Pandemia de SARS-CoV-2 na perspectiva das pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2024.001.0005Palavras-chave:
Coinfecção, Infecção por SARS-CoV 2, HIV, Pandemias, Isolamento SocialResumo
A pandemia causada pelo SARS-CoV-2 não se desenvolve de maneira isolada, e a interação sinérgica entre COVID-19 e vários grupos de doenças, incluindo o HIV, pode resultar em aumento dos números de casos e óbitos. Existe a necessidade de avaliar até que ponto a pandemia de COVID-19 interrompeu o processo contínuo de cuidado e prevenção do HIV, ou seja, teste, profilaxia pré-exposição (PrEP), terapia antirretroviral (TARV), propondo uma conexão com a proposta de um curso de ação para que possamos encerrar a epidemia de HIV nesta década. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, método que conglomera o conhecimento produzido por meio da análise dos resultados evidenciados em estudos primários considerando adaptação da metodologia utilizada. A pergunta norteadora que orientou esse trabalho decorreu da questão: “O que as evidências científicas indicam a respeito das principais tendências e repercussões na atividade de vida diária e na continuidade do tratamento antirretroviral dos pacientes acometidos pelo HIV que vivenciaram a pandemia de SARS-COV 2?”. A busca dos artigos com aplicação do filtro resultou em 25 publicações, das quais foram excluídos 8 artigos por não atenderem a temática e 4 por não atender à pergunta norteadora; 4 por serem artigos com acesso restrito para assinantes dos periódicos; 4 artigos eram estudos cujas metodologias não atendiam ao objetivo desse estudo. A amostra final foi composta por 5 publicações. Os autores concluíram que o tratamento não foi seriamente perturbado, inclusive, constaram que a adesão aumentou em algumas PVHIV durante a pandemia de Covid-19. Apesar da prevalência de Aids ocorrer na população de modo geral, alguns grupos populacionais como gays e outros homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas injetáveis e mulheres profissionais do sexo são desproporcionalmente afetados pelo HIV. Os autores apontam que esse segmento da população é negligenciado pelo poder público, dado ao fracasso ou limitação das políticas públicas voltados a eles. Nota-se que houve mudanças na atividade de vida das pessoas que vivem com HIV para adesão às medidas não farmacológicas de enfrentamento a pandemia. O ponto culminante deste estudo é a constatação que a terapia antirretroviral não foi seriamente comprometida durante a pandemia de SARS-CoV 2, no entanto, dificuldades de acesso por grupos populacionais específicos já descritos na literatura ficaram evidenciados.
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