico, que pode sofrer perdas irreversíveis da biodiversidade, caso não haja um manejo adequado. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a composição florística e estrutural do subosque em áreas de Floresta Nativa (FN) e em áreas de PRAD na mineração HYDRO, município de Paragominas, Pará, relacionando os parâmetros fitossociológicos com os atributos morfológicos e ecológicos em áreas com 6 anos de regeneração. Foram utilizadas 18 parcelas de 40 x 250 m (9 no PRAD e 9 na FN) e todos os indivíduos com CAP≥30 cm foram amostrados. Para comparação entre a riqueza e abundância das duas áreas foi realizada a análise de Bray Curtis. Foram amostrados 74 gêneros, 110 espécies e um total 43 famílias, das quais nove estavam presente conjuntamente nas áreas de FN e PRAD, e quatro (Asteraceae, Hypericaceae, Malpighiaceae e Solanaceae) foram encontradas apenas nos PRADs. Apenas a espécie Jacaranda copaia foi amostrada nos dois ambientes. A análise de Bray-Curtis e o agrupamento por média de grupos evidenciaram a separação florística (riqueza) e estrutural (abundância) dos dois ambientes analisados (FN e PRAD), com uma dissimilaridade em torno de 95%. As áreas amostradas dentro da propriedade da Hydro possuem elevada riqueza de espécies, principalmente as áreas florestais, onde não há interferência direta do processo de extração de bauxita. As áreas de PRAD apresentaram espécies normalmente encontradas em áreas com maior incidência de radiação solar e mais alteradas, pois são áreas que possuem apenas seis anos do início do processo de restauração. Não encontramos similaridade florística entre os dois ambientes estudados, um resultado já esperado, dado o estágio de regeneração. Esperamos que com o tempo estas diferenças diminuam, o que nos levará a crer que a sucessão florestal está ocorrendo de forma a garantir que a fisionomia e dinâmica da vegetação seja restaurada, assim como seus serviços ecossistêmicos.
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