Sustentabilidade e educação ambiental: um destaque aos resíduos sólidos gerados assentamento Santo Antônio – Paraíba – Brasil

Autores

  • Eclivaneide Caldas de Abreu Carolino Universidade Federal de Campina Grande
  • Roberlucia Araújo Candeia Universidade Federal da Paraíba
  • Ricelia Maria Marinho Sales Universidade Federal de Campina Grande
  • Camilo Allyson Simões de Farias Ehime University
  • Eliezer da Cunha Siqueira Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.004.0018

Palavras-chave:

Condições naturais, recursos naturais, humanidade

Resumo

Os progressos da humanidade contribuíram para melhorar a qualidade e a expectativa de vida, mas, em contrapartida, o consumismo compromete o bem-estar das gerações futuras e do meio ambiente, visto que ocasiona crescimento na geração de resíduos e de dejetos. Neste sentido, a Educação Ambiental é um processo que busca despertar a preocupação individual e coletiva que impulsam ações que visem a sustentabilidade ambiental. Este cenário motivou a construção deste trabalho, cujo objetivo geral foi analisar o modo de vida no Assentamento Santo Antônio, localizado no município de Cajazeiras, estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Assim, os procedimentos adotados pautaram-se no levantamento de dados primários, mas também, no levantamento bibliográfico, bem como, na estruturação de ações educativas voltadas para a sustentabilidade, disseminando e coordenando atividades ligadas à gestão ambiental, mais específico, aos resíduos sólidos, no que concerne à geração de renda, recursos naturais, qualidade de vida e a própria relação destes humanos com a natureza. Para tanto, foram realizadas palestras, oficinas, e cartilha sobre compostagem, biodigestor e a implantação do sistema de coleta seletiva que tiveram a finalidade de contribuir com a melhoria da produção, alimentação e renda da comunidade. No que tange os resultados verificou-se que os tipos e condições de moradia, foram observados que os habitantes do assentamento em estudo, possuem residência de alvenaria (90%), seguido de madeira, e material reciclado. No que concerne à utilização de qualquer tipo de fontes energéticas no assentamento, estes fazem uso apenas de energia elétrica, não citando outro modo de energia alternativa sustentável, a exemplo do biogás proveniente de biodigestor. Por outro lado, quanto ao aproveitamento de algum tipo de material que iria ser descartado, o plástico tem sido um dos mais reutilizados por 75% dos assentados, seguido de pouco mais de 8% dos moradores que reaproveitam papel, vidro e metal. Provocados a respeito da possibilidade dos seus trabalhos gerarem danos ao meio ambiente 75% disseram que sim, ou seja, e, 25% dos entrevistados afirmaram que o seu trabalho não causa danos para a natureza. Concluiu-se então que a proposta de educação em constante diálogo com a natureza representou um resgate de conhecimentos locais favoráveis ao desenvolvimento de práticas de valorização dos recursos naturais, assim como os saberes locais podem ser articulados pela educação ambiental e modificar os modos de viver e compreender a natureza, seus limites, desafios e impedimentos, com um olhar de quem está inserido no ambiente, experimentando suas mutações e resistências às condições naturais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eclivaneide Caldas de Abreu Carolino, Universidade Federal de Campina Grande

Formação: Mestre em Sistemas Agroindustriais pela Universidade Federal de Campina Grande, linha de pesquisa Gestão e Tecnologia Ambiental. Especialização em: Ensino de Língua Portuguesa e Linguística; Ensino de Língua Portuguesa e Literatura; Metodologia do Ensino Fundamental; Educação, Desenvolvimento e Políticas Educativas. Licenciatura em Letras pela Universidade Federal da Paraíba; Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba. Experiência Profissional: Foi professora da Educação Básica e nível Superior, Gerente Regional de Educação, Secretária Municipal de Educação, Secretária Executiva e do Cerimonial do Gabinete da Prefeitura de Cajazeiras - PB. Desenvolveu as seguintes atividades na Faculdade Santa Maria: Coordenadora Pedagógica, Coordenadora Administrativa, Membro do Núcleo de Apoio Psicopedagógico-NAP, Vice-Diretora, Parecerista do Comitê de Ética em Pesquisa. Assume atualmente na Faculdade Santa Maria as funções de: Procuradora Educacional Institucional, Revisora de Textos, membro do Colegiado Pedagógico Institucional , Ouvidora Geral e Professora de Língua Portuguesa. Coordenadora da Comissão de elaboração dos documentos Institucional. 

