O uso de mapa mental na percepção sobre água em escolas municipais de Curitiba, Paraná, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2022.001.0011

Palavras-chave:

Educação ambiental, Sensibilização ambiental, Meio ambiente, Desenhos e ensino fundamental

Resumo

A sensibilização ambiental, principalmente no que se refere à água, é essencial para a sobrevivência do planeta. Muitas atividades humanas vêm afetando os recursos hídricos, demostrando a necessidade de ações para mudar esse cenário. A educação ambiental com crianças auxilia desde cedo na formação do indivíduo, com informações de como se pode agir de forma diferente a partir de comportamento mais responsável, e, para tal, é necessário verificar qual a percepção delas sobre o ambiente em que vivem. Mapa mental é uma das ferramentas utilizadas para obter informações da percepção do indivíduo a respeito de um determinado tema.  Esse trabalho teve como objetivo avaliar a percepção de estudantes de escolas municipais do ensino fundamental de Curitiba, Paraná, por meio de mapas mentais sobre a água, antes e depois uma palestra sobre o tema.  Os mapas foram analisados por meio da contagem dos componentes da representação de uma paisagem elaborada pelos estudantes antes e depois da palestra, dividida em quatro grupos de componentes principais: natural, construído, com presença de humanos e meios de transporte. A avaliação da percepção foi feita por meio da análise estatística não paramétrica de Wilcoxon. Foram avaliados 180 estudantes do 4º e 5º ano do ensino fundamental. Dentre os resultados pode-se destacar   com maior predominância nos desenhos o componente natural que se refere aos ícones específicos água limpa e o céu, tanto antes como depois da palestra. O ícone específico que teve maior incremento pós-palestra foi a floresta, com 27,8%. O componente construído, humano e meio de transporte, tiveram pouca variação entre antes e depois da palestra. Considerando o total de componentes no desenho, houve diferença estatística na quantidade de componentes que os estudantes associaram à água antes e depois da atividade de educação ambiental. A análise por meio de mapas mentais demonstrou ser eficiente, sendo possível notar a percepção que os estudantes tinham sobre a água antes da atividade e o que mudou depois da palestra. Embora seja uma atividade pontual e não-formal, os resultados dessa pesquisa podem auxiliar na escolha de quais pontos podem ser trabalhados com maior atenção para reforçar a educação formal das escolas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tatiane Lima Ho, Universidade Federal do Paraná

Engenheira Florestal, Mestre e Doutora em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em Gestão Ambiental pela mesma instituição de ensino. Possui experiência em consultoria florestal e projetos de pesquisa em floresta urbana, educação ambiental e geoprocessamento. Atualmente desenvolve projetos que envolvam a floresta urbana, com ênfase em educação ambiental.

Daniela Biondi Batista, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, mestrado e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente é professora Titular da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência em ensino (graduação e pós-graduação), pesquisa e extensão na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Conservação da Natureza, atuando principalmente nos seguintes temas: Arborização Urbana / Floresta Urbana (Avaliação de Benefícios - microclima urbano e conforto térmico, manutenção, monitoramento e inventário florestal urbano), Paisagismo, Ecologia da Paisagem (Urbana e Rural), Planejamento e Avaliação da Paisagem para Atividades Turísticas e Conservação da Fauna e Flora, Cultivo e Manejo de Plantas Ornamentais e Educação Ambiental. É autora de 12 livros e 19 capítulos na área de atuação. É líder do grupo de pesquisa Ciências da Paisagem. Publicou mais de 200 artigos científicos em revistas especializadas e mais de 280 trabalhos em eventos nacionais e internacionais. Desde agosto de 2014 é editora chefe da Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana e editora Adjunta da Revista Floresta desde julho de 2016. Coordena o Laboratório de Paisagismo da UFPR, que em 2017 recebeu o selo de excelência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) apresentado no âmbito da Chamada INCT (MCTI/CNPq/CAPES/FAPs nº 16/2014), referente ao projeto Rede de Excelência em Florestas Urbanas - URBANFLOR. ORCID: http://orcid.org/0000-0003-0532-7363 ResearcherID: B-8446-2017

Antonio Carlos Batista, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação (1979), mestrado (1984) e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1995). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Proteção Florestal e Meteorologia e Climatologia florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: prevenção e combate a incêndios florestais, comportamento do fogo, efeitos do fogo, queimas controladas, microclima, clima urbano e interface urbano-rural (WUI). É professor orientador do programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais da Universidade Federal de Tocantins. É um dos líderes do grupo de Pesquisa Ecologia, Controle e uso do fogo do CNPq. Foi consultor internacional da FAO e da agência GIZ para projetos sobre Controle de Incêndios Florestais em Cuba (FAO, 2000) Guatemala (FAO, 2004), e Moçambique (GIZ, 2006). Publicou mais de 170 artigos científicos em periódicos nacionais e internacionais, 200 trabalhos em congressos nacionais e internacionais. É co-autor de 10 livros e 17 capítulos de livros. Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná no período de julho de 2011 a junho 2015 e de outubro de 2019 a setembro de 2021. Desde abril de 2016 é editor chefe da Revista Floresta. https://orcid.org/0000-0001-5929-3838 Research ID 03378-2018 

Angeline Martini, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação (2010), mestrado (2013) e Doutorado (2016) em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente é professora Adjunta C-2 da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência em ensino (graduação e pós-graduação), pesquisa e extensão na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Conservação da Natureza, atuando principalmente nos temas: Florestas Urbanas/Arborização, Planejamento Paisagístico e Recuperação de Áreas Degradadas. Também, é membro do comitê editorial da Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Revista Floresta e Revista Árvore. As linhas de pesquisa de maior destaque são: plantas ornamentais nativas, arborização urbana, clima urbano e arboricultura. 

Publicado

2023-01-09

Edição

Seção

Educação Ambiental e Ensinos Multidisciplinares