Remediação de solo contaminado com resíduo de óleo automotivo por fungos alóctones
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.007.0017Palavras-chave:
Pesticidas, Reatores de solo, Biodegradação, Microcosmo, MicrobiotaResumo
A contaminação de ambientes por resíduos é uma realidade crescente. Dentre as técnicas utilizadas para recuperar áreas contaminadas está a biorremediação, que consiste no emprego de micro-organismos (fungos e bactérias) que utilizam composto xenobiótico como fonte de carbono, Dentre os microrganismos degradadores os fungos se destacam pela capacidade de produzi enzimas. Diante do expostos esse trabalho objetivou avaliar a efetividade de fungos filamentosos alóctones na remediação de um microcosmo de solo contaminado com óleo automotivo. O óleo utilizado no trabalho foi caracterizado por cromatografia gasosa acoplada ao detector massa (CG-MS). Fungos.filamentosos selecionados através da técnica do indicador Diclorofenol Indofenol (DCPIP) foram avaliados quanto a produção das enzimas lipase, lignina peroxidase (LiP) e manganês peroxidase (MnP), além da citotoxicidade. Para isso, os fungos foram inoculados em meio mineral Bushnell Hass (BH) com concentrações crescentes de resíduo óleo automotivo (1%,3% e 5%). Para avaliação da biodegradação no solo esterilizado e não esterilizado realizou-se um planejamento experimental do tipo Central Composto Rotacional (CCR) com o melhor fungo e a melhor concentração do resíduo. As variáveis independentes foram pH e concentração do inoculo enquanto que a dependente foi a atividade biológica. A degradação dos hidrocarbonetos foi avaliada nas condições que apresentaram maior atividade biológica. Foram utilizadas as linhagens de Penicillium spp., Thricoderma sp, Aspergillus sp., Coccidiodes sp. A caracterização do resíduo mostrou compostos fenólicos, alcanos e alcenos. As três linhagens mais promissoras foram Penicillium javanicum (F2) e Penicillium sp. (F3) e Penicillium simplicissimum (F4). Na etapa de degradação o fungo Penicillium simplicissimum (F4) foi melhor na produção da enzima lignina peroxidase (LIP) com 1% de óleo lubrificante com menor toxicidade O planejamento experimental demonstrou que o tratamento mais efetivo foi realizado em um solo não esterilizado quando a atividade biológica está mais relacionada com as bactérias presentes no meio. A cinética de degradação do solo não esterilizado demonstrou que a microbiota é capaz de degradar 100% de alcanos e alcenos, e 40% dos compostos fenólicos presente no resíduo. Com isto pode-se concluir que os fungos do gênero Penicillium spp.são promissores para serem utilizados na recuperação de ambientes contaminados com compostos hidrocarbônicos quando inoculados junto com a microbiota endógena utilizando a técnica de bioaumentação na biorremediação “in situ”. Isto sugere que esta técnica é promissora para ser utilizada em processos de contaminação pontual no ambiente.
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