Estudo epidemiológico acerca dos surtos de doenças transmitidas por alimentos no Brasil entre 2008 a 2018
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2022.002.0035Palavras-chave:
Epidemiologia, Saúde Única, Vigilância SanitáriaResumo
Doenças transmitidas por alimentos (DTA) são aquelas causadas pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTA no mundo, sendo que a maioria delas são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e outros parasitas. DTA corresponde a síndrome que geralmente é constituída de anorexia, náuseas, vômitos e/ou diarreia, acompanhada ou não de febre. É considerado surto de DTA quando duas ou mais pessoas apresentam doença ou sintomas semelhantes após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem, normalmente em um mesmo local. Com base na análise exposta, o presente trabalho teve por escopo apresentar o perfil epidemiológico de surtos de doenças transmitidas por alimentos no Brasil no período de 2008 a 2018. Entre janeiro de 2008 a dezembro de 2018 o Brasil registrou 7.543 ocorrências de surtos, onde 696.148 pessoas foram expostas, dessas expostas, 130.923 ficaram doentes e 17.801 precisaram ser hospitalizadas, com 125 pessoas vindo a óbito por DTA e o quesito letalidade se fez em 0,09%. O mapeamento das DTA fornece subsídios para o desenvolvimento de medidas políticas, educativas, legislativas, priorização de áreas de pesquisa e avaliação de programas de controle de surtos de origem alimentar. São desafios das equipes de vigilância de DTA criar medidas que padronizem os relatos em todas as regiões brasileiras, reduzir as diferenças entre os sistemas de vigilância entre diferentes países e minimizar o tempo entre a comunicação do surto e o início das investigações.
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