Perfil dos agricultores de uma cooperativa de Apodi/RN, receptividade ao cultivo de cártamo e percepção sobre agrotóxicos e alternativas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2019.003.0004

Palabras clave:

Agricultura familiar, Carthamus tinctorius, semiárido

Resumen

As mudanças climáticas impulsionam a busca por fontes sustentáveis ao desenvolvimento humano. Dentre elas está a substituição de combustíveis fósseis pelos oriundos de biomassa, como o biodiesel. O cártamo é uma planta com potencial de se tornar matéria-prima para produção desse combustível no semiárido nordestino, sendo interessante para a agricultura familiar, como impulso ao desenvolvimento socioeconômico local e regional. Objetivou-se verificar aceitabilidade de agricultores familiares de uma cooperativa de Apodi/RN quanto a essa possibilidade, apresentando cartilha com informações sobre o cultivo do cártamo em campo, bem como os tratos com a cultura. Diante da atual busca de cultivos mais sustentáveis, também se verificou a percepção dos agricultores sobre uso de defensivos agrícolas alternativos em substituição aos agrotóxicos. Para tanto, conduziram-se entrevistas semiestruturadas. Dentre os participantes desta pesquisa, percebeu-se a predominância de homens — 78%, com 22% de mulheres — sendo ambos distribuídos majoritariamente na faixa etária dos 22 aos 59 anos (93%). Dos entrevistados 80% são casados e a maioria reside na própria zona rural de Apodi (96%). Quanto à escolaridade, a maior parte possui o Ensino Fundamental incompleto. Os participantes foram receptivos à cartilha e à possibilidade de cultivo, estando atualmente num cenário pouco diverso em culturas, frágil ante estiagens e pragas, apesar de considerarem que as espécies atuais oferecem boa lucratividade. Houve amplo reconhecimento da importância dos defensivos alternativos, principalmente justificados pela segurança à saúde.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Raimunda Adlany Dias da Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Ciências biologicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2016). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em anatomia vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: oleaginosa, biodiesel, carthamus tinctorius, consórcio de oleaginosa com feijão caupi. 

Flávia Cunha de Morais, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Atua na área de biotecnologia industrial com ênfase na produção de biocombustíveis.

Émile Rocha de Lima, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo PRODEMA (UFRN), especialista em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2012). Possui experiência e tem interesse em Meio Ambiente e Conservação. Tem experiência em Botânica, com ênfase em anatomia e morfofisiologia, trabalhando com plantas de interesse econômico e com adaptações de oleaginosas ao semiárido nordestino.

Juliana Espada Lichston, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (1999), mestrado em Biologia Comparada pela Universidade de São Paulo (2002) e doutorado em Biologia Comparada pela Universidade de São Paulo (2005). Pós-Doutorado em Agricultura em Terras Áridas na Ben-Gurion University - Israel (2018). Professora e Pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Departamento de Botânica e Zoologia e Coordenadora do Laboratório de Investigação de Matrizes Vegetais Energéticas. Membro do Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente ? PRODEMA/UFRN; Membro da Rede Brasileira de Tecnologia do Biodiesel (MCTIC); Membro do Núcleo de Tecnologia e Inovação (NIT - UFRN). Área de atuação: Botânica com foco na investigação de culturas vegetais para produção biodiesel, visando aprimorar a utilização da biomassa e contribuir para a inserção do semiárido nordestino cadeia energética brasileira

Publicado

2019-12-20

Número

Sección

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

Artículos más leídos del mismo autor/a