Serviços ecossistêmicos hídricos em floresta não perturbada na Amazônia, Amapá, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2020.004.0006

Palavras-chave:

Clima, FLONA Amapá, Serviços ambientais

Resumo

Compreender os processos do ciclo hidrológico de florestas tropicais reduz as incertezas sobre estimativas de vapor de água em escala regional. A interceptação refere-se à água que não participa diretamente de processos ecológicos. Assim, o processo de interceptação foi investigado com a instalação de 30 pluviômetros, distanciados de um quilômetro, numa área total de 25 km² da Floresta Nacional do Amapá (FLONA Amapá). A precipitação total observada acima do dossel foi de 2184,2 mm e a precipitação interna foi de 1322,4 mm, representando uma fração de 60,5%. A fração interceptada estimada foi de 828,3 mm, correspondendo a 37,9% da precipitação total acima do dossel. Como resultado deste balanço hídrico, cerca de 828,3 L/m² ano de água da chuva foi temporariamente retida pela floresta e retornada à atmosfera como vapor d'água. Conclui-se que a FLONA Amapá (4120 Km²) retorna cerca de 1,36 x 106 piscinas olímpicas à atmosfera anualmente. A umidade produzida neste processo resfria o ar localmente, o qual é transportado para outras regiões do Brasil. Este processo configura-se num relevante serviço ecossistêmico de produção de vapor d´água, confirmando a hipótese de que as florestas tropicais são efetivamente promotoras do equilíbrio dinâmico do ciclo hidrológico na bacia Amazônica.

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Biografia do Autor

Leidiane Leão de Oliveira, Universidade Federal do Oeste do Pará

Professora Associado 1 da Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA, campus Santarém-PA, no Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas - ICTA, curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Tecnologia das Águas. Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (2004), mestrado em Meteorologia pela Universidade Federal de Campina Grande (2007) e doutorado em Biodiversidade Tropical pela Universidade Federal do Amapá (2012). Tem experiência na área de Geociências, podendo atuar nas seguintes áreas: Hidrologia, Hidrologia Florestal, Conservação de Bacias Hidrográficas, Ecologia de Ecossistemas, Impactos climáticos e antrópicos sobre bacias hidrográficas e sobre disponibilidade hídrica, Gestão de recursos hídricos, Recursos hídricos, Meteorologia Ambiental, Climatologia, Hidrometeorologia, Variabilidade Climática.
Contato: leidiane.oliveira@ufopa.edu.br e leidianeoli@gmail.com

Luis Gustavo de Castro Canani, Instituto do Estado do Pará

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1997), mestrado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005) e doutorado em Botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2012). Realizou estágio pós-doutoral na Universidade Federal do Oeste do Pará (2014-2019). Tem experiência na área de taxonomia e ecologia de diatomáceas e utilização de diatomáceas perifíticas como indicadoras da qualidade de água em igarapés amazônicos. Atualmente é servidor estadual no Instituto de Desenvolvimento Florestal e Biodiversidade do estado do Pará e atua como consultor autônomo no Programa de Limnologia, Qualidade da Água e Macrófitas Aquáticas na área de influência da UHE Tucuruí ? PA. 

Naurinete de Jesus da Costa Barreto, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (2005). Mestrado em Meteorologia e Processos da Superfície da Terra na Universidade Federal de Alagoas (2009). Doutorado em Ciências Climáticas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2015). Pós-doutorado no Programa de Pós-graduação em Geofísica e Geodinâmica na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2016-2018). Pós-doutorado no Programa de Pós-graduação em Meteorologia no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2018-2020). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em: Meteorologia e Climatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: variabilidade climática, Influência da TSM no Clima e Oscilação Decadal do Pacífico, Mudanças Climáticas, Variabilidade Intrassazonal. 

Alan Cavalcanti da Cunha, Universidade Federal do Amapá

Graduado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Pará, especialista em Educação Ambiental e Recursos Hídricos pela Universidade de São Carlos (USP-CRHEA), especialista em Controle da Poluição das Águas em Países Sulamericanos (JICA - Japão), mestre em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo e doutor em Engenharia Civil - Hidraulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC-USP). Pós-Doutorado em análise isotópica estável e suas aplicações na quantificação de fluxos hidrológicos entre ecossistemas terrestres e aquáticos tropicais (Departamento de Biologia da Universidade de Miami (UM/EUA) e Pós-Doutor em Engenharia pela (American World University). Atualmente é Professor Associado III do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Amapá, professor permanente dos Programas de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBio - UNIFAP/IEPA/EMBRAPA-AP/CI) e Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA). Atua nas áreas de Ciências Ambientais: Modelagem de Sistemas Ambientais, Hidráulica e Saneamento, Fenômenos de Transporte, Clima e Recursos Hídricos, Limnologia, Estatística Aplicada à Ecologia.

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Publicado

2020-07-16

Edição

Seção

Meteorologia e Climatologia

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