Qualidade do ar interno em veículos automotivos em termos de concentração de dióxido de carbono: estudo de caso na atividade do oficial de justiça e possíveis benefícios da tecnologia à saúde e ao meio ambiente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.004.0017

Palavras-chave:

Doença ocupacional, Índice da qualidade do ar, Meio ambiente do trabalho, Poluição interna veicular

Resumo

A qualidade do ar interno das cabines veiculares contém em suas características físicas e químicas a tendência a uma baixa renovação de ar em virtude do uso contínuo da climatização artificial. Assim, taxas de concentração de dióxido de carbono tendem a serem elevadas, o que pode causar prejuízos à saúde dos ocupantes corriqueiros do veículo. O Oficial de Justiça é o profissional do Poder Judiciário responsável pelo cumprimento de demandas processuais externas e atua se deslocando até os destinatários dessas ordens. Diante dessa rotina de acentuado uso do carro para fins profissionais, esta categoria de trabalhadores é exposta cotidianamente a elevados índices de poluentes veiculares internos. O objetivo geral deste trabalho foi analisar a qualidade do ar interno da cabine veicular do Oficial de Justiça, no exercício de suas funções, no que se refere à concentração de dióxido de carbono. A metodologia empregada destaca o viés exploratório, por uma abordagem qualitativa e quantitativa, vez que debruçou-se sobre aparato bibliográfico e documental para compreender a poluição ambiental emitida pelos automóveis e os riscos humanos e ambientais dela advindos, e também obteve resultados coletados de um questionário endereçado aos Oficiais de Justiça lotados no Tribunal de Justiça de Pernambuco, que buscou compreender a rotina veicular durante o andamento das diligência profissionais. Resultados obtidos sugerem que a detecção de CO2, umidade relativa do ar e temperatura na cabine veicular climatizada artificialmente aumenta a exposição do Oficial de Justiça a efeitos deletérios de índices elevados dos componentes mensurados durante suas atividades laborais. Os danos à saúde física desses servidores poderiam ser dirimidos pelo cumprimento de mandados eletrônicos, a exemplo do que ocorreu durante o expediente remoto dos anos 2020 e 2021.

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Biografia do Autor

Kátia da Fonseca Ramos Zaidan

Possui graduação em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco(1988) e especialização em Direito Processual Civil pelo Centro Universitário Internacional(2016). Atualmente é Oficiala de Justiça da Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.

Luiz Filipe Alves Cordeiro, Instituto de Tecnologia de Pernambuco

Doutorado na área de Processamento de Energia do Programa de Pós Graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Pernambuco(2015), em que parte da tese foi eleita entre as 5 melhores no concurso latino americano de monografias em eficiência energética. Possui Mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (2008) "Eficiência Energética no controle inteligente de sistemas de bombeamento". Suas áreas de interesse são eficiência energética, conservação de energia, sistemas motrizes industriais, máquinas elétricas, controle de processos industriais, inteligência artificial, redes neurais, automação industrial e Sustentabilidade.

Liliana Andréa dos Santos, Universidade Federal de Pernambuco

Graduada em Bacharelado em Ciências biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE, Mestre em Engenharia Ambiental pela UFRPE, Doutora em Engenharia Civil-UFPE, Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Gestão Ambiental (Gampe) e Grupo de Resíduos Sólidos (GRS). Atua em biodegradação anaeróbia, biogás, biomassas e resíduos agroindustriais, otimização da produção de biogás, camada oxidativa de aterro sanitário, Gestão Ambiental, compostagem, Bioindicadores da qualidade ambiental e microbiologia agrícola. Organizadora do Prêmio Sustenta Caatinga (2015). Ministrou os cursos de: Montagem de Composteira Caseira (2014), Bioindicadores da Qualidade Ambiental (2014), Workshop Tecnologias Sociais como instrumento da Educação Ambiental e empoderamento Social (2014), 4o Curso de Elaboração de projetos (2015 e 2016) e Estruturação da coleta seletiva e ambientes cooporativos (2015).

Martorelli Dantas da Silva, Universidade Federal de Pernambuco

Doutor e Mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (2014 e 2008, respectivamente). Advogado Criminalista e Professor de Teoria Geral do Direito, Direito Penal e Direito Processual Penal na Faculdade Nova Roma e no Mestrado do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP)

Publicado

2022-07-02

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