Práticas sedutoras de gestão: o discurso das consultoras de beleza
DOI:
https://doi.org/10.6008/SPC2179-684X.2015.002.0001Palavras-chave:
Discurso Organizacional, Controle Organizacional, Sedução e Subjetividade, Precarização do TrabalhoResumo
Este estudo objetivou identificar condutas organizacionais instituídas que permitem o controle da subjetividade dos profissionais que trabalham com venda de cosméticos e produtos de beleza. A fundamentação teórica abordou os temas Discurso organizacional, O controle organizacional: subjetividade e sedução e Violência e precarização do trabalho. Em termos metodológicos, a pesquisa caracteriza-se como qualitativa. Quanto aos fins, descritiva e em relação aos meios, um estudo múltiplo de casos. Os sujeitos desta pesquisa são dez consultoras de beleza e o método de coleta de dados utilizado foi a entrevista semiestruturada. Os dados coletados foram tratados por meio da análise de conteúdo. A análise dos dados evidenciam que a empresa estudada, com o intuito de maximizar as vendas e fidelizar clientes, como estratégia utiliza a regra de iniciação de novos consultores por consultores já cadastrados na empresa, os treinamentos, que objetivam a transmissão das regras, a filosofia e a estrutura de trabalho da organização e o discurso de desenvolvimento na carreira. Por meio de premiações, a empresa consegue mobilizar as consultoras a atingir as metas propostas com a finalidade de controlá-las através da sedução. O controle por intermédio da subjetividade caracteriza-se pela interiorização da filosofia, das regras e da ideologia da empresa e é exercido mediante os treinamentos. O discurso do “culto ao sucesso” promulgado pelas premiações oferecidas pela empresa permite o controle por meio da sedução e da subjetividade, favorecendo a precarização do trabalho, evidenciada pelo trabalho autônomo, a terceirização, a desregulamentação do trabalho.Downloads
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