Avaliação da capacidade antioxidante do colostro de puérperas internadas em uma maternidade de alto risco

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2023.001.0010

Palavras-chave:

Capacidade antioxidante, Leite humano, Leite materno, Colostro, Amamentação

Resumo

Determinar a capacidade antioxidante total do leite materno e relacionar com variáveis maternas e do recém-nascido. Foram aplicados entrevista e questionário de frequência alimentar com puérperas e coletado um volume mínimo de 1ml de colostro de cada participante. A realização das análises ocorreu pelo método do DPPH e os resultados foram relacionados às variáveis maternas (estatura, ganho de peso na gestação, enfermidades e idade gestacional no parto) e do recém-nascido (peso e comprimento ao nascimento). 59% das mulheres são provenientes do interior do estado e 75% vivem com seus companheiros. A maioria (65%) tinha de 2 a 4 filhos, 79% não exerce atividade fora de casa, 60% possuem renda familiar entre 1-2 salários-mínimos e 43% estudaram em entre 5 e 9 anos. 97% realizaram acompanhamento pré-natal, com uma média de 6 consultas durante o período gestacional, porém apenas 47% relataram ter sido estimuladas a amamentar e somente 33% informa que teve as mamas examinadas em alguma consulta. A suplementação com ferro e ácido fólico ocorreu em 89% e 84%, respectivamente, durante o processo gestacional das mães entrevistadas. A prática do consumo de álcool se apresentou em 18% das puérperas e o fumo em 8%. A amamentação na primeira hora de vida correspondeu a 41%. Verificou-se que não houve diferença significativa entre CA e as variáveis maternas e do recém-nascido. Na comparação entre a capacidade antioxidante do leite materno e as categorias de IMC, verificou-se que houve diferença significativa somente quando se tratou de IMC pré gestacional, onde a mediana da CA em mulheres com sobrepeso diferiu em relação às mulheres obesas, já as categorizadas como eutróficas tiveram um comportamento intermediário entre as com sobrepeso e as obesas. Nas avaliações entre CA e as variáveis materno-infantil verificou-se que não houve correlação significativa. A análise de correlação entre capacidade antioxidante do leite e as variáveis sobre consumo alimentar, mostrou uma correlação significativa fraca e positiva somente em relação à frequência no consumo de cebola. O colostro das mulheres avaliadas apresentou elevado potencial antioxidante, não existindo diferença entre as variáveis maternas e do recém-nascido.

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Biografia do Autor

Ana Paula de Bulhões Vieira, Faculdade Estácio de Alagoas

Nutricionista (UFAL 2003), Mestra em Nutrição (UFAL 2018) e especialista em Controle de Qualidade na Produção de Alimentos (UFAL 2007). Professora do curso de Nutrição da Estácio e professora voluntária da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas. Agente PNAE do Centro de Colaboração em Nutrição Escolar (CECANE-UFAL) executando a formação dos Conselheiros de Alimentação Escolar e de Nutricionistas do PNAE. Nutricionista clínica em consultório popular com enfoque para educação alimentar e nutricional. Atuou como nutricionista responsável técnica no PNAE e em cargos de supervisão, nas áreas de gestão, produção de alimentos e controle de qualidade, bem como consultorias de boas práticas de fabricação e manipulação de alimentos.

Irinaldo Diniz Basílio Júnior, Universidade Federal de Alagoas

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal da Paraíba (2001), em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos pela Universidade Federal da Paraíba (2004) e doutorado em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos pela Universidade Federal da Paraíba (2009). Bolsista do CNPq em Produtividade, Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora nível 2 - CA (2017-2020). Atualmente é professor Associado II do Instituto de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Alagoas. Leciona nas disciplinas Farmacotécnica e Tecnologia Farmacêutica. Foi coordenador de Pós-Graduação da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal de Alagoas - CPG/PROPEP/UFAL, no período de dezembro de 2011 a janeiros de 2016 e atualmente é Diretor do Instituto de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Alagoas. É revisor da Revista Brasileira de Farmacognosia e Journal of Thermal Analysis and Calorimetry. Tem experiência na área de Industria Farmacêutica, com ênfase em Tecnologia Farmacêutica de formas farmacêuticas sólidas e semissólidas, assim como, estudos de estabilidade e Bioequivalência.

Valdemir da Costa Silva, Faculdade Estácio de Alagoas

Graduado em Farmácia (2017) e Doutor em biotecnologia pela Universidade Federal de Alagoas (2023). Exerceu monitoria em Fisiologia e Biofísica (2014) no Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - ICBS/UFAL e monitoria em Tecnologia de Medicamentos (2016) na Escola de Enfermagem e Farmácia (ESENFAR). Integrante do grupo de pesquisa, Tecnologia e Controle de Qualidade de Medicamentos e Alimentos - ICF/UFAL. Foi aluno bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação - PIBITI/UFAL no Laboratório de Tecnologia e Controle de Medicamento (LABTCOM/ICF/UFAL). Foi professor voluntário no curso de farmácia na ESENFAR/UFAL (2019-2020). Atualmente atua como professor na Faculdade Estácio de Alagoas no curso de farmácia e coordenador da Pós-graduação em Gestão de Farmácia e Drogarias. 

Monica Lopes de Assunção, Universidade Federal de Alagoas

Possui graduação em Nutrição pela Universidade Federal de Alagoas (2001), mestrado em Nutrição pela Universidade Federal de Alagoas (2007) e doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal de Pernambuco (2015). Atualmente é Chefe do Setor de Gestão do Ensino (SEGE/GEP) da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares e Docente da Universidade Federal de Alagoas . Tem experiência na área de Nutrição, com ênfase em Nutrição Materno Infantil, atuando principalmente nos seguintes temas: antropometria, composição corporal, aleitamento materno, risco cardiovascular e desnutrição.

Publicado

2023-06-19

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