Roberlucia Araújo Candeia, Universidade Federal da Paraíba

Tenho graduação em Química Industrial (2000), Licenciatura e Bacharelado em Química (ambos obtidos em 2006) pela Universidade Federal da Paraíba. Mestrado (Química) e Doutorado em Química Orgânica, ambos obtidos pela Universidade Federal da Paraíba em 2004 e 2008, respectivamente. Atuei como Professora Adjunta da ETSC/CFP/UFCG. Atualmente, sou professora associada I do CCTA/UFCG, onde desempenho à docência nas Engenharias Ambiental e de Alimentos, e no Programa de Pós graduação Sctrito Sensu em Sistemas Agroindustriais - PPGSA/ CCTA/UFCG, nas modalidades Acadêmico e Profissional. Desenvolvo pesquisas nas áreas: Biomassa e Bioenergia (biodiesel, biogás e briquetes), e Gerenciamento de resíduos e na Educação Ambiental. Por sua vez, tenho experiência nos campos de Análise Térmica, Cromatografia Gasosa em Óleos vegetais, Pigmentos Cerâmicos e Catalisadores, Metais pesados em solos e águas (área geoquímica).

Ricelia Maria Marinho Sales, Universidade Federal de Campina Grande

possui graduação em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (2002); Mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2005) e, Doutorado em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande (2014). É Professora Adjunta da Universidade Federal de Campina Grande do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar, na área de Ciências do Ambiente. Tem experiência na área de Geografia e Interdisciplinar, com ênfase nos seguintes temas: espaço rural e urbano, sociedade-natureza, desenvolvimento e sustentabilidade, sistemas de indicadores e processos ambientais.

Camilo Allyson Simões de Farias, Ehime University

Camilo Allyson Simões de Farias é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG (2004), período em que foi monitor e bolsista PIBIC/CNPq. É mestre em Ciência e Engenharia de Materiais pela UFCG (2006) e Doutor em Engenharia pela Universidade de Ehime/Japão (2009), com diploma revalidado como Doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Pernambuco - UFPE (2009). Foi pesquisador da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME (2009) e do Programa de Pós-Doutorado Júnior (PDJ) do CNPq junto à Universidade Federal da Paraíba - UFPB (2010). É Professor Associado I e atualmente Vice-Reitor da UFCG, tendo sido Coordenador Administrativo da Unidade Acadêmica de Ciências e Tecnologia Ambiental, Coordenador do Curso de Engenharia Ambiental e Vice-Diretor do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTA. Atua como membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Agroindustriais - PPGSA da UFCG. É, também, membro permanente do Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos - PROFÁGUA, estando atualmente na condição de Vice-Coordenador do Programa no Pólo UFCG. É um dos líderes do grupo de pesquisa Núcleo de Águas e Meio Ambiente - NAMA e atua como editor do periódico internacional Geoenvironmental Disasters (SpringerOpen). É membro da International Association of Hydrological Sciences - IAHS e da Associação Brasileira de Recursos Hídricos - ABRH. Possui experiência como profissional e pesquisador nas áreas de recursos hídricos, geotecnia, materiais de construção e resíduos sólidos, tendo participado e conduzido vários projetos de pesquisa e extensão. Já orientou mais de 55 discentes em níveis de graduação e pós-graduação e possui mais de 70 publicações em periódicos e anais de congressos nacionais e internacionais.

Eliezer da Cunha Siqueira, Universidade Federal de Campina Grande

Graduado em Agronomia pela Autarquia Educacional do Araripe. Mestre em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Campina Grande e Doutor em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Campina Grande. Atualmente é professor no IFPB Campus Sousa. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Irrigação e Drenagem. Atua nas áreas de educação, salinidade, irrigação, estresse salino, agroecologia, educação do campo, convivência com o semiárido, agricultura familiar, produção orgânica, gestão de recursos hídricos, manejo de água e solo e desenvolvimento sustentável. É membro do Grupo de Pesquisa Agricultura Tropical - IFPB / Reitoria (http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=5420335048712215#indicadores).

Downloads

Publicado

2017-09-15