Estudo etnobotânico do conhecimento e uso das plantas medicinais no município de Buriticupu, Maranhão, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.006.0028Palavras-chave:
conhecimento tradicional, medicina popular, etnobiologiaResumo
O uso das plantas para fins terapêuticos é uma prática tradicional muito difundida em diversas populações, com especificidades de cada região. Tal prática está presente desde os primórdios das civilizações, sendo o seu conhecimento repassado durante as gerações. Esta pesquisa teve como objetivo fazer um levantamento sobre plantas medicinais utilizadas pelos moradores da área urbana do município de Buriticupu-MA. Foram entrevistados 110 pessoas por meio de questionários semi-estruturados. Foram levantadas 82 espécies medicinais distribuídas em 43 famílias botânicas. As famílias Lamiaceae e Fabaceae foram as mais citadas e as espécies Hortelã (M. crispa), Capim-Santo (C. citratus), Erva-Cidreira, (H. atrorubens), Malva-do-Reino (M. sylvestris) e Folha Santa (K. pinnata) apresentaram maior número de citações, sendo que M. arvensis (vique) foi a única que obteve FRIPS com 100%. As folhas (63%) foram a parte botânica mais usada nos preparos caseiros realizados predominantemente por decocção. Dentre as principais afecções tratadas por meio das plantas medicinais, as mais prevalentes foram infecciosas e parasitárias (30%), as doenças do sistema digestivo (15%) e sistema reprodutor feminino (15%). Os resultados das correlações entre o número de filhos e a idade estão positivamente ligados ao número de plantas citadas pelos informantes, enquanto que o número de plantas citadas é influenciado negativamente pela idade (p < 0,05). Este estudo confirma que os moradores da região urbana do município utilizam com frequência plantas medicinais como forma de tratamento para suas doenças mais comuns.
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