Monitoramento da qualidade de água residencial e in natura para análise de tratamento alternativo, Amapá, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2237-9290.2022.002.0011

Palavras-chave:

Potabilidade, ODS 6, Custo-benefício, Laranjal do Jari, Amazônia

Resumo

O presente artigo é resultado do projeto integrador Vozes do Rio Jari, desenvolvido no Instituto Federal do Amapá. A bacia hidrográfica do Rio Jari está inserida em uma área geográfica onde a dinâmica climática é muito intensa. O município de Laranjal do Jari - AP tem um histórico singular de eventos extremos caracterizados por enchentes duradouras que, acrescido da falta de infraestrutura, deixa a população em situação de vulnerabilidade todos os anos. O objetivo da pesquisa foi analisar a qualidade físico-química e microbiológica da água recebida por moradores da Rua da Antiga Usina, localizada às margens do Rio Jari, e propor alternativas de tratamento de baixo custo enquadrando-os aos padrões determinados pela Portaria de Consolidação 888 de 04 de maio de 2021 do Ministério da Saúde. O experimento, foi realizado a partir de três metodologias de tratamento: confecção de um filtro caseiro de baixo custo, utilização de um filtro de barro industrializado e técnica de desinfecção por irradiação solar. Foi escolhido um ponto de coleta no final da área de estudo, com cinco campanhas realizada na escala temporal de 7 dias alternados da água direto da torneira do consumidor e três campanhas da água direto do Rio Jari para melhor testar a eficiência dos filtros. As análises e avaliações dos padrões de potabilidade foram feitas antes e depois do processo de filtração e irradiação solar para comprara-las. Os resultados permitiram concluir que os filtros proporcionaram uma melhora significativa nos padrões de potabilidade. O filtro caseiro se mostrou um eficiente instrumento de melhoria da qualidade da água trazendo resultado semelhante ao tradicional filtro de barro, em razão do valor e da facilidade de transportar o filtro de plástico, uma valida solução para amenizar os problemas com água potável em locais de vulnerabilidade doméstica e para os trabalhadores da floresta que podem transportar o mesmo.

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Biografia do Autor

Núbia Caramello, Instituto Federal do Amapá

Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (atuando no ensino médio, graduação, especialização Lato e Strito Sensu, cursos FICs profissionalizantes) e (via cooperação técnica) do Mestrado Profissional em rede Nacional em Gestão e Regulação dos Recursos Hídricos ProfÁgua Polo Ji-Paraná/RO, na Universidade Federal de Rondônia. Lecionou por 25 anos na rede estadual de ensino básico em Rondônia. Realizou o doutorado pleno em Geografia, na Universidade Autônoma de Barcelona - UAB/Cataluña (Bolsista CAPES) reconhecido e validado pela Universidade Federal do Ceará. Mestrado e graduação em Geografia, e em Pedagogia através da Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Especialista em Processamento das Informações Geográficas na Gestão Ambiental, em Metodologia do Ensino Profissional e Tecnológico (IFAP), e em Gestão Pública (IFAM). Integrante como pesquisadora nos grupos de pesquisa: Aigua, Territori i Sostenibilitat GRATS (UAB/Cataluña); Dinâmica e Gestão de Rios (Geomorphos/UFRJ), Resiliência Climática RIPERC. e idealizadora do Grupo de Pesquisa Diálogo Hídrico Multidisciplinar (motivando a pesquisa dentro e fora dos territórios universitários) atualmente passa a compor o grupo de pesquisa Centro de Estudos em Ecologia e Manejo na Amazônia CEEMA. Atua nas linhas de pesquisa: Diálogo Hídrico Multidisciplinar e Conservação, Biodiversidade, Sociodiversidade, ecologia humana e políticas públicas. Pesquisadora de indicadores e metodologias que viabilizem Plano de Bacia Hidrográfica e mecanismo de Gestão de Bacia Hidrográfica e de Territórios Fluviais Integrados ao interesse dos atores locais. Dedica-se como pesquisadora a metodologia de ensino de geografia ativa participava através de projetos de iniciação cientifica (para uma alfabetização geográfica significativa a partir do espaço vivido) paralelo a docência no ensino básico. No mestrado o foco de pesquisa é o mapeamento de indicadores perceptivos para mediação de gestão de Rios e recursos hídricos participativa, eficiência de instrumentos de gestão de recursos hídricos e ao diálogo fluvial na adoção da Agenda 2030 como diretriz para o desenho local da sustentabilidade. Como produto do mestrado e de suas ações vem priorizando a produção de material voltado ao ensino formal e informal e empoderamento de comunidades amazônicas. 

Marta dos Santos Furtado, Instituto Federal do Amapá

Bacharel em Engenharia Ambiental pela Universidade do Estado do Amapá (UEAP), especialista em Engenharia Ambiental e Saneamento Básico pela Faculdade Fasul Educacional, Mestrando em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SMARH pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), atualmente possui vinculo como professor substituto no Instituto Federal do Amapá (IFAP), atuando nas linhas: saneamento ambiental, saneamento básico, qualidade de águas superficiais e geoprocessamento .

André Bacelar Rodrigues, Instituto Federal do Amapá

Bacharel em Engenharia Ambiental pela Universidade do Estado do Amapá (UEAP), especialista em Engenharia Ambiental e Saneamento Básico pela Faculdade Fasul Educacional, Mestrando em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SMARH pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), atualmente possui vinculo como professor substituto no Instituto Federal do Amapá (IFAP), atuando nas linhas: saneamento ambiental, saneamento básico, qualidade de águas superficiais e geoprocessamento .

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Publicado

2023-01-10

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais