Análise da percepção ambiental da população de Maceió/AL com relação à logística reversa de resíduos eletroeletrônicos
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.004.0022Palavras-chave:
Sustentabilidade, Logística reversa, Resíduos eletroeletrônicosResumo
A acelerada obsolescência dos equipamentos eletroeletrônicos tem se destacado como um problema ambiental cada vez mais significativo, uma vez que gera a necessidade de descarte adequado destes produtos conforme preconizam os procedimentos da cadeia de logística reversa para reaproveitamento no ciclo produtivo. A logística reversa tem sido alvo de políticas públicas nos âmbitos estadual e municipal e, no caso do estado de Alagoas, o contexto atual é marcado pela formulação e consolidação de legislações e planos ambientais para o descarte de resíduos eletroeletrônicos em consonância com a política nacional. O objetivo deste estudo foi analisar a percepção ambiental da população do município de Maceió/AL em relação à logística reversa dos resíduos eletroeletrônicos. No seu proceder metodológico, a pesquisa combinou um levantamento quantitativo tipo survey contando com 357 respondentes, para mensurar a problemática dos resíduos eletroeletrônicos, confrontando-o com uma análise qualitativa, a partir da visão do gestor de uma das empresas com licença ambiental para destinação desses resíduos. Os principais resultados apontaram que o aparelho celular foi o equipamento mais adquirido (91,27%) e, consequentemente, o mais descartado (43,38%) pelos respondentes; um número considerável de pessoas ainda não tem o hábito de descartar o resíduo eletrônico (32,68%); 48,60% dos respondentes alegaram conhecer parcialmente o termo lixo eletrônico, mas não sabem do que se trata; após a compra de um novo equipamento, 40,28% declararam realizar doação do antigo e 67,70% afirmaram desconhecer a existência de pontos de coleta para descarte. No entanto, na visão do gestor entrevistado, o grau de conscientização da população vem aumentando em consonância com a demanda para coleta de resíduos pela empresa. Foi possível concluir que a estrutura ainda incipiente da cadeia reversa de eletroeletrônicos no município propicia um cenário de descarte aleatório e inadequado, contrariando o que determinam os dispositivos ambientais legais vigentes no próprio município desde 2015.
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