Avaliação do efeito bacteriostático das folhas do lúpulo para tratamento de dejetos bovinos
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.005.0015Palavras-chave:
Humulus Lupulus, Bactericida, Resíduos agrícolas, Dejeto BovinoResumo
O lúpulo é uma planta perene de crescimento rápido e comum em regiões de clima temperado. Os cones são usados na indústria cervejeira, pois suas glândulas secretam lupulinas, as quais contém alfa e beta ácidos responsáveis por dar aroma e amargor à cerveja, além de conservá-la. O Brasil é um dos maiores criadores de gado no mundo, gerando grande volume de dejetos nos quais há diversos tipos de patógenos. O reaproveitamento dos resíduos do lúpulo como possível agente antimicrobiano no tratamento dos dejetos bovinos pode ser uma alternativa sustentável para produtores rurais. A ação bacteriostática do lúpulo foi avaliada para o pool de bactérias isoladas de dejetos bovinos armazenados a -20°C até a realização do experimento. Por infusão durante 48 horas, foram preparados extratos aquosos das folhas do lúpulo cultivados em 2 tipos de solos (misto e arenoso), com 4h em homogeneização no shaker a 90 rpm, e esterilizados por filtração. No teste bacteriológico, a partir da concentração inicial de 0,28 g/mL, foram realizadas 5 diluições seriadas em triplicatas com 10 μL da suspensão bacteriana. Após 24h de incubação à 37°C avaliou-se o crescimento bacteriano (visual e Pour Plate). Os resultados indicaram um crescimento acima de 10 mil unidades formadoras de colônia em todas as diluições, impossibilitando a quantificação, ou seja, nas concentrações testadas os extratos não apresentaram ação bactericida sobre a microbiota avaliada. Dessa forma, em vista dos resultados, é necessário estabelecer a concentração limite para viabilizar a ação bacteriostática do extrato do lúpulo em dejetos bovinos.
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