Efeito residual da cinza de casca de arroz na disponibilidade de silício e fósforo no solo

Autores

  • Aline Hernandez Kath Universidade Federal de Pelotas
  • Juliana Brito da Silva Teixeira Universidade Federal de Pelotas
  • Gláucia Oliveira Islabão Instituto Federal Farroupilha
  • Ledemar Carlos Vahl Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.003.0002

Palavras-chave:

Agricultura, Nutrientes, Resíduos

Resumo

O fósforo (P) é um nutriente limitante para a produção agrícola. Oriundo de fontes não renováveis, estudos que apontem materiais alternativos que forneçam P pode ter grande importância num futuro próximo. Neste sentido, a cinza de casca de arroz surge como uma opção viável devido a sua composição, rica em silício (Si), que pode promover aumento na disponibilidade de P no solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito residual da cinza de casca de arroz na disponibilidade de silício e fósforo no solo. Para tal, foi realizado um experimento de campo constituído por dez dosagens de cinza de casca de arroz 0, 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120 e 140 t ha-1 onde foi realizada uma amostragem de solo aos 15 dias após a aplicação (daa) da cinza, nas camadas de 0,00-0,10 m e 0,10-0,20 m. Para a determinação do efeito residual utilizou-se quatro doses de CCA do experimento inicial referentes a 0, 30, 60 e 120 t ha-1 de onde foram realizadas mais quatro coletas aos 211, 400, 517 e 804 daa. O fósforo disponível foi determinado através do método do extrator duplo ácido (Mehlich-1) enquanto que o Si foi determinado pelo método que utiliza o ácido acético como extrator. Os resultados indicaram que a cinza de casca de arroz aumenta as disponibilidades de P e Si no solo; o aumento do Si disponível no solo, extraível pelo ácido acético, equivale a uma fração de no máximo 0,08 % de Si total da CCA; o efeito residual da CCA na disponibilidade de silício é maior do que na disponibilidade de fósforo; como fonte de fósforo o efeito residual da CCA é menor do que o de fertilizantes minerais solúveis como superfosfatos acidulados e, é possível que a CCA promova a lixiviação de fósforo em solos com baixa capacidade de adsorção do nutriente.

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Biografia do Autor

Aline Hernandez Kath, Universidade Federal de Pelotas

Doutoranda em Ciências - Manejo e Conservação do Solo e da Água na Universidade Federal de Pelotas (UFPel); Especialista em Química Ambiental pelo Instituto Federal Sul-Riograndense (2016); Mestre em Ciências - Manejo e Conservação do Solo e da Água/UFPel (2013); Bacharel em Química Ambiental pela Universidade Católica de Pelotas/UCPEL (2011). Atua principalmente nos seguintes temas: química do solo, metais pesados, oxi-redução, química agrária e ambiental.

Juliana Brito da Silva Teixeira, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Bacharelado em Química Ambiental pela Universidade Católica de Pelotas (2007), Mestrado e Doutorado em Ciência Área de Concentração Solos pela Universidade Federal de Pelotas, atualmente atua como Pós-Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Manejo e Conservação do Solo e da Água.

Gláucia Oliveira Islabão, Instituto Federal Farroupilha

Possui Bacharelado e Licenciatura em Química pela Universidade Federal de Pelotas (2002), Mestrado em Ciências pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia - Área de concentração Solos da Universidade Federal de Pelotas (2009), Doutorado em Ciências - Solos por esse mesmo programa (2013). Realizou o Pós-Doutorado pelo Programa de Manejo e Conservação do Solo e da Água pertencente a Universidade Federal de Pelotas (2014) e atualmente é Professora do Ensino Básico Técnico e Tecnológico (EBTT) no Instituto Federal Farroupilha- campus Alegrete-RS, onde ministra aula de Química Geral Experimental, Físico-Química I, Físico-Química II e Físico-Química Experimental para o Curso de Licenciatura em Química, Química Geral e Química Geral Experimental para o curso de Zootecnia, Química Geral e Experimental para o Curso de Engenharia Agrícola e Química para o Curso Técnico de Agropecuária.

Ledemar Carlos Vahl, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (1975), mestrado em Agronomia Solos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1982) e doutorado em Agronomia Solos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1991). Atualmente é professor titular da Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Adubação, atuando principalmente nos seguintes temas: nutrição mineral e adubação de arroz irrigado e uso agrícola da cinza de casca de arroz.

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Publicado

2017-08-13