Poluição atmosférica e doenças respiratórias: um estudo de caso em Paranaguá, Paraná.
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.005.0033Palavras-chave:
Emissões atmosféricas, doenças respiratórias, qualidade do ar, cidade portuáriaResumo
Este trabalho apresenta uma avaliação da qualidade do ar da cidade que abriga o maior porto graneleiro do Brasil, Paranaguá - PR, e a sua relação com registros de doenças respiratórias nas unidades de saúde da cidade. O intenso tráfego de veículos que transportam cargas, faz dessa fonte uma das principais emissoras de poluentes atmosféricos em Paranaguá. As concentrações de dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, monóxido de carbono, ozônio, materiais particulados totais e materiais particulados com até 10 micrômetros de diâmetro aerodinâmico (PM10) foram monitoradas de maio de 2016 a fevereiro de 2017 em uma estação de qualidade do ar distante em 200 metros de uma das principais vias de acesso ao porto. Desses poluentes, a concentração de PM10 ultrapassou o seu padrão de qualidade do ar em vigência no Brasil em 12% dos dias monitorados. A sua concentração variou com o tráfego de veículos na cidade, com maiores concentrações de dia e nos dias úteis. Esses materiais podem ser oriundos tanto da queima dos combustíveis quanto da dispersão da poeira das cargas transportadas pelos veículos. Uma vez que as vias de acesso ao porto de Paranaguá passam por regiões residenciais da cidade, as concentrações de PM10 medidas na estação de qualidade do ar também podem estar ocorrendo nessas regiões. A exposição contínua da população de Paranaguá a esses poluentes pode estar aumentando o número de casos de doenças respiratórias na cidade. A relação entre o número de casos de doenças respiratórias e a quantidade de habitantes é maior em Paranaguá do que em cidades mais urbanizadas, mais populosas e tipicamente mais frias.
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