Aporte de serapilheira e teor de carbono orgânico em um fragmento florestal urbano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2020.004.0003

Palavras-chave:

Fitomassa florestal, Floresta urbana, Conservação

Resumo

Os fragmentos florestais urbanos produzem inúmeros serviços ecossistêmicos que contribuem diretamente para a melhoria da qualidade ambiental das cidades, como a produção de oxigênio atmosférico a fixação de carbono, a ciclagem de nutrientes e a conservação da natureza. A importância destes serviços não deve ser atribuída exclusivamente ao componente arbóreo ou a seu dossel, mas a todo o conjunto de componentes de uma floresta, incluindo a serapilheira, responsável pela sustentabilidade de todo o ecossistema. Os objetivos deste trabalho foi avaliar o aporte e a quantidade e teor de carbono em diferentes classes de serapilheira depositada em um fragmento florestal localizado em Curitiba, Paraná. Para isso, 30 parcelas foram distribuídas ao longo de uma trilha no interior deste fragmento para coletar a serapilheira, entre os meses de outono e inverno de 2019. A serapilheira coletada foi separada e classificada em: folhas; galhos e cascas; raízes; estruturas reprodutivas e miscelânea. O peso úmido e seco deste material foi determinado e por meio de um analisador de carbono por combustão o percentual de carbono foi definido. Os resultados indicam um aporte de serapilheira no valor de 11,61 Mg/ha, com predomínio da classe galhos e cascas (6,30 Mg/ha). A quantidade média de carbono neste aporte corresponde a 5,08 Mg/ha e o teor médio de carbono foi significativamente maior na classe miscelânea (44,46%) em relação às outras classes de serapilheira. Conclui-se que o fragmento florestal avaliado, apesar de isolado e antropizado, apresentou tanto aporte de serapilheira quanto quantidade e teor de carbono semelhantes aos encontrados em florestas com menos intervenções urbanas, demonstrando ser a serapilheira um parâmetro eficiente para se avaliar o estado de conservação destes ambientes.

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Biografia do Autor

Daniela Biondi Batista, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, mestrado e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente é professora Titular da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência em ensino (graduação e pós-graduação), pesquisa e extensão na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Conservação da Natureza, atuando principalmente nos seguintes temas: Arborização Urbana / Floresta Urbana (Avaliação de Benefícios - microclima urbano e conforto térmico, manutenção, monitoramento e inventário florestal urbano), Paisagismo, Ecologia da Paisagem (Urbana e Rural), Planejamento e Avaliação da Paisagem para Atividades Turísticas e Conservação da Fauna e Flora, Cultivo e Manejo de Plantas Ornamentais e Educação Ambiental. É autora de 7 livros e 15 capítulos na área de atuação. É líder do grupo de pesquisa Ciências da Paisagem. Publicou mais de 200 artigos científicos em revistas especializadas e mais de 250 trabalhos em eventos nacionais e internacionais. Desde agosto de 2014 é editora chefe da Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana e editora adjunta da Revista Floresta desde julho de 2016. Foi bolsista de Produtividade em Pesquisa 1B do CNPq no período de 2007 a 2017 e atualmente é bolsista de Produtividade em Pesquisa 1C do CNPq . Em 2017 recebeu o selo de excelência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) apresentado no âmbito da Chamada INCT (MCTI/CNPq/CAPES/FAPs nº 16/2014), referente ao projeto Rede de Excelência em Florestas Urbanas - URBANFLOR.
ORCID:	http://orcid.org/0000-0003-0532-7363 
ResearcherID:	B-8446-2017 

Fernando Vicente Dácol, Universidade Federal do Paraná

Graduando em Engenharia Florestal, Participa atualmente do Projeto de extensão Projeto Floresta Escola. Realiza pesquisa com serapilheira no fragmento de floresta urbano Capão do Tigre, localizado no Campus III - Jardim Botânico da Universidade Federal do Paraná.

Ana Paula Dalla Corte, Universidade Federal do Paraná

Engenharia Florestal, tem mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Paraná (2010). É professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), lotada no Departamento de Ciências Florestais (DECIF) no nível Associado I, ministrando disciplinas para a graduação e pós-graduação Stricto Sensu no Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal (UFPR). Foi professor visitante da Universidade da Flórida entre 2019/2020 através do programa CAPES/Print. Coordena o curso de especialização em Manejo Florestal de Precisão (UFPR). Atua em projetos de pesquisas relacionados aos seguintes tópicos: Escaneamento a laser (Lidar) aéreo, terrestre e UAV (ALS/TLS/UAV). Fotogrametria, sensoriamento remoto e análise espacial aplicados aos inventários florestais. Técnicas de amostragem para Inventário Florestal. Quantificação de biomassa florestal. Possui 8 livros publicados e 15 capitulo de livro. Possui mais de 100 artigos científicos publicados em revistas indexadas nacionais e internacionais. Participou de mais de 100 trabalhos técnicos na área de meio ambiente e engenharia florestal.

Angeline Martine, Universidade Federal de Viçosa

Engenheira Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2010), com mestrado (2013) e doutorado (2016) também em Engenharia Florestal pela mesma instituição. Atualmente é professora Adjunta, nível 1 da Universidade Federal de Viçosa, onde coordena às disciplinas de Florestas Urbanas, Planejamento Paisagístico e Recuperação de Áreas Degradadas e, orienta no programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal, onde coordena a disciplina de Análise da Paisagem e Ecossistema Urbano. Também, é membro do comitê editorial da Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana e têm experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Conservação da Natureza. As linhas de pesquisa de maior destaque são: plantas ornamentais, arborização e clima urbano.

Allan Rodrigo Nunho Reis, Universidade Federal do Paraná

Atualmente sou doutorando em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com início em março de 2019. Sou Engenheiro Florestal (2016) e mestre em Engenharia Florestal (2019) pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tenho experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Conservação da Natureza. Atuo principalmente nos temas de Arboricultura, Biologia da Conservação, Dendrologia, Ecologia da Paisagem, Fenologia, Floresta Urbana, Soluções Baseadas na Natureza (SbN) e Mudança do Clima. Sou membro dos grupos Ecologia e Conservação de Ecossistemas Vegetais e Ciências da Paisagem. Sou filiado à ONG Plant-for-the-Planet, atuando com Educação Ambiental e Justiça Climática. Participo do Grupo de Trabalho sobre Agricultura, Florestas e Uso do Solo (AFOLU), da Plataforma Regional da América Latina (LEDS LAC), sobre desenvolvimento resiliente com baixa emissão de carbono.

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Publicado

2020-07-15

Edição

Seção

Conservação da Biodiversidade