Extratos vegetais de plantas daninhas contra o pulgão aphis craccivora koch 1854, no feijão vigna unguiculata (l.) walp

Autores

  • Carlos Alberto Batista Santos Universidade do Estado da Bahia
  • Ana Paula Miranda Silva Universidade do Estado da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2015.002.0005

Palavras-chave:

Plantas Inseticidas, Extratos Botânicos, Inseticidas Naturais

Resumo

O feijão-caupi (Vigna unguiculata (l.) Walp.) é uma leguminosa rústica dos trópicos semi-árido, úmido e subúmido. É cultivado principalmente por pequenos agricultores nas regiões nordeste e norte do país onde consiste da principal fonte proteica vegetal para a população, e uma das principais alternativas sociais e econômicas de suprimento alimentar e geração de emprego, especialmente para as populações rurais. Dentre os fatores limitantes ao seu cultivo destacam-se as pragas e, dentre estas, o pulgão Aphis craccivora Koch, 1854 (Hemiptera: Aphididae), que, além de causar danos diretos sugando sua seiva, ainda é responsável pela transmissão de vírus. Este trabalho visou avaliar a atividade inseticida de extratos vegetais obtidos de plantas daninhas contra o pulgão preto no feijão caupi em condições de laboratório. As plantas, selecionadas por meio de estudos etnobotânicos e quimiossistemáticos, foram secas e reduzidas a pó, sendo os extratos botânicos obtidos a partir de soluções etanólicas por percolação a frio, com remoção posterior do solvente por destilação à pressão reduzida. Os pulgões foram coletados em ramos novos de feijão caupi infestado, na área experimental da universidade. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, utilizando-se 10 espécies de plantas daninhas para obtenção dos extratos em diferentes concentrações 500, 1000, 1500, 2000 PPM. As plantas mostraram um elevado poder inseticida superior a 60 % de taxa de mortalidade do pulgão preto, exceto para a tiririca. Assim as plantas daninhas podem ser utilizadas para a obtenção de inseticidas naturais ou para o isolamento dos princípios ativos que permitam a síntese de novos produtos fitossanitários.

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Biografia do Autor

Carlos Alberto Batista Santos, Universidade do Estado da Bahia

Biólogo/Etnobiólogo, Mestre em Zoologia, doutorando em Etnobiologia e Conservação da Natureza (UFRPE), Atua na área de Zoologia, Conservação da Biodiversidade, Etnozoologia e Etnoecologia. Professor Assistente da Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais. Líder do Grupo de Estudos em Etnobiologia e Conservação dos Recursos Naturais (UNEB), Membro do Núcleo de Estudos em Comunidades Tradicionais e Ações Sócio-Ambientais (NECTAS-UNEB), e do Grupo de Pesquisa em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação (GPEME-UNEB). Coordenador do Centro de Formação e Pesquisa Indígena, pólo Juazeiro. Editor da Revista Opará Etinicidades, Movimentos Sociais e Educação.

Ana Paula Miranda Silva, Universidade do Estado da Bahia

Mestrado em Agronomia, com foco em Horticultura Irrigada, na linha de pesquisa de Fitopatologia, Engenheira Agronôma, com experiência de ensino na área de Entomologia Geral e Microbiologia Geral, atuando nas seguintes linhas de pesquisa: Resistência de tomateiro a murcha de fusário e bacteriana, plantas inseticidas e fungicidas (extratos, pós vegetais e óleos essenciais), ecologia química, MIP, afídeos e carunchos.

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Publicado

2015-10-21