Diversidade de nematoides em agroecossistema do algodão no Mato Grosso

Autores

  • Francieli Dominiki Zavislak Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Dejânia Vieira Araújo Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Vanderlei Antunes Maciel Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Kethelin Cristine Laurindo de Oliveira Universidade Estadual de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.001.0011

Palavras-chave:

Cotonicultura, Nematofauna, Índices Ecológicos

Resumo

A cultura do algodão tem grande importância econômica e social para o Brasil, no entanto proporciona também impactos ambientais relevantes. Para mensurar esses impactos faz-se uso da dinâmica populacional de nematoides em agroecossistemas como indicador de qualidade de solos. Diante disso, o objetivo do trabalho foi caracterizar a comunidade de nematoides em habitat cultivado com algodão em diferentes estádios fenológicos da cultura. Foram coletadas duas amostras de solo, na profundidade de 30 cm, por área (talhão) e estádio fenológico (inicial, antes da cultura ser implantada; vegetativo; reprodutivo e maturidade fisiológica). Foram realizadas as análises de riqueza, abundância, frequência de ocorrência (FO), índice pontual de abundância (IPA), índice de diversidade de Shannon (H’) e registrados os dados meteorológicos. No total foram identificados 4.400 indivíduos (abundância), distribuídos em seis famílias (Aphelenchidae, Aphelenchoididae, Heteroderidae, Hoplolaimidae, Pratylenchidae e Tylenchidae). Os gêneros predominantes foram Helicotylenchus (64,77%), Pratylenchus (15,45%) e Aphelenchus (9,32%). Em todas as amostras, o número de indivíduos fitoparasitas foi maior que o de micófagos. Os estádios vegetativo e de maturação fisiológica, apresentaram a maior população de micófagos no talhão 5 (Th5) e no estádio inicial e na maturação fisiológica no talhão 11 (Th11). Quanto à riqueza, os dois talhões apresentaram o mesmo número de gêneros. Sendo identificado como exclusivos o gênero Meloidogyne no Th5 e o gênero Tylenchus no Th11. Considerando a FO, os gêneros Aphelenchus, Helicotylenchus e Pratylenchus foram observados em 75% das amostras no Th5 e Helicotylenchus (100%) e Pratylenchus (50%) no Th11. Resultados semelhantes da FO foram observados para o IPA, acrescentando-se o gênero Aphelenchoides no Th11. Quanto ao H’, observou-se uma diversidade total de 0,60 com o valor do Th5 inferior ao Th11. Ao analisar a correspondência canônica (CCA), observou-se que os dados meteorológicos não interferiram diretamente na flutuação populacional de nematoides nos dois talhões. Sendo assim, observou-se que a comunidade de nematoides estudada neste trabalho, foi composta na maior parte, pela população de fitoparasitas e a maturidade fisiológica do algodoeiro foi o estádio fenológico com a maior obtenção de indivíduos tanto fitoparasitas quanto micófagos.

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Biografia do Autor

Francieli Dominiki Zavislak, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT (2008), mestrado em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola pela Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT (2014). Atuando nas áreas de educação; fitopatologia com ênfase em nematologia e doenças de grandes culturas; análises microbiológicas com ênfase em microbiologia de alimentos / controle de qualidade, análises sensoriais, registros e informações referentes à gestão laboratorial; parasitologia (análises clínicas) e; gestão e educação ambiental.

Dejânia Vieira Araújo, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Mato Grosso (2002), mestrado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade Federal de Lavras (2004) e doutorado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade Federal de Lavras (2008), atuando nos seguintes temas: epidemiologia, doenças em grandes culturas, especialmente em algodão e soja, patologia de sementes e biologia molecular. Atualmente, é professora efetiva do Departamento de Agronomia da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) Campus de Tangará da Serra atuando na graduação com a disciplina de Fitopatologia Agrícola e nos programas de mestrado em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola e de Genética e Melhoramento de Plantas. Atua como coordenadora do mestrado em Ambiente e Sistemas de Produção desde 01/01/2017 com vigência até 31/12/2019.

Vanderlei Antunes Maciel, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduando em Agronomia e estagiário no laboratório de Fitopatologia na Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Tangará da Serra.

Kethelin Cristine Laurindo de Oliveira, Universidade Estadual de Mato Grosso

Formada em Engenharia Agronômica pela UNEMAT - Universidade Estadual de Mato Grosso (2014). Mestre em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola na UNEMAT - Universidade Estadual de Mato Grosso (2017). Tem experiência em agronomia, com ênfase em fitopatologia nos seguintes temas: controle biológico de Pratylenchus brachyurus com Bacillus subtilis, Paecilomyces lilacinus, Trichoderma asperellum e harzianum e adubação biológica, cultura da soja e cultura do milho.

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Publicado

2017-08-